Prólogo

9 1 0
                                    


Sinceramente entre todos os piores cenários que rondavam sua cabeça, esse certamente foi... esdruxulamente o pior da lista.

Há alguns dias atrás você recebeu uma carta real do reino de Insomnia, endereçada a você do próprio rei Regis. Como ele sabia quem você era? Você não tinha ideia. Claro, você era uma mercenária famosa entre algumas bandas por aí, mas certamente não tão famosa ao ponto de alguém da monarquia de outro país te conhecer e conseguir te achar com facilidade.

Sim, você estava em sua cidade natal para um tempo de descanso, mas como diabos alguém saberia sobre isso sem ser seus pais?! Você só não bateu no guarda real que te entregou a carta em busca de respostas por que havia testemunhas demais para seu gosto.

E a carta... ah, a carta. Ela era... relativamente simples, simples até demais, você não sabe se foi escrito as pressas ou o rei ó tão imponente de Insomnia não sabia como escrever uma carta de solicitação de serviços de um mercenário, mas você teve comerciantes humildes escrevendo cartas mais formais e detalhadas que essa. Inicialmente você até pensou que era falsa, porém aquele maldito selo real não mentia... agora você seriamente se culpava por não ter recusado o serviço na hora e ter deixado sua ganância falar mais alto.

Qual era o tal serviço, você pergunta? Escoltar o filho do rei e sua noiva dali a duas semanas para outro país em segurança para os dois pombinhos poderem se casar, simples né? O salário oferecido também era muito alto para um trabalho relativamente simples, então obviamente você aceitou. Só que havia um porém: Você não gostava de trabalhar sem receber o seu dinheiro adiantado, até metade do valor serviria, apenas como um sinal de confiança, mas nada menos que isso.

Então não haveria nenhum mal em ir até Insomnia perguntar sobre o seu salário, né? Tinha a assinatura do rei, obviamente não era falso — e se fosse falso... você certamente iria abrir um barraco em frente ao palácio com qualquer guarda que se aproximasse para te impedir — e, reiterando, ele era O rei de uma Nação Inteira, ele não seria muquirana demais para não pagar adiantado, né? Ele era rico, qual seria o problema de você ir ter um papinho pessoal com ele, né?

Muitos problemas. Tantos que você não conseguia contar.

Voltando ao tempo atual. Você bloqueia outro ataque de um cavaleiro de armadura estranha enquanto puxa o rei e outro homem mais para trás de si. O clima da sala estava tenso, e você podia sentir a forma como os olhos de dois dos quatro outro presentes quase queimavam buracos em sua cabeça. Isso de certa forma te trouxe conforto, praticamente ninguém te queria ali tanto quanto você não queria estar ali.

Você chegou em Insomnia há algum tempo atrás, só para ver a cidade sendo invadida e seu primeiro pensamento foi o de correr para o palácio para tentar resgatar o príncipe e a princesa. Hey! Sem julgamentos aqui, você só queria garantir que receberia seu salário e vai que você tivesse sorte de receber um acréscimo quando tudo se normalizar em algumas horas, tipo... era o Reino de Insomnia! Eles não iriam cair tão facilmente, né? Em uma ou duas horinhas os soldados já resolveriam todos os problemas.

E... não, talvez pensar positivo fosse igual jogar uma praga sobre si e sobre todos, quando você correu pelas salas do palácio, você teve sorte de por pouco conseguir salvar a vida de um soldado que foi jogado contra uma parede de ser empalado vivo bloqueando a espada que iria em sua direção.

E agora que foi entrado nesse assunto, sinceramente você não sabia qual lado você estava ajudando, você só sabe que salvou momentaneamente um cara e que tinha uma coisa humanoide que não parecia nenhum pouco confiável do outro lado, ah certo, e o rei estava atrás de você junto com o soldado de antes, então significava que você estava do lado certo...?

Contrato de Luxo - Final Fantasy XV fanficOnde histórias criam vida. Descubra agora