Capítulo 17

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Entrar em um quarto carregando a Alessa em meus braços é um castigo agoniante, praticamente uma prova de fogo ao pouco de sensatez que me resta

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Entrar em um quarto carregando a Alessa em meus braços é um castigo agoniante, praticamente uma prova de fogo ao pouco de sensatez que me resta. O toque macio dos seus dedos, pressionando com força o meu ombro, é com certeza mais agradável do que aquela agitação inútil para me fazer colocá-la de pé sobre o piso, mas sei que não demorará muito até que ela volte a repelir a minha proximidade.

Quanto mais ela insiste em fugir dessa atração, mais instigante fica tudo isso que acontece entre nós. Me pergunto se ela percebe o efeito que tem sobre mim, se ela sabe que me leva à beira da própria loucura a cada uma dessas provocações gostosas demais para resistir. Sua boca pode me insultar e me rejeitar, mas a intensidade e o brilho fascinante do seu olhar enfeitiçador é um reflexo do quanto ela gosta disso tanto quanto eu. Alessa não me engana, ela não tem nada de ingênua, absolutamente nada, e sabe muito bem o que está fazendo comigo.

Caminhar até aqui, lutando contra a vontade de olhar para ela a todo momento, foi quase impossível. Há algo que me faz ansiar por memorizar cada um dos seus traços, ser envolvido pelo poder da sua beleza mística, como se a sensação de estar enfeitiçado tivesse se tornado um vício que me seduz além da razão, mesmo consciente de que estar tão envolvido por uma mulher como ela é como entregar todo o poder que eu acredito ter sobre mim mesmo nas suas mãos. E, pela primeira vez na vida, eu não consigo me importar com isso, não consigo pensar em nada capaz de devolver as certezas que eu tinha, a Alessa levou todas ao chão.

Coloco ela sentada sobre os lençóis macios da cama e, imediatamente, ela volta a tentar esconder a transparência do vestido pondo as mãos sobre os seios, não se dando conta de que fazer isso é até mais instigante do que deixá-los à mostra.

Sem me causar surpresa nenhuma, ouço os seus resmungos irritados para que eu me afaste e a deixe sozinha no quarto, mas ignoro todos eles. Só sairei daqui quando a enfermeira cuidar do ferimento que a queda causou, pois, não duvido que, se eu virasse as costas, em dois minutos ela tentaria fazer algum movimento que só pioraria a sua situação. Além do mais, há uma necessidade em mim de vê-la bem, me certificar de que a dor que a incomoda seja aliviada.

Mesmo contra a minha vontade, dou espaço para que ela se acalme um pouco e direciono a minha atenção a qualquer outra parte do cômodo amplo. O ambiente tem o cheiro dela, o aroma único e misterioso de âmbar. As paredes claras e os móveis refinados dão a sensação de um lugar aconchegante, mas saber com quem ela o compartilhava não me traz nenhum bom sentimento, apenas provoca uma repulsa que cresce cada vez mais quando minha mente insiste em me lembrar que o Otto é o homem que esteve com ela entre essas paredes.

Não faz o menor sentido que eu me sinta no direito de querer a posse sobre algo que não me pertence. Ainda.

Não resistir ao ímpeto de observá-la através da fresta da porta desse mesmo quarto, na madrugada em que cheguei a essa casa, foi a sentença da minha própria degradação. Desde então, estou sendo arrastado pela lascívia e me tornando dependente de um desejo que não consigo me livrar. O resto de racionalidade que ainda possuo tenta me avisar que cobiçar a esposa do meu tio representa uma traição imperdoável, mas a outra parte, que já se deu por vencida, só quer ser possuí-la inteiramente em meio fogo que surge quando estamos juntos. E eu sei que não estou sentido isso sozinho. Ela tem tudo para me dizer claramente que estou passando dos limites, mas não diz, só tenta fugir e me afastar. Isso não representa uma recusa para mim.

Neglectful LoverNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ