Oh céus, aqui estou eu novamente, criando cenários falsos com um homem no qual não tem quase nenhuma emoção e está sempre de cara fechada. Por que aquele ruivo me deixa tão estranho? Tento ignorar todos estes pensamentos invasivos, que me tiram do foco de qualquer coisa que faço. Tudo bem, talvez eu realmente esteja apaixonado. Ultimamente venho escrevendo algumas cartas para ele, que nunca irão ver a luz do dia, sim, são confissões e algumas coisas do dia a dia, como um diário. Bem, estou aqui na Montanha do Percursor do Vento descansando novamente, ah como eu adoro esse lugar! Posso sentir a brisa do vento batendo em meu rosto, ouvir alguns passarinhos piando e as folhas batendo levemente sobre as outras, assoprar dandelions, e ignorar completamente os outros ao meu redor. Acho que Diluc iria gostar daqui, mas ele está quase sempre trabalhando ou completando expedições diárias, sabe... Seria tão bom se ele passasse um tempo a mais comigo fora da Adega, que é onde nós sempre nos vemos, nunca fora. Estou aqui faz um bom tempo, vou fazer uma caminhada, talvez eu encontre alguns amigos próximos no caminho, como viajante, Bennett ou qualquer outro aventureiro, mesmo estando tarde. -Quebra de tempo, em algum lugar aí ;)- Há quanto tempo estou caminhando? 20? 30 minutos? Tanto faz, não encontrei ninguém até agora. Ou não, posso ver um carinha encostado em uma árvore, de cabelos ruivos e de vestimentas escuras... Diluc? O que ele está fazendo aqui? Não era para ele estar trabalhando agora? Não importa, vou cumprimenta-lo... Quando eu conseguir criar coragem, só de lembrar de minhas cartas posso sentir meu rosto ferver, e várias inseguranças tomam meus pensamentos, e se eu chateá-lo e fazer com que ele se afaste de mim? E se de alguma forma ele descobrir sobre minhas cartas? Isso me faz querer queimar todas elas. Lentamente me aproximo de Diluc, um pouco nervoso, ele me olha mas não fala nada, ele não é puxar muito assunto. -"Oi para você também! O que você faz aqui?"- Me sento ao lado de Diluc, não muito longe. -"Aqueles bêbados estavam me dando dor de cabeça... Também não suporto barulhos altos e risadas descontroladas, então vim tomar um ar. Achei que você estivesse na Adega se enchendo de vinho."- Pois é, eu decidi não beber está noite, isso é um milagre. Diluc parece irritado e morrendo de sono, ele trabalha bastante e é melhor não perturba-lo tanto, talvez eu devesse sair e deixar ele sozinho. -"Hum, ok. Só vim te cumprimentar para não parecer tão chato, tchau Diluc!"- Tento me levantar e sinto uma mão agarrando meu braço e me puxando para o gramado novamente. Olho para Diluc e vejo ele levemente corado. -"Fique. Não gosto muito de ficar sozinho as vezes." Ah, o que foi isso? Sento-me no gramado novamente, o braço dele está atrás de minhas costas, logo ele me puxa um pouco mais para perto pela cintura. Olho para ele novamente, ele está me encarando com aqueles olhos rubis vermelhos que pedreficam meu ar, me sinto com borboletas no estômago e o sangue ferver, conseguimos desviar o olhar, olhamos para a boca um do outro, sem perceber, estávamos nos aproximando lentamente com os olhos semi fechados, até que... Eu me assustei com uma simples borboleta que estava voando, sim, eu a confundi com uma barata. Nós separamos envergonhados, deixando o silêncio constrangedor tomar o local. Ficamos em silêncio durante alguns minutos que pareciam horas. Já estava bem tarde da noite, Diluc se levanta e eu também. -"Já está tarde, bem... Vou embora agora, me desculpe por aquilo".- Espere... Isso é o momento não tão perfeito para uma oportunidade imperdível! E se eu... -"Jura? Ah, bom, eu não tenho onde dormir, sabe? Viajante me expulsou temporariamente do Bule de Relachá... Eu posso.. err... Dormir na sua casa? Só hoje!" Diluc apenas assentiu com a cabeça. Isso! Consegui! Vou dormir na casa dele e com muita sorte, com el- tá bom, eu tenho que parar com isso. -Quebra de tempo 2 na casa de Diluc-. Nem sei se posso chamar isso de casa, mas enfim. Já jantamos e a comida estava uma delícia! Porém não foi tão divertido, ficamos em silêncio o jantar inteiro e de vez em quando trocamos alguns olhares ligeiros. Diluc já lavou sua parte da louça suja e agora está sentado no sofá da sala de estar lendo um livro de terror, agora é minha vez de lavar a louça, não é muita coisa, apenas dois pratos, talheres e um copo. Eu acabei me molhando um pouco enquanto lavara uma colher idiota, quem nunca? -"Pronto, agora sim! Tudo limpinho!". Vou para a sala de estar e questiono Diluc sobre meu quarto onde dormirei hoje. -"Hum... Aqui não há quarto de hóspedes, você terá que dormir comigo. Mas por favor, não me empurre da cama, caso contrário você irá dormir no chão você querendo ou não". -"Oh hum.. Tudo bem, vou tentar".- Diluc guarda seu livro e nós subimos para o quarto dele. O quarto é tão lindo quanto ele.. Eu me senti na realeza, algumas rosas vermelhas na janela, as paredes cinza claro meio bege, a cama arrumada, tudo arrumado e alguns detalhes dourados que davam um toque especial de ouro. Me distraí com algumas fotos pequenas de Diluc, algumas mais recentes, algumas mais velhas, fiquei alguns segundos admirando o homem, quando me dei conta ele já havia arrumado a cama, com alguns travesseiros extras para mim e se encostado na cama arrumando um lacinho preto, provavelmente de Noctua, sua coruja. Diluc apenas acena com a mão me chamando para deitar com ele, e o faço. Pude perceber um leve rubor vermelho em seu rosto, quando me deito ao lado dele, ele me puxa mais perto pela cintura de novo, ah essa sensação estranha, como se meu estômago estivesse vazio e quente ou algo assim. Venti off- Venti não se deu conta de que estava o encarando profundamente até sentir o polegar do maior tocando em seu queixo e os aproximando ainda mais, Diluc puxa o queixo do menor levemente, fazendo seus lábios roçarem nos do outro e transformando-os em um só. Primeiro foi apenas um selinho, depois foi durando mais alguns segundos, Diluc movimentava sua boca calmamente, enquanto Venti apenas seguia por não saber muito o que fazer, eles podiam sentir a respiração um pouco ofegantes e os batimentos cardiacos um do outro, Venti sentiu a mão do outro passando de seu queixo e acariciando sua mandíbula com uma mão, e com a outra estava em volta de sua cintura. O beijo tão calmo, o corpo dos dois se pressionando e o toque do maior tão delicado... Oh céus, estava tudo tão perfeito... O bardo queria que isso não acabasse tão cedo, mas foram separados por conta da falta de ar depois de alguns segundos. Ah sim, isso foi tão bom para ambos. Foi como se eles estivessem dentro de uma pequena bolha. Venti deita sua cabeça no peito de Diluc, nada disse, nem um "boa noite" e ignoraram isso completamente. Venti logo fecha seus olhos lentamente, sonolento e ouvindo os batimentos cardiacos do maior, caiu no sono rapidamente e Diluc inclina delicadamente a cabeça do outro, depositando um leve selar na testa.
Eu achei que ia ser longo até porque...
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