- Então, qual é?
- O veneno estava na bebida, pois a criança nunca bebeu chá nesta história.
- Tudo bem. Você acertou - Rafaela riu. - Eu vou dar um novo desafio.
- Tudo bem. Vamos lá.
- O Chapeleiro Maluco, uma vez, disse algo para Alice que não conseguiu desvendar, se você é inteligente, me responda, qual é, entre um corvo e uma escrivaninha, a sua semelhança?
- Uh... Boa questão - Sherlock se deitou.
- Pense bem, e me dê a resposta amanhã.
- Não posso lhe dar agora? - Sherlock olhou para nós.
- Talvez você não esteja pensando o mesmo que eu... - Rafaela deu um sorriso, saímos, o olhar atento de Sherlock nos observando.
Kurai
Vimos a porta abrir, Rafaela estava saindo, Mox ficou pensativo sobre algo que ouviu e não contou para nós de imediato, só depois de muita insistência que ele falou:
- Rafaela deu um teste para Sherlock.
E contou tudo o que aconteceu.
- Por que você fez isso?! - Perguntei para a moça.
- Ah, Kurai, queria testar a inteligência dele. Só isso.
- Você pode ameaçar o rumo de muita coisa na história de Sherlock! - Mitsuo falou.
- Como assim? - Mox pergunta.
- Mox, você ainda não soube? Rafaela criou um novo rumo das histórias de Sherlock, ao que tudo indica, ela não só poderá vencer o homem, como também criou a sua própria versão da história!
- Oh! Que... Incrível! - Mox e ela falaram.
- Não é nada incrível, seus tolos! - Reclamei.
- Pare com isso! - Mitsuo me deu um tapa na cabeça.
- Seu miserável, por que você me bateu?! - E dei um soco no ombro dele.
- Por que você só sabe reclamar! - Mitsuo se defende.
A briga começou, nós caímos na calçada e uma multidão começou a se formar, muitos olhos nos encararam, murmúrios surgem, a pancadaria se tornou genérica.
- Seu Cavalo de Balanço sem pernas! - Dou o meu primeiro apelido.
- Espião sem formação! - Mitsuo diz.
- Cara de Moby Dick!
- Cabeça de Berinjela!
- Seu defensor pegador de impostos!
- Filho de um Chupa Cabra!
Mox e Rafaela nos encaram com desdém, os outros apenas torciam. Alguns filmavam as nossas falas.
- Parem de brigar, meninos! - Rafaela falou, antes de repararmos no porquê disso.
Sherlock Holmes havia descido, ver-nos ter uma disputa fez ele sorrir. Segurei o ombro de Mitsuo e olhei para Rafaela, que deu um suspiro, e nos ajudou a irmos para o nosso quarto de hotel, eu, Mox e Mitsuo iríamos dormir num quarto, Rafaela tem o próprio lugar para ela, que era ao lado do nosso.
Rafaela
A noite começou a surgir, Mitsuo me chama num canto, para conversar.
- Você gostou mesmo de explorar, não é? - O olhar e o dedo apontam o meu colar.
- Sim. Eu não pude evitar mais uma viagem.
- Hehe, apenas tome cuidado, não quero ter Collette em nosso encalço.
- Tudo bem. Eu prometo.
E fiz o meu gesto de promessa: Um dedo por cima da boca, depois um movimento como se fechasse um cadeado.
- Ok, eu confio em você - Mitsuo sorriu.
- Eu também confio em vocês.
- Mitsuo! - Mox chamou. - Rafaela!
- Sim? - Mitsuo foi até lá, eu fiquei ali, pois a dona do hotel me entregou um recado.
Dizia:
Cara Srta. Rafaela:
Gostaria de retornar, depois de amanhã, ao nosso apartamento, na Rua Baker? Sherlock gostaria de falar contigo.
Ass: John H. Watson.
Analisei novamente o bilhete, pensando no que fazer, se eu revelar a resposta, poderei criar uma realidade diferente do que estou acostumada, o que será que devo fazer?
- Está tudo bem, Rafaela? - Kurai diz, nosso olhar se encontra por um momento.
- Sim, Kurai, vai aproveitar o passeio pelas ruelas de Londres, eu estou bem.
- Ah, falando nisso, decidimos ir amanhã ao museu, Mox quer explorar um pouco a arte londrina.
- Tudo bem, vamos todos.
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Lua De Sangue ( Livro 1 )
RandomMitsuo, um rapaz misterioso e elegante, acaba se apaixonando por Rafaela, uma colega sua. O problema é que o jovem foi escolhido pelo destino para se tornar um vampiro que, além de beber sangue para ser igual a um humano, ainda tem que esconder seus...
Capítulo XV - Esperteza
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