Capítulo XV - Esperteza

8 5 14
                                    

۝ Mox ۝

Entramos, Sherlock estava sentado, olhou e examinou cada um de nós, especialmente a minha pessoa, o que é um desconforto.

- Bom dia, Sr. Holmes - Rafaela começou.

- Bom dia, senhorita - Sherlock indica uma cadeira. - Creio que és uma moça curiosa, e deseja saber o quão inteligente sou, estou correto?

- ... Bem, sim - Ela sorriu. - Olá Dr. Watson.

Watson a examina com espanto.

- Vejo que também é detetive - Sherlock riu. Explicando a situação ao seu companheiro, este se senta.

- Este é Mox, e eu sou Rafaela.

- Que nome curioso, Sr. Mox, é árabe? - Um simples questionamento me atormentou, o Watson se virou para mim de modo que me assustou um pouco.

- É... - Eu não poderia falar Tomnstones pois não existe essa cidade no mapa deles.

- Ele é norueguês... - A minha amiga auxilia.

- Uh, bem, que parte dela? - Sherlock olhou para nós.

- ... Morava em Narvik nos primeiros meses de meu nascimento - Respondi.

- E depois?

- Passei minha vida em Ligonier até fazer os meus dezoito anos.

Sherlock Holmes parecia estar rindo dessas palavras.

- Depois... Fui para Torquay.

- E lá ficou até hoje? - Sherlock sorriu, com uma expressão satisfeita.

- Sim, senhor.

Eu olhei para Rafaela, parecia que ela deu o sinal de esperança que precisava, Sherlock nos encarou. Sorrindo.

- Tudo bem. Lhe entregue seu enigma, que vou resolver até essa tarde.

Olhei para Rafaela, ela sorriu, acho que iria começar com uma fácil, apenas para dar as cartas ruins antes.

- Tudo bem, Sr. Holmes.

E ela começou:

Minha amiga estava bebendo chá com uma criança, a menina não parava de correr, só acabou quando foi chamada para comer, as duas comeram, até que a mulher morreu, se o veneno foi dado para as duas, como minha colega morreu?

Sherlock sorriu para nós, sabia a resposta, e só queria dar expectativas, que claramente não tínhamos, pois sabíamos que aquilo era muito fácil de decifrar.

- Watson, quer responder primeiro? - Falou Holmes, olhando o companheiro.

O doutor ficou pensativo por cinco minutos e acabou dizendo:

- Creio que a criança havia colocado pouco veneno no sanduíche dela, aí acabou tendo menos veneno em seu corpo, o suficiente só para atordoar.

Encerrando sua resposta, ele observou seu companheiro, que apenas sorriu, olhou-nos com simpatia.

- Então, esse é o aquecimento? Bem, devo admitir que realmente foi um - Sorriu. - Eu creio que sei a resposta.

Lua De Sangue ( Livro 1 )Where stories live. Discover now