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A cada bico torto de Miranda era alguém querendo ser suicidar, parecia que nenhuma das peças estavam agradando a Rainha de gelo, pelo visto cabeças iriam rolar hoje e espero não ser a minha.

— Não, não é isso!

Miranda se levanta alterada.

—vocês tiveram meses para se preparar, vocês não tem vergonha de me apresenta um calamidade dessas?
Estamos no mês do orgulho e vocês parecem que esqueceram o temas! Cadê a diversidade? E essas modelos? Loiras magras, eu quero diversidade!
Todos podem passar no RH para suas cartas de demissão.

Miranda sai de sala e eu e Emily a acompanhamos.

—Emily de um jeito para conseguir uma outra equipe de design, e até o final do expediente quero os nomes na minha mesa. Andrea me acompanhe.

Jesus eu tô no inferno.

Fomos para o armário gigantesco da Runway, com uma agenda anotava as escolhas que Miranda fazia.

—Não, isso é muito monótono. Eu já vi isso antes. Por que ninguém está pronto? Vocês tiveram horas.

Ela passava as mãos no cabide a preocura de alguma peça.

— bom acho que esse aqui pode servir.

—adorei, com os acessórios certos deve funcionar.

Nigel diz.

— aonde está os cintos?

—uma escolha difícil eles são tão diferentes.

Os cintos era literalmente igual pra mim, não tinha nenhuma diferença.
Foi impossível não ri, eu até tentei esconder mas Miranda percebeu.

—qual é a graça?

Desvio o olhar da minha agenda e todos parecem estar esperando uma resposta da minha parte. Na hora fico nervosa!

— Pra mim... parecem ser idênticos, ainda estou aprendendo sobre.

Falo com o coração na mão, é hoje que eu morro.

— ah você vai até o seu armário e escolhe digamos esse suéter pro exemplo porque está tentando dizer ao mundo que se leva muito a sério para se importar com o que você vai vestir, mas o que você não sabe é que a cor desse suéter não é um simples azul, não é turquesa, nem lápis-lazúli, ele é azul celeste e você ignorar o fato de que em 2002 o Oscar de la Renda fez uma coleção de vestidos azul celeste, no entanto o azul representa milhões de dólares e incontáveis trabalhos, e é meio cômico como que você pensa que fez uma escolha que é eximi da indústria da moda quando na verdade está usando o suéter escolhido pra você pelas pessoas dessa sala.

Uma facada iria doer menos, nunca fui tão humilhada na minha vida, minha vontade era de ir pra casa e chorar até não aguentar mais.
Fico paralisada tentando assimilar o que acabou de acontecer e não chorar na frente de todos, como essa mulher pode ser tão ruim.

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— Pegue aquela bolsa vermelha da Miu Miu.

Ela apontou e eu fui buscar, caralho! Fudeu! Cadê a bolsa da Miu Miu? Nem sei que marca é essa.

Sim eu tenho vergonha de pedir ajuda e se eu perguntar que marca é essa, vou ser humilhada novamente por Miranda, e eu não quero.

Vejo Nigel do outro lado.

—Nigel pelo amor dos deuses me ajuda, Miranda tá daquele jeito e eu não sei qual bolsa ela quer, me ajuda.

Falo quase implorando.

—nem me fale, ela nem precisa de faísca para explodir. Qual bolsa ela quer?

—Uma vermelha da Miu Miu.

— está bem ali, six.

Ele apontou.

—eu não consigo diferenciar.

Ele me olhou como se eu fosse uma burra.

—Você por acaso é daltônica?

Ele fala irônico e como um sorriso brincalhão.

— Não, me ajuda logo Nig.

— tem certeza que você não é?

—Não, talvez eu só tenho TDAH mesmo.

— Realmente, vai no médico ver, você é muito avoada.

—Tá bom, aproveita e me passa o número do seu psiquiatra.

Ele semirrou os olhos, eu ri em deboche.

—Pega, essa é a bolsa.

—brigada.

Falei sincera, nunca iria adivinha que essa era a bolsa mesmo com a logo na estampada.

Fomos em direção a Miranda.

Entreguei a bolsa, e acabou que nossas mãos se esbarraram, suas mãos eram quentes e macias, nossos olhos se conctaram e parecia que ela podia ver minha alma. Logo ela desviou o olhar para Nigel...

—Vocês não são pagos para ficar conversando.

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