02 - Diana Prince

40 16 1
                                    


Diana Prince

O dia começou a escurecer tão rápido que mal percebia o que estava acontecendo ao meu redor, estava sentada na maca da ambulância que chegou poucos minutos que liguei para o 911. O paramédico que me atendia havia colocado aquele protetor térmico sobre mim.

Eles faziam perguntas na qual não conseguia entender, quem dirá poder responder. Um dos policiais quando veio me fazer perguntas foi impedido pelo mulher que estava com uma pequena lanterna no meu rosto conferindo reflexos.

— Ela está em choque, não responderá nada, pelo menos não agora. — Mais uma lágrima escorre por meu rosto.

Sinto meu corpo tremer com medo e incertezas do que terei que fazer agora, como vou me manter.

E se as pessoas que fizeram isso com o meu pai, vierem atrás de mim, serei mais uma morte que será provavelmente noticiada no Opinión News.

Já consigo até ver a minha foto sendo noticiada nos telejornais, dizendo que meu pai foi encontrado morto sem as mãos, provavelmente por dever alguém. O olhar de todos em minha direção era de pena e se compadeciam com a minha perda.

Uma raiva começou a crescer em meu peito pelos responsáveis do que fizeram com meu pai, mesmo que ele devesse seja quem for. Respiro fundo aquela fumacinha que saia da máscara que eles haviam me entregado.

Durante a madrugada após a perícia, o corpo do meu pai foi levado para o necrotério da cidade para autopsia enquanto fui levada para a delegacia para prestar depoimentos. Os policiais queriam entender o que havia ocorrido em nossa casa.

Mas não sabia de nada, apenas que meu pai devia alguns homens e o principal era o Glen Powell, entrego a minha liberdade a justiça se não foi ele que fez isso com meu pai.

O resto da semana fui liberada do trabalho e pela caridade do médico com que trabalho consegui enterrar o meu pai com dignidade, pelo menos isso pude fazer ao meu pai, já que a sua segurança não estava no meu domínio. O dinheiro que muitos me entregaram para o velório me proporcionou pagar todas as despesas e principalmente limpar a cozinha com uma agência especializada que trabalha em cenas de crimes.

Já tem duas semanas que estou aqui olhando para as paredes do consultório e não sai da minha cabeça que meu pai não será mais uma vítima de quem quer que seja. Eles pagarão por tira a única pessoa que se importou comigo e não me abandonou mesmo com uma vida cheia de problemas.

— Diana? — Me viro em direção ao meu chefe. — Virá um cliente mais tarde, ele acabou de agendar comigo, então as 15h você pode ir!

Olho para o meu chefe sem entender o motivo de me liberar mais cedo, Dr. Ryan não é o tipo de homem cretino que trai a mulher, então não acredito que seja um caso extraconjugal.

— Não tenho motivos para sair mais cedo, doutor, farei meu horário normal. — Digo e percebo que ele fica inquieto.

— Vá passear no shopping, mas realmente não pode estar aqui. — Seu olhar estava assustado, olho com cautela para ele.

— Aconteceu algo? — Insisto.

— Sim, estou fazendo isso para lhe manter segura, apenas me obedeça, tudo bem? — Ele pede se abaixando ao meu lado e segurando em minha mão.

— Posso não ser seu parente, mas você merece ter uma vida tranquila e não atormentada, se pude daria a você a vingança que deseja. — Uma lágrima escorre por meu rosto, fecho os olhos quando ele seca uma que rolou por minha bochecha.

— Tudo bem, em meia hora estarei saindo. — Ele abre um sorriso e se ergue novamente.

Recolho minhas coisas e deixo tudo pronto para o tal paciente que iria ser atendido por meu chefe. Quando deu o horário mandei uma mensagem para não atrapalhar o seu último atendimento e sai do consultório.

SOB CONDICIONAL  - PAUSADO -Where stories live. Discover now