Ruivinho Indeciso Sobre Qual Pi**** Vai Sentar (Hetstaine e Kikocaine)

Capítulo Sete (VII)

Aquela noite foi um erro, pensou Mustaine.

Dave estava certo de que aquilo não aconteceria novamente, ao retornar à sua casa, tomou um simples café da manhã e se lembrou de que deveria ligar para Kiko, correu para o telefone e discou o número dele.

- Bom dia, com quem falo? - Kiko indagou ao telefone.

- Sou eu, Dave. - Dave respondeu, sua voz expressando claro cansaço e desanimação.

- Dave! Eu fiquei preocupado, você não atendeu às minhas ligações ontem. O que aconteceu? - Kiko perguntou, sua voz acelerada.

- Senti-me mal. - Mentiu Dave, a verdade doía. - Acabei dormindo por conta dos analgésicos que tomei, desculpa por não ter atendido.

- Você não precisa se desculpar, Davey. Eu só fiquei preocupado, por favor, me dê notícias da próxima vez.

- Claro. Eu te darei notícias da próxima vez, querido. - Dave suspirou.

- Quando vamos nos ver de novo? - Perguntou Kiko.

- Não sei, acho que estou meio gripado. - Dave respondeu e fingiu que estava assoando seu nariz.

- Melhoras, Davey. Se precisar de algo, pode me chamar.

- Te chamarei sim se precisar. - Dave sorriu triste e desligou o telefone.

Um mentiroso, era isso que ele tinha se tornado. Ele mentiu, pois assumir que dormiu com James Hetfield era doloroso. Dave esfregou sua cara com as mãos, sem forças para levantar da pequena cadeira onde se sentava. A culpa o tomava enquanto as memórias da noite que passara com o ex-namorado martelavam em sua cabeça.

Do outro lado, Kiko sabia que estava sendo enganado. Ele viu Dave entrar no banheiro e James o seguir, o tempo que eles ficaram lá denunciava tudo. O comportamento de Dave depois de voltar do banheiro, tudo indicava que James estava dando em cima de Dave novamente. Kiko o via como inocente, tentava acreditar nele. Ele sentia que deveria proteger Mustaine das garras de Hetfield.

Era um domingo que começou ensolarado e se tornou nublado, o vento forte roubou a cena. As nuvens escondiam o céu e as pessoas na cidade pareciam mais rabugentas e impacientes. Os dois passariam um dia tedioso.

Dave passou alguns minutos quase que imóvel até seu telefone tocar de novo. Ele atendeu com um sorriso que se desfez logo que ouviu a voz de James.

- Alô, meu pudimzinho. Você mal falou comigo hoje depois da nossa noite juntos.

- James, eu vou repetir pela milésima vez, não sou seu pudimzinho! A última noite foi um erro que não deve ser cometido novamente. Nós não temos mais nada. - O sangue de Dave ferveu, ele podia sentir a raiva começado a crescer dentro dele e logo desligou o telefone, sem dar vez à James de falar.

Ele ouviu o toque do aparelho mais três vezes, decidiu o ignorar e se levantar dali. O resto do dia foi vazio e maçante.