A beira do precipício

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— Jeon? Podemos conversar agora?— Continua aqui, o que quer? Veio acabar com a vida do meu irmão outra vez?— Não, eu preciso de ajuda, eu prometo contar toda a verdade, me escute por favor?— O que irá mentir dessa vez, Seokjin? Você destruiu Namjo...

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— Jeon? Podemos conversar agora?
— Continua aqui, o que quer? Veio acabar com a vida do meu irmão outra vez?
— Não, eu preciso de ajuda, eu prometo contar toda a verdade, me escute por favor?
— O que irá mentir dessa vez, Seokjin? Você destruiu Namjoon uma vez, pensa que eu não sei que você está o sondando novamente? Te darei uma chance, porque é irmão de Jimin, mas minha vontade é quebrar você em pedaços. Chamarei Namjoon, tudo que me disser ele terá que ouvir.
— Não, por favor, não. Eu terei vergonha de falar sobre isso na frente dele.
— Falar sobre o quê? A filha? Ele tem direito de saber sobre ela, eu tenho direito de saber e conviver com minha sobrinha.
— Como sabe sobre ela?
— Acha mesmo que pedir segredo ao meu ômega vale alguma coisa contra mim? Não temos segredos. Sente-se e irei chamar Namjoon.
— Então chame todos, eu realmente não me importo. — Lágrimas caiam silenciosas pelo rosto de Seokjin, medo, angústia, remorso. Tantos sentimentos sendo conflitados, mas a hora havia chegado, sua sentença seria dada pela família Jeon.
A família estava reunida, de um lado os Jeons: Jungkook, Namjoon, Yoongi. Do outro, os Parks: Seokjin, Jasmine e Jisoo.
— Sully e Noona levarão a pequena para lanchar, ela não precisa ouvir a nossa conversa, Hoseok não poderá estar presente, porque está na delegacia, pode começar a falar Seokjin.
— Eu nem sei por onde começar. — Jungkook, tira alguns papéis do envelope que o doutor lhe entregou e entrega a Jin.
— Pode começar por aqui.— São detalhes da sua internação nos Estados Unidos, poderia explicar isso? — mais lágrimas, relembrar o passado era doloroso para o ômega, que sentia vergonha por ser manipulado pelos pais.
— Você esteve internado? — Argumenta Namjoon sem entender a origem daquela conversa. Então Jin conta sua história.
— Quando eu fui embora da Coreia, eu estava esperando um bebê seu Namjoon, sei que foi errado partir sem conversar abertamente com você, mas a raiva me consumiu por dentro e tudo que eu queria era ir para longe de você. Eu sei que depois de tanto tempo, você pode ter dúvidas, e não me oponho se quiser fazer um DNA, você pode ter muitas desconfianças sobre mim, mas eu jamais mentiria para minha filha.
— E a carta, foi você que escreveu? — argumenta Namjoon.
— Sim, meu pai me garantiu que se eu fosse para longe, ele cuidaria para que você não tomasse meu bebê. Acredite em mim Namjoon, por favor? Quando minha filha completou dois anos, eu quis voltar e terminar meus estudos na Coreia, a doença de mamãe estava bem avançada e Jimin não estava dando conta sozinho. Foi aí que meu tio Kai apareceu, naquela noite em que, nos falamos há três anos atrás, eu disse a minha tia que voltaria e contaria sobre Jasmine a você, mas minha tia contou tudo a meu pai, eu fui internado, dopado e tratado como um ômega louco. Eu tentei fugir, mas meu tio disse que venderia minha bebê e eu nunca mais iria ver minha menina.
— E a foto que vocês estavam juntos em uma festa? Como me explica? — questiona Namjoon choroso.
— Foi na clínica, era noite de natal e minha tia levou Jasmine para passar a ceia comigo e ele foi junto. Foi naquela noite que mostrei a ela uma foto sua, e a prometi que um dia a traria para conhecer você.
— E como saiu da clínica? — Indaga Jungkook.
— Após anos, os médicos foram trocados e o médico que supostamente me examinou e atestou que eu não estava bem mentalmente veio a óbito, o novo doutor me examinou e atestou que não havia motivos para me segurar lá, e antes mesmo de meu pai ir aos Estados Unidos eu consegui com que me liberassem e voltei às pressas para a Coreia. Minha tia tentou me impedir, mas eu consegui fugir. Quando cheguei aqui, nos encontramos Namjoon, e tivemos uma noite maravilhosa, mas depois nos desentendemos novamente.— Onde está querendo chegar com essa história? Quando estive em sua casa, você me mandou embora, o porquê veio me procurar agora? — questiona Jungkook, olhando seriamente para Seokjin.
— Eu sei que dei motivos suficientes para me odiarem, mas a culpa não é só minha, pois sua mãe que é uma Jeon ajudou muito para esse ódio todo, eu fui o que realmente sofreu nessa história, o que você faria se a história se repetisse com Jimin? É tão fácil me julgar, quando não se pode sentir a dor do outro.
— Não seja hipócrita, Seokjin. Eu não senti a tua dor, mas vivi a de Namjoon, eu estive com ele as noites que chorou por você, quando quis desistir de tudo e ir atrás de você. No começo eu o apoiei, mas aí você desapareceu novamente, você sabia que eu, Hoseok e Yoongi cuidamos dele, quando ele atentou contra sua própria vida porque seu ômega o trocou por outro. Eu senti a dor de Namjoon, sim,  porque eu também muitas vezes me vi perdido, sem Jimin. Eu não sei o que vai ser daqui para frente Seokjin, mas vendo Namjoon assim aos prantos, eu só tenho uma coisa para te dizer, e você guarde bem minhas palavras, se você for entrar novamente na vida de meu irmão, tenha certeza de que veio para ficar porque se fazer ele sofrer novamente pode ter certeza que eu mesmo te mato. Agora me diga o que quer de mim? - Seokjin se sentia triste e vazio, não era fácil para o ômega falar sobre seu passado e todas as crueldades que passou para poder proteger a segurança de sua bebê, e estar frente a frente com a família Jeon que o odiava por abandonar Namjoon, o deixava vulnerável. Mas ele tinha um objetivo, não queria mais ceder às ameaças de seu pai, e não tinha mais a quem recorrer Jeon Jungkook foi sua única solução, Jin sabia que por mais cruel que o lúpus fosse, ele seria capaz de tudo para proteger Jimin e ele como irmão não deixaria seu irmão ter o mesmo destino que ele.
— Jungkook, meu pai me procurou e pediu para que eu leve Jimin até ele, eu não posso fazer isso. — nesse momento, Park Jisoo que se encontrava em silêncio, sentada em uma poltrona, levantou-se e foi em direção ao ômega lhe dando uma bofetada no rosto. — seu mentiroso, seu pai jamais faria isso, você foi um ômega sujo que se entregou a esse aí antes de casar e ele te abandonou, agora quer culpar outra pessoa por seus erros. — gritava a mulher transtornada, ainda apaixonada pelo ex marido que a abandonou.
— Eu irei embora daqui, e levarei minha neta comigo, você está louco como pode caluniar seu pai assim. Vou subir e pegar seu irmão e resolveremos isso em casa, você escutou Seokjin?
— Não. Jimin não vai sair daqui. E não ouse, me desafiar, senhora Park. — Grita Jeon, irado com a audácia dá ômega em defender o marido ordinário.A Ômega andou até a pequena ômega que havia voltado do lanche e estava sentada ao lado de Namjoon, e a tentou tirar de perto do alfa, que sentia o medo da pequena em seus pequenos toques em seus braços. — Solte-a, ela ficará comigo até o exame sair. — disse Namjoon segurando a mão de Jisso, ao ver que ela tentaria puxar a criança.
— Noona, leve Jasmine até Taehyung, ele a conhece. Ela se sentirá mais confortável com ele. --- Noona pegou a pequena e saiu do escritório, enquanto Seokjin sorria para a pequena, sabia que ela estava segura ao lado do pai.          Namjoon abriu a porta e pediu para que Seokjin fosse embora, com sua mãe.
— Saia, Seokjin. Eu não quero mais ver você.
— Namjoon… — Jin iria questionar, mas não era o momento, pegou sua bolsa e saiu. As lágrimas tomaram conta de seu rosto e o olhar furioso de sua mãe, o fuzilavam. Ele sabia que logo Seo Joon estaria em seu encalço, o medo o invadiu, fugir seria uma solução, mas teria que fazer isso quando a noite chegasse porque as mãos fortes de sua mãe em seus braços o machucavam.

IMPERIUM (JJK+PJM) ABOWhere stories live. Discover now