- Por que eu devo ficar?

- Eu não sei.

- Como não sabe?

- Eu não sei.

- Me dê um motivo, porra! – ela gritou.

- Eu só... – eu a encarei tentando medir as palavras. Por mais "grandinha" que Caroline seja, ela ainda é uma moça de família, então eu não posso simplesmente chegar nela e falar "oi, topa transar comigo?". – Eu quero você.

- Mas eu não estou afim.

- Está sim, eu vejo nos seus olhos. Você está doida para que eu te toque.

- E, por acaso, você lê olhos? – ela ergueu a sobrancelha esquerda em um tipo de afronto.

- Oh, sim, eu leio, e eu vejo claramente que, por dentro, você está pedindo, gritando para que eu te toque. – me aproximei dela.

- Você não sabe de nada... – ela revirou os olhos, mas não se afastou e foi ai que eu tive a certeza que eu estava certa.

- Eu sei mais que você. – eu a segurei pela cintura colando nossos corpos. – Não banca a durona, você é péssima nisso. – ela já estava entregue, já não me encarava nos olhos, mas sim nos lábios. – Diga, diga que me quer. Diga que me deseja. Diga que quer que eu te domine hoje. Diga que quer que eu deixe minhas marcas em seu corpo. Diga!

- Eu quero... – ela iniciou, mas parou para respirar. – Eu te quero, te desejo. Quero que me domine e que deixe suas marcas em mim. Quero mais que tudo.

- Então me acompanhe. – soltei nossos corpos e caminhei até a escada.

Olhei para trás só para ter a certeza de que Carol me seguia, sim, ela esta a bem atrás de mim. Subimos as escadas e logo paramos em em frente à porta do melhor cômodo de toda aquela casa. O quarto. O quarto que ela conhecia muito bem. Como eu já sabia o que iria acontecer esta noite, deixei a porta do quarto destrancada. Ela adentrou o quarto e, sem muita cerimônia, tirou os saltos e os largou em um canto qualquer. Carol observou atentamente cada canto como se já estivesse acostumada. Percebi um sorriso neutro em seu rosto, mas ele logo sumiu ao ver uma cadeira vermelha no canto, aquela cadeira não estava lá da última vez. Ela sabe que eu não faço algo sem um propósito e não hesitou em perguntar.

- Para que a cadeira? – ela me encarou.

- Você já vai saber. – fui até o quadro/cofre onde eu guardava a chave de meu armário.

- Um novo jeito de me torturar?

- Talvez. – Abri o armário onde guardava meus objetos sexuais e tirei somente o necessário.

- Como sabia que iria precisar da cadeira?

- Por que eu já sabia que você se renderia a mim hoje. – eu a encarei sorrindo maliciosamente.

- Esperta.

- Sempre.

- Vamos, venha. – ela se aproximou. – Acho que você não vai precisar disso. – disse ao abrir o zíper de sua blusa. Logo a tirei de seu corpo e sorri ao ver seus seios. Sim, livres do sutiã. – Pode sentar.

Carol se sentou e apenas me observou como quem se pergunta o que estava por vir. Tratei de vendar seus olhos, ela não questionou em momento algum, apenas me deixou fazer o que eu faço de melhor. Eu rodeei a cadeira algumas vezes, mas logo parei atrás dela e levei minha boca até sua nuca deixando alguns beijos e mordidas. Mordi o lóbulo da orelha dela antes de prender suas mãos com uma algema atrás da cadeira. Ela não deixou de gemer com o ato. Assim que tive certeza de que a ruiva estava presa a cadeira, tirei meu vestido e meus sapatos. Minha lingerie preta era tudo que eu vestia. Sentei-me sobre ela de frente e com uma perna de cada lado de seu quadril. Ela tentou, mas não conseguiu segurar minha cintura por conta da algema.

- Filha da puta. – disse ela.

Eu não respondi, mas rebolei sobre seu colo como um estímulo para seu sexo. Repeti o ato duas vezes e vi sua cabeça cair para trás com a boca aberta e um gemido preso na garganta. Continuei com minha tortura e seus gemidos me incentivaram, mas algo ali me atrapalhava. Sua maldita calça jeans. Me levantei e logo tirei a calça dela, quando tirei, sentei novamente sobre ela e robelei. Ela não conteu o gemido e isso fez com que eu soltasse um involuntário gemido. Enquanto eu fazia meu lap dance, beijava seu pescoço totalmente exposto e ainda marcado pela última vez que fizemos isso.

- Lembra que eu ganhei no jogo de dardos? – disse no ouvido dela.

- Sim... – respondeu em meio a um gemido.

- Você disse que se eu ganhasse, eu poderia pedir alguma coisa e você faria.

- Uhum. – resmungou.

- Então, eu quero que você faça comigo o que eu faço com você. - ela levantou a cabeça mesmo sem poder me olhar por causa da venda.

- Quer dizer que eu vou fazer o trabalho hoje?

- Não. – ela franziu as sobrancelhas sem entender. – Não sozinha.

- Relatividade?

- Relatividade.

Não precisei dizer mais nada, apenas continuei a rebolar sobre ela. Essa seria a noite perfeita, são poucas as vezes que eu me entrego a alguém. Acho que de todas minha vida, nunca gostei de ser dominada por alguém, sempre preferi fazer isso, mas Caroline me passava segurança, talvez ela soubesse fazer isso tão bem quanto eu faço. Talvez ela seja tão boa quanto Morgana. Mas eu aposto todas as minhas fichas nela, sei que pode ser boa como as outras. Eu sinto. Não sei direito como posso ter tanta certeza nela, só sei que tenho...

Continua...

O que estão achando de toda essa loucura?

Vejo vocês no próximo cap, se cuidem.

Kisses and kisses!

Obsession • Dayrol Version •Where stories live. Discover now