1 - Perseguição

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Ela estava tão assustada que não teve tempo de se preparar para fugir.

Os homens entraram e cochicharam alguma coisa para os funcionários e então, de repente, os três funcionários pareciam robotizados, sem vida. Eles pegaram objetos como facões e tesouras e partiram em direção à Mabel, enquanto os outros homens observavam de longe.

- Mas que merda é essa? - Ela reclamou baixo, para si mesma.

Por reflexo, quando chegaram perto, ela arremessou a mesa em que ela estava na direção deles e saiu correndo para se esconder atrás de outra das mesas.
Devido a adrenalina, ela nem teve tempo de notar que outro carro havia chego ao local, e agora um homem vestindo um sobretudo marrom com um cachecol vermelho lutava com os homens vestidos de preto.

A névoa 'fugiu' quando todos os homens, menos o salvador misterioso, estavam no chão, desacordados. Um deles, inexplicavelmente, estava sem uma das pernas, que se encontrava há poucos centímetros de seu corpo.
O homem se virou para Mabel, finalmente revelando seu rosto, que não era conhecido pela mesma, mas ainda assim, parecia tão familiar. E aqueles cabelos alaranjados dele a fizeram entender que era o mesmo homem que estava parado no parque ali perto.

Ele empunhava uma espada que Mabel não conseguiu ver de onde veio, mas o mais impressionante, era que ela estava coberta por chamas tão alaranjadas quanto o cabelo dele. Ele foi andando em passos largos até os funcionários da loja, que direcionavam agora seu foco à ele.

- Não os machuque! - Mabel implorou. - Eles estão possuídos. Por favor, não é culpa deles!

O homem não respondeu. Ele apenas sumiu com a espada, novamente, Mabel não viu como, e usou golpes ágeis para derrubar os três funcionários. Em seguida, ele colocou sua mão sob os olhos de cada um deles, e eles pararam de se mexer.

Por curiosidade e preocupação, Mabel que estava agachada no chão, olhou por cima da mesa, tentando identificar se estava tudo bem com eles.

O homem então andou até a mesa de Mabel e a arrastou, revelando a garota assustada por trás dela. Seus olhos azuis arregalados cruzaram com os olhos verdes intensos do homem ruivo, que sorriu amigavelmente para ela. Novamente, ela foi preenchida com uma sensação arrebatadora de familiaridade. E não era só isso: Aquele homem brilhava como o sol. A energia que ele irradiava era de pura magia. Ele estendeu a mão para ajudá-la a se levantar.

- Não se preocupe. - Ele finalmente falou. - Só estão desacordados. Estarão bem assim que recobrarem a consciência e não se lembrarão de nada que aconteceu aqui.

Ela segurou sua mão, e quase foi capaz de sentir uma corrente elétrica transpassar entre elas. Ele a ajudou a se levantar.

- Obrigada por me salvar.

- Não esquenta. Você é uma irmã, e eu farei tudo o que puder para protegê-la.

Mabel estava claramente confusa. Sua expressão transparecia isso.

- Irmã? - Perguntou. - Ah. Então você é um deles. Quer dizer, um dos nossos.

Por alguma razão, Mabel parecia um pouco frustrada.

- Oh. Ainda não sabe reconhecer seus irmãos? - Ela meneou negativamente com a cabeça. - Aqueles homens... Sabe o que querem com você?

Novamente, ela apenas negou.

- Eu juro que só os vi no meu bar ontem à noite. Não sei o porquê estão tentando me matar. E... - Ela tentou procurar a Névoa, que já não estava mais lá - Tinha uma coisa junto com eles. Era horrível e assustadora, me dava calafrios.

- Aquilo era um Noturno. O que você sabe sobre magia? - Perguntou, preocupado. - E sobre os nossos?

- O suficiente pra saber que não quero me meter com isso. - Respondeu, um pouco incomodada. - Já aqueles homens, não faço ideia do que são. Não senti magia neles.

A era do Caos: O Destino dos CaídosWhere stories live. Discover now