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+12 𝐯𝐨𝐭𝐨𝐬
+5 𝐜𝐨𝐦𝐞𝐧𝐭á𝐫𝐢𝐨𝐬

𝐌𝐚𝐢𝐭ê 𝐂𝐚𝐦𝐩𝐨𝐬 ...

Não sei por quantas vezes já rodei as ruas de Itapuranga, mas pelas minhas contas não foram menos que dez vezes e mesmo assim a vontade de permanecer aqui, parada sem rumo continua a mesma.

Não quero ir embora. Não posso. Não irei.

Os sentimentos confusos, indecisos e revolto de uma pessoa pode ser tudo que o inimigo precisa para derruba-lo, mas eu...eu estou lutando cada segundo e minuto que se passa para não cair na tentação de fazer tudo errado e decepcionar minha irmã, preciso pensar nela e no meu filho.

Me sinto mal, nojo é a expressão que mais combina com o que sinto neste momento, não é de se estranhar, pois a poucas horas atrás tive a infelicidade de descobrir a tempo que estava prestes a ir para a cama com um homem casado que se dizia solteiro, caí na lábia dele, mas por pouco não me afundei.

Já recusei todas as cinco ligações da minha irmã, e só agora me passou pela cabeça que talvez ela quisesse me  dizer algo sobre o Beijamin.

Quando decido retornar a ligação eu percebo um carro de poste de luxo vindo em minha direção, quando se aproxima mais eu tenho plena certeza de que se trata de um Porsche 911.

O carro diminui a velocidade e eu apresso os passos, até que ouço a voz grossa e estridente do Cortez, meu coração acelera, aperto as mãos em punho e me viro olhando pra ele.

Os lábios dele transformaram em um belo sorriso.

Cortez: Maitê venha comigo - sabe quando a pessoa fala com você  como se estivesse mandando e não pedindo?  foi exatamente assim o som de sua voz, ele praticamente ordenou que eu fosse com ele, e como estou sem alternativas eu aceito, já estive em sua companhia outras vezes e não foi tão ruim, pelo contrário senti ótimas vibrações.

Sorri para ele quando cheguei perto, ele me olhou de cima a baixo e eu virei o rosto entrando no carro de uma vez, já dentro do carro, me sentindo muito mais melhor eu olhei para fora do carro, Cortez estava de costas, usava a mesma roupa de mais cedo, a única coisa que mudou foi o seu penteado que agora não parecia tão arrumado,estava com os fios desgrenhados como se tivesse bagunçado com as próprias mãos.

Engulo a saliva e olho para a frente, mas volto a olhar para ele e desta vez nosso olhar se cruza, ele me observa sem expressões, dificultando que eu tente adivinhar o que ele está pensando.

Ele mexe o braço levando a mão até a boca e só agora percebo o cigarro preso entre seus dedos fumaçando, ele puxa a fumaça tira o cigarro dos lábios e exala a fumaça e ela desaparece pelo ar e junto a minha vontade de querer olhar pra ele, desvio o olhar e foco em outra direção, sinto meu corpo inteiro desejar uma cama quentinha, com estes pensamentos eu fecho os olhos.

Cortez PVO..

Os olhos de Maitê brilharam quando ela me viu, mais posso ter quase certeza que isso passou despercebido por ela, é ingênua e inocente demais, incapaz de entender  seus próprios sentimentos, ela é um verdadeiro desastre mais nem se quer sabe disso, ela é uma verdadeira bagunça, uma bagunça que me atrai.

Volto para o carro após jogar o resto do cigarro no chão e pisar encima.

Bato a porta chamando a atenção da Maitê, talvez eu tenha a assustado um pouco, sorrio de lado.

Maitê: por favor, me deixe em casa. - ligo o carro.

- não está em posição de exigir Tête - falo seu apelido com um pouco de diversão na voz, seu rosto ficou vermelho e ela tentou esconder isso.

Maitê: então não aceitarei a carona - ela diz e tenta abrir a porta do carro, mas eu dei um jeito de me assegurar que uma vez ela aqui dentro deste carro comigo não sairia até chegamos onde ela deve ficar.

Ela me olha pálida.

Maitê: sério Cortez, estou cansada desse seu jeito, abra essa porta! - nego com a cabeça - CORTEZ - ela grita e por instinto eu aperto a coxa dela furioso, e fica a marca dos meus dedos.

Seus lábios começaram a tremer e quando mim dei conta ela chorava.

Maitê PVO....

Não acredito que ele foi capaz de ter sido tão duro comigo, eu só queria sair dessa merda de carro, por isso é bom pensar duas vezes.

Ele rangeu os dentes o que me assustou mais ainda.

Cortez: foi mal Maitê...- ele diz tentando pegar em mim mais eu recuo de seu toque.

- para seu babaca, eu odeio você! me leva embora daqui e nunca mais se aproxime de mim, eu estou cansada de todos os homens, nenhum vale nada, começando por você! - falo tudo de uma vez, eu não pensei no que falei apenas disse.

Ele me olha brevemente com suas sombrancelha arqueadas, talvez surpreso.

Cortez: sobre o cara lá - franzo a testa, do que ele está falando ? - ele neste momento - olha no relógio - deve está morto.

Ele não pode está falando daquele escroto né? Que eu quase transei com ele, ele sendo casado.

Não sei como ele ficou sabendo, mas isso não me importa.

Ele para o carro eu respiro aliviada quando olho com alegria a minha humilde casa do outro lado da rua, automaticamente eu saio do carro aproveitando que a porta está aberta, fecho com força e vejo ele abrir o vidro e me olhar lá de dentro, eu não sei pra quê ou pq, mas eu espero que ele diga o que tem para dizer.

Cortez: Boa noite Maitê, nos vemos qualquer dia? - ele encosta no banco sem desviar os olhos de mim.

Seus olhos me queimava e eu só pensando em algo para responder mas depois de não conseguir pensar em nada legal apenas sorri pequeno e acenei com a mão antes de começar a atravessar a rua.

Tirei a chave de casa da bolsa, coloquei na porta e girei, dei uma última olhada e peguei Cortez me observando como sempre misterioso, não dei mais atenção adentrei a minha casa e respirei fundo, não importa o que aconteça, quando você volta pra casa tudo fica melhor, pq aqui sabemos que tem pessoas que amamos e que também há pessoas que nos ama.

Para Pitbulzinha_011 ❤️ te amo vida.

  Good girl  ( Romance)Where stories live. Discover now