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Estou dançando ao som de uma música que nao reconheço, no estado que estou, não sei nem mais meu nome.

Estou em cima de uma mesa, dançando que nem uma puta, porra, por que não vim de saia? Passo minhas mãos pelo meu corpo sentindo varios olhares direcionados a mim. Mas um em específico, uma pessoa ao lado do bar me encarava, minha visão está embaçada, então não consigo exergar a figura.

Acho que já bebi uns 8 copos daquela bebida, eu ultrapassei meu limite, mas foda-se.

Vejo Sofia se aproximar de mim me puxando de cima da mesa. Eu puxo meu braço da mão dela não deixando ela me tirar dali.

--- Vem Hanna. --- ela diz.

--- Porra, não! --- cambaleio para trás --- Você acha que tem poder sobre mim? --- grito, e todos param o que estavam fazendo para nos olhar.

Escutos borbulhinhos de pessoas falando sobre mim. Uns estão falando que eu sou uma puta, mas nem ao menos pararam para reparar que não era só eu que estava dançando.

--- Foda-se. --- ela sai me deixando plantada em cima da mesa.

Desço da mesa e vou correndo para o banheiro sentindo uma anciã, entro no banheiro que está cheio de meninas se pegando, nem olhei quem estava na minha frente, só as empurrei.

Me ajoelho na frente do vaso começando a vomitar. Uma e mais duas vezes. Limpo o quanto da minha boca e me levantando saindo da cabine.

Todas as meninas que estavam aqui dentro foi embora, estou em um silêncio total, que não é ruim, já que todos aqui parecem me odiar

Desço minha cabeça para lavar meu rosto na pia, mas quando levanto me deparo com Vincent atrás de mim me olhando pelo espelho.

Tento sair dali mas o mesmo me prende com seu corpo não me deixando mover um músculo.

--- Gostou do show que deu? --- ele pergunta, seu alito quente batia em meu rosto pela aproximidade.

--- Vincent, qual é --- falo meio boba. --- Você não é meu pai...

--- Não estou preucupado com você. --- Ele fala, mas um barulho se fez presente do lado de fora, a porta se abre e então Vinnie me puxa para uma cabine minúscula do banheiro. Olho para cima vendo que tinha um chuveiro. Merda, essas cabines são sempre pequenas.

Quando estou prestes a empurrar ele, ele coloca o dedo em minha boca, me mandando ficar quieta.

--- Desde que Hanna voltou, tudo piorou, aquela garota sempre consegue ser insuportável, ahh.. Como eu odeio aquela puta. --- a voz de Jennie se fez presente.

Um odio sobe no meu peito, avanço na porta mas Vinnie não deixa, ele corta o caminho com seu braço, me deixando parada no mesmo lugar.

Meu peito está relando em seu peitoral, meus mamilos estão eriçados, e eu sei que ele sabe disso. Meu rosto queima de vergonha, e tento me afastar o máximo dele.

--- Amiga, esquece essa garota. --- uma outra voz se fez presente, não consigo decifrar quem é.

Então a porta bate e o silêncio agoniante se fez presente novamente.

Unico som presente, era da nossas respirações afogadas, meu peito sobe e desce, Vinnie leva o olhar para minha tatuagem e fica olhando para la por alguns segundos.

E então seu olhar se encontra no meu, seus dois braços estão ao lado da minha cabeça, usando a parede
como apoio.

--- Não sabia que tinha tatuagens... --- sua voz me da calafrios, meus pelos do braço sobem.

𝐃𝐄𝐀𝐓𝐇 𝐎𝐑 𝐀𝐁𝐔𝐒𝐄 - 𝐕𝐈𝐍𝐂𝐄𝐍𝐓 𝐇𝐀𝐂𝐊𝐄𝐑Onde histórias criam vida. Descubra agora