09 RECONQUISTA

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Nisso o dragão não se moveu por alguns segundos, para depois resistir aos gritos

— Não! Ela deve ficar comigo!

— Eu disse para me entregar Volker, é uma ordem...

O rosto daquela forma humana se encheu de frustração e sem resistir soltou a espada, recuando os passos.

À medida que ele recuava a espada saia da bainha e Abel, agora em pose da espada, continuou.

— Ordeno que fique nessa sala até chegar a hora de partimos... Você deve seguir o plano e lutar sob meu comando, entendeu?

Os lábios de Volker tremiam enquanto ele tentava controla-los, primeiro cerrou os dentes, depois levou a mão contra o peito claramente resistindo a uma dor para, por fim, de cabeça baixa declarar timidamente:

— Entendi...

— Está bem. Agora destrave a porta que vou sair. — Abel encerrou com ar sério e bem controlado.

Os soldados e até mesmo Ian que com o barulho anterior tentaram arrombar a porta, agora, como não ouviam nada, esperavam tentando entender o que se passava do outro lado.

Então, ficaram muito surpresos quando o gelo recuou. O príncipe saiu com a roupa desarrumada e alguns sinais de luta em sua face. Mas por descrição e por Abel não lhes dar abertura, nada perguntaram.

O dia correu com os preparativos, quando a noite se aproximava Abel retornou a sala. Ela estava destruída e coberta de gelo, disfarçando a surpresa o príncipe apenas chamou-o avisando que estava na hora e Volker o seguiu, recebendo ordens claras para proteger aqueles homens.

No encontro com a tropa todos ficaram desconfortáveis com o olhar e aura de raiva assassina que Volker projetava não só para eles, mas principalmente contra o príncipe.

 ~ ~ ~

Já sobre o dragão no céu os homens se maravilhavam com a vista, o terreno visto de cima mostrava claramente sua forma acidentada e cortada por vários riachos, sobre suas cabeças as nuvens podiam ser tocadas se voassem um pouco mais alto.

O voo foi tão tranquilo que todos sentiram que, facilmente, poderiam se acostumar com esse tipo de viagem.

Pouco depois estavam em Bristol, um planalto. A vista da cidade noturna era belíssima e no extremo direito o palácio de Bristol que imitando o planalto possuía dois níveis planos com enormes pátios superiores. Foi sobre o pátio do segundo andar que o dragão pousou.

A calmaria da cidade sumiu naquele mesmo segundo, mas os soldados nem tiveram tempo de preparo. O assalto foi tão repentino que mal Volker levantou voo Ian já prendia os nobres em seus quartos.

~ ~ ~

A vista de Assaph era bem diferente, sendo construída em um vale entre montanhas e com um rio correndo por dentro da cidade ela era cheia de pontes.

A torre, como era chamada, na verdade se mostrava um edifício arredondado com seis andares, uma façanha para os arquitetos da época. Estando sobre a lateral de uma das montanhas e possuindo aquela altura, a vista da cidade e redondezas era privilegiada.

Esta também possuía uma importância econômica muito grande. A construção era mantida como segunda morada do rei. Por isso muitos servos eram empregados para preserva-lo.

Quando o dragão se aproximou um sino foi ouvido. Logo arqueiros e espadachins foram posicionados. Volker teve que desviar das flechas e voltar a subir, circulando sobre a torre sem pousar.

— Malditos! Não há brechas para descer! Seu plano não funcionou! — reclamou o dragão impaciente.

— Acalme-se Volker deve haver um jeito.

Guerra e DragãoOù les histoires vivent. Découvrez maintenant