Sase, em 7 Além ( Livro 1)

2- Nossas vidas.

5 Anos depois...

Bruna...

Acordei assustada como quase todos os dias desde o sumiço da Brenda.

Era sexta-feira e eu teria que ir para o serviço. Eu trabalhava fazendo jogos de vídeo games e hoje era um dia muito importante, era o dia em que o dono da Sleepless nights iria ver meu projeto.

Sei que quando se trata de criadores de jogos sempre esperam que tenhamos o cabelo incensado , que usemos  bermudas e andemos de skate, mas eu sempre os decepciono.

Separei  um vestido dez dedos acima do joelho  da cor lilás com uma listra branca na barra, o vestido era rodado estilo boneca, separei  também uma bota sem salto que seu cano ia até a coxa e também peguei uma peruca  longa da cor prata com uma mecha lilás. Também separei uma lingerie qualquer porque eu não tinha a mínima intenção de transar.

-Foco no serviço.

Fui até o banheiro e  tirei minha roupa e antes de ligar o chuveiro  pisei em um dispositivo que não sei o nome mas é para fechar o ralo .

- Prevenir é melhor que remediar.

Tomei um banho rápido, me sequei e coloquei a roupa que tinha separado. Prendi meu cabelo, coloquei a peruca , penteei e fiz a maquiagem. Depois de 1:30 eu estava parecendo uma personagem de anime. 

Dei graças a Deus de ter um carro pois seria complicado ir para o serviço assim em um ônibus .

Entrei no meu Fiat Mobi  liguei o ar condicionado ( pois aquela roupa era quente) e me olhei no retrovisor.

- Quem não é vista não é lembrada. -  Falei acelerando  o carro.

...

Enquanto isso no casarão na rua Dom Fernando ...

Sase...

-"In nomine Patris, et Filii, et Spiritus Sancti. A todas as forças malignas e espíritos infernais, eu ordeno que abandonem este lugar e   nunca mais retornem."

O Ricardo Paiva, o vice prefeito e um de seus seguranças  foram lançados contra a parede do casarão  e o outro segurança foi possesso.

-Saia daqui criança insolente. - O segurança falou  e sua voz era como som de muitas vozes.

-"In nomine Patris, et Filii, et Spiritus Sancti. A todas as forças malignas e espíritos infernais, eu ordeno que abandonem este   corpo. - Falei pegando uma pequena pistola de água benta em  meu coldre e atirando no segurança que deu dois passos para trás. 

- Criança ridícula deve está nos confundindo com um espírito qualquer que não aguenta uma água benta que já bate em retirada. - O segurança agora falou com a voz de  uma mulher. 

- Na verdade vocês estão exatamente onde eu queria . - Olhei para cima e "o segurança" olhou também . 

Antes mesmo do vice prefeito chegar, eu já havia desenhado no teto o tetragramaton usada como armadilha para demónios, não sabendo o que poderia encontrar naquele lugar. 

-Levantem-se falei  olhando para o vice prefeito e o segurança que se contorciam de dor caídos no chão. "In nomine Patris, et Filii, et Spiritus Sancti. A todas as forças malignas e espíritos infernais, eu ordeno que abandonem este  corpo.  A todas as forças malignas e espíritos infernais, eu ordeno que abandonem este lugar e nunca mais retornem. O segurança e Ricardo Paiva repetiram a frase comigo por sete vezes e o espírito saiu  de forma visível  como uma fumaça negra da boca do segurança e o deixou no chão. 

-Ele morreu? - perguntou o  segurança  ainda caído no chão. 

-Não só está desmaiado. O espírito maligno que estava nesse lugar já se foi, manda o prefeito  tirar todos os esqueletos desse terreno e  enterrar em solo sagrado para que  essas almas descansem.  Fala também para  o prefeito que conheço muito bem a fama dele , então eu acho melhor ele fazer meu pix ou  já sei onde mandarei  essa legião que saiu do  seu segurança. Sei que ele te mandou para ver se eu era tão competente quanto minha mãe, então conte a ele o que você viu e se mentir... Ah! fala com o prefeito que se ele quiser que eu continue trabalhando para ele como minha mãe,  fala que quero a escritura da igreja abandonada onde estou morando e um pagamento fixo que  seja um valor bom para ambos os lados .