Capítulo 20

235 15 3
                                    

Rebeca

Acordo com um barulho chato no meu ouvido, parece aquelas máquinas de hospital ou até aquelas retroescavadeiras quando dão ré. Abro meus olhos, mas rapidamente os fecho por causa da claridade.

Abro os olhos novamente e aos poucos vou me acostumando, olho em volta e percebo que estou em um hospital, tento lembrar o que aconteceu e ao poucos minha memória volta.

 A porta do jatinho abriu do nada e começou a me puxar para fora, aí enquanto Dylan procurava o botão para fechar a porta, um caco de vidro do copo que eu deixei cair no chão me cortou, eu gritei pelo Dylan e então tudo escureceu.

Dylan!

— Dylan - o chamo e sinto uma mão apertar a minha, olho para o lado e vejo, o mesmo dormindo sentado em uma poltrona com a cabeça e os braços na cama - bebê, acorda - faço carinho em seus cabelos e ele começa a se remexer.

— Me dexa mimi maisi um poquinho mommy, po favo - diz sem abrir os olhos morrendo de sono.

— Tá bom então, acho que você não sentiu saudades de mim - digo fazendo pouco caso e então do nada ele levanta a cabeça me olhando com os olhos arregalados.

— Mommy! - abre um sorriso e vem para cima de mim.

— Ah! Cuidado bebê, a mommy tá dodói - digo sentindo dor no braço enfaixado.

— Diculpa - se encolhe.

— Tudo bem meu bebê, agora você pode me dar um copo de água e chamar um médico, por favor - peço e ele acena em positivo.

Ele aperta um botão ao lado da cama e vai até um purificador de água que fica no canto do quarto e me trás um copo, ele me ajuda a sentar com cuidado e me entrega o copo me ajudando a beber. Alguém bate na porta e Dylan manda entrar, a porta é aberta e por ela passa um homem, acho que deve ser o médico.

— Boa tarde, me chamo Dr. Evandro, como você está se sentindo? Alguma dor? - pergunta educadamente me analisando.

— Boa tarde doutor, estou bem, só estou sentindo um pouco de dor no braço - digo e o mesmo anota algo na prancheta.

— Eu irei lhe dar um remédio para aliviar dor - o mesmo vai até um armário e pega um potinho, ele abre o mesmo e me dá um comprimido, Dylan pega mais um copo de água para mim e eu tomo o remédio.

— Doutor, quando eu poderei ter alta? - pergunta doida para sair daqui e continuar a viagem.

— Você irá fazer mais alguns exames para ter certeza de que está bem e se tudo estiver certo você poderá ir assim que terminar, eu irei pedir para uma enfermeira vir tirar um pouco do seu sangue para fazer os exames, com licença - diz saindo do quarto.

— Não vejo a hora de voltar para nossa viagem - me deito com cuidado suspirando.

— Falando nisso eu acho melhor a gente ficar por aqui até você melhorar um pouco mais e depois a gente volta para casa - diz e olha para ele.

— Claro que não Dylan, depois que a gente sair daqui, nós vamos para o aeroporto pegar o jatinho e ir para sei lá onde você quer me levar, e não tem mais discussão - ele me olha e suspira.

— Mas amor, você tá machucada, vai que acontece alguma coisa com você durante a viagem, eu não consigo tirar da minha cabeça o que aconteceu lá no jatinho, e se a porta abrir de novo - me olha e eu acaricio seu rosto.

— Meu bebê, eu sei que você está preocupado e com medo, e para ser sincera eu também estou com medo de entrar no jatinho, mas sabe o que eu quero de verdade? - ele nega com a cabeça - eu só quero ficar sozinha com você e esquecer de todo o resto, e se for preciso entrar naquele jatinho de novo eu entro, pode ser? - o olho sorrindo e ele me olha com um pequeno sorrisinho.

Eternamente ao Seu LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora