Ensaio curto sobre o amor, o afeto e a paixão

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"De alma sincera, a união sincera, não há nada que impeça: amor não é amor, se quando encontra obstaculos se altera, ou se vacila ao minimo temor. Amor é um marco eterno, dominante, que encara tempestade com bravura, é astro que norteia vela errante, cujo valor não se ignora, lá na altura. Amor não teme ao tempo, muito embora seu alfange não poupe a mocidade, amor não muda de hora em hora, antes se afirma para a eternidade. Se isso é falso e que é falso alguém já provou, eu não sou poeta, e ninguém nunca amou." -William Shakespeare, em soneto 116. 

O amor é algo confuso, muito mais subjetivo, porém que uma coisa é certa, o amor nunca vem sozinho, muitas vezes trás consigo o desejo, seja por ansiar à pessoa, ou por tocar, ou por cuida-la. De amor pouco se entende, mesmo aquele que amar mil vezes jamais saberia tudo sobre, nenhum amor é igual, mesmo se outrora acabe, sempre volta, nem sempre é romantico, mas todo amor é uma droga, viciante como o chocolate, e gostoso igual, e que as vezes nos faz passar mal, de lagrimas à borboletas, os sintomas variam, entretanto é certo, que meus pais nunca erraram quando me diziam, pode amar à vontade, nunca se esqueça, vai ir desde a bondade, até a aparência, mas nunca será amor sem empatia. 

A apatia não me aflinge mais, me acostumei, posso valorizar o amor e reconhece-lo, mas até esse momento ainda espero por ele. Sei que uma hora chega, talvez nem seja sobre uma pessoa, posso amar a vida, o sabor, a paz, o vigor. Posso ser um louco romântico ou um romântico suicida, de uma coisa eu sei, mesmo se eu cair em um abismo de apatia, sempre amarei. Nunca fui de ler Shakespeare, sempre fui mais de horrores, mas amo o tal poeta, que diz a verdade sobre si, sem medo dos com mente obsoleta. Se o mesmo reincarnasse, não seria eu, sinto que para ser poeta, devo amar mais como Romeu. 

Não morreria por amor, nem viveria, esse sentimento ultrapassa o véu da mortalidade, mas diria sem temor, que posso amar, mesmo em meio a céu de tempestade. 

Nunca escrevi sobre amor antes, sempre vi como um cometa, passa de vez em quando, para aqueles que olharem ao seu ápogeu, e verem no céu a estrela perfeita. Feixe de luz momentâneo, que atinge o coração apaixonado, sempre é espontâneo, nunca programado. 

Talvez eu devesse amar mais, afinal agora vejo, amor não é só para os que querem ser amados, mas para os que amam e tem desejo. Talvez caro leitor, encontre seu pedacinho de perfeição, e espero que o guarde bem, dentro de seu coração, mas antes de amar ao amado, lembre-se de amar a si, antes não seja abalado, afinal todos precisam de amor em algum momento, seja de outros ou de si próprio, e isso é algo que não foge a regra, é o amor próprio, ame a si, e então ame ao próximo, e mesmo que já tenha caido nesse mar teimoso que ante o gira do que se acalma, não fique ocioso, se dê o amor que merece, mesmo que seja penitente do arrependimento, cuide de sua mente e não se apresse. 

E não esqueça, ame, mas ame de toda a alma.

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⏰ Last updated: Oct 17, 2023 ⏰

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