seven.

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Oi, galera. Batemos 1k em corcovado! Muito obrigada por isso e fico muito feliz em saber que vocês estão gostando.

Surtem com o capítulo de hoje!


- Aceita uma carona até a casa do Marcelo?

Giovanna e Alexandre estavam em frente ao bar. Lá fora, havia outras pessoas esperando por um Uber e conversando.

- Acho que vou ficar por aqui mesmo, Gio. - ele disse tomando um gole de sua cerveja.

Giovanna, que estava encostada em seu carro, se aproximou um pouco do músico, que estava em pé segurando uma lata de Heineken na mão direita.

- Você me convida até aqui, conversamos sobre nosso trabalho, trocamos histórias de vida e você não me deixa te dar uma carona?

- Não é isso, Giovanna! - balançou a cabeça em negação ainda sem olhar para ela.

- Eu só quero retribuir com um simples gesto tudo o que vivemos esta noite, até mesmo o privilégio de te ver no palco cantando.

Alexandre, que continuava olhando para frente, sentindo a rua, pela primeira vez olhou nos olhos dela.

- Hoje foi especial... - ele baixou a cabeça. - Meu medo é esse, Gio. - Olhou para ela novamente.

A expressão de Giovanna foi mudando lentamente. Ela não estava entendendo o que o músico queria dizer com isso.

Ela olhou para os lados, observando todos que estavam ao redor, totalmente distraídos, sem sequer notar a presença dos dois ali.

Ela apoiou sua bolsa no canto da calçada, jogou seus cabelos para o lado esquerdo do ombro, deixando o outro lado do seu pescoço exposto.

Ela estava arrepiada.

- Que medo, Alexandre? - cruzou os braços em frente a ele. - Se arrependeu de ter aceitado minha colaboração para o seu álbum?

- Não, Giovanna! Jamais. Eu estou com medo... um medo que eu não sentia até agora.

Alexandre novamente abaixa a cabeça, evitando contato visual com a morena.

- Por favor, se você quiser ir embora, pode ir. Agradeço muito por esta noite.

- Eu só vou sair daqui depois que você me contar o que aconteceu e o que eu fiz para você ficar com esse 'medo' - ela gesticulou com as mãos.

O Bar Carioca da Gema já tinha fechado. Os músicos já tinham recolhido todos os instrumentos, as mesas foram guardadas. Apenas restavam eles e mais algumas pessoas do lado de fora do bar.

Era um lugar próximo à Lapa. Raramente Giovanna circulava por essas redondezas.

Alexandre, quando estava em São Paulo, costumava ir a bares, botecos, lugares lotados, ele amava sentir o calor humano em si.

Seu medo não era por estar em um lugar novo, com pessoas desconhecidas, por ter levado Giovanna até esse tipo de lugar que não era do porte dela.

Seu medo era outro, e ele não estava pronto para revelar.

- Giovanna, eu te acho uma profissional incrível, uma mulher mais incrível ainda. Quero que nosso trabalho vá para frente, que tudo dê certo... eu já fiz muita coisa dar errado na minha vida.

- Isso tudo é por conta do trabalho, Alexandre?

O músico estava inquieto, não conseguia formular uma frase, muito menos conseguir olhar nos olhos dela.

corcovado | GNWhere stories live. Discover now