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Aeroporto Galeão, Rio de janeiro.

Alexandre viajou sozinho. Saraiva resolveu ficar em São Paulo para ir adiantando algumas coisas sobre o álbum do músico.

Nero, estava com uma mala imensa, quem olhava de fora com toda clareza imaginava que ele estava de mudança.

Quinze minutos depois uma BMW preta aproximou-se do músico com os vidros do carro fumê, um homem de óculos escuros desceu do carro indo em sua direção.

- Alexandre Nero? - o homem perguntou retirando os óculos.

Alexandre assentiu com a cabeça.

- Sou o Marcos, motorista do Marcelo Serrado. Ele pediu para vim buscar o senhor.

- Senhor está no céu. Me chame de Alexandre! - repreendeu o rapaz com um semblante sério.

- Me desculpe, Alexandre. Podemos ir? - estendeu a mão para pegar a mala do músico que assentiu com a cabeça.

O músico foi o caminho inteiro calado apenas admirando a beleza da cidade. No meio do trajeto o motorista passou pelo Corcovado Redentor.

"que lindo!" sussurrou o músico ao admirar o alto cristo.

Não demorou muito e eles já estavam em Copacabana onde aconteceria a festa de inauguração. Alexandre desceu do carro, pegou suas malas com o motorista e entrou dentro da casa de seu amigo.

Era uma mansão gigante. Estava com vários funcionários trabalhando no local, seguranças por toda parte, equipes montando um pequeno palco na área externa da casa.

"Nerooooo!" - uma voz conhecida gritou.

Era seu velho amigo Marcelo vindo em sua direção com um sorriso estampado no rosto.

- Puta merda! Que alegria te reencontrar, cara! - alexandre falou deixando suas malas no chão para poder abraçar o amigo.

- Quanto tempo, Nero... quanto tempo. Como é bom te encontrar assim tão bem!

Continuaram ali conversando, relembrando os velhos tempos. O Marcelo aproveitou para apresentar a mansão enorme ao Alexandre, apresentou os funcionários que foram bastante educados com o músico.

- Seu quarto vai ser lá em cima com vista para o mar. - marcelo apontou para as escadas.

- Não precisava desse exagero todo, né?! Eu ficaria muito bem em um hotel aqui perto. - fez modéstia.

- Já falei. Você é meu convidado e merece ser tratado bem. A casa é grande, tem quartos de sobra por aí. Fica tranquilo, daqui a pouco começamos com a festa. - bateu no ombro do músico que assentiu.

Surgiu um compromisso para o Marcelo que precisou se retirar do local por um breve instante. O músico aproveitou e pegou suas malas e subiu as escadas indo se repousar em seu quarto. Era um corredor largo, com plantas ao redor, quadros de premiação pendurados na parede.

No meio do corredor acabou esbarrando em uma moça morena de cabelos longos. Ela estava com uma peça de pano na mão que, infelizmente o músico derrubou na hora em que se bateram.

corcovado | GNWhere stories live. Discover now