corcovado | GN

six.

Capítulo de hoje especial para
minhas corinthianas.

grata pela pressão psicológica de cada dia, textsforgn withgn 🙌🏼

Pela primeira vez em dias em que Alexandre estava no solo carioca, o dia no Rio de Janeiro amanheceu nublado, com ventos frios, e o mar parecia agitado.

O músico acordou um pouco mais cedo do que o normal, sentindo um leve incômodo em seu corpo.

Dores na coluna.

Enquanto fazia sua higiene matinal, começou a tentar decifrar o motivo das dores. Fazia um certo tempo que ele não sentia essas dores, especialmente na coluna.

Terminou sua higiene, seguiu para o chuveiro e tomou um banho frio, mais frio que o clima do Rio de Janeiro. Enquanto a água caía sobre seu corpo nu, molhando seus cabelos grisalhos.

Alexandre passou a ter flashbacks da noite anterior. Por um segundo, chegou a pensar que tudo que ele fez em minutos ontem à noite fosse apenas um sonho.

Ele realmente não estava acreditando que bateu uma pensando na Giovanna.

O que era para ser apenas três dias no Rio de Janeiro se estendia agora para uma semana. Tudo isso devido a trabalhos, acasos, encontros e reencontros. O que mais poderia acontecer?

Depois de alguns minutos no banho, o músico saiu, retornando à realidade e envolvendo-se em uma toalha. Seus cabelos molhados pingavam pelo corpo.

Ele olhou rapidamente em seu celular para verificar se tinha alguma mensagem de Giovanna avisando algo, mas sem sucesso.

•

No dia nublado, a rotina seguiu seu curso normal para Giovanna. Ela estava ocupada no ateliê, trabalhando em seus projetos de moda. O tempo nublado parecia refletir seu estado de espírito, inconstante e incerto.

— Gio, querida. Tem uma peça muito boa em cartaz hoje, vamos ao teatro comigo?

Giovanna, que estava de costas para Karen, ocupada costurando um vestido, se virou para a moça.

— Aí, amiga! Hoje eu realmente não consigo, tenho um compromisso inadiável! - comprimiu os lábios.

— É com o Leo?

Por um breve segundo, Giovanna estranhou a pergunta, mas foi educada e respondeu a sua colega de trabalho.

— Não... é com um amigo mesmo, por quê?

— Nada! Apenas queria sua companhia como nos velhos tempos. - forçou um sorriso.

Enquanto costurava, a conversa com Karen sobre o teatro e as saudades do passado ainda ecoava em sua mente. Ela sentia a necessidade de manter sua vida profissional no lugar, apesar das mudanças que estavam acontecendo em sua vida pessoal.

Seu celular começou a tocar roubando toda sua atenção. Rapidamente ela olhou e viu o nome do Alexandre brilhando na tela.

Giovanna ficou bastante surpresa e desconcentrada, passou as mãos em seus cabelos e deixou um sorriso bobo escapar.

Antes de atender, por um acaso ou milagre, alguém gritou o nome da Karen no fundo do ateliê. A moça seguiu a voz atentamente pedindo licença para Giovanna.