★꙳⭑ 사랑의 표시 . 𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐒𝐈𝐆𝐍꙳ .. ✩ !!

015.┃MEDO

XV

. MEDO .

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Ao acordar naquela manhã com o som de seu despertador, a Ceifadora se surpreendeu ao ver que estava coberta, e sua cabeça, que antes estava apenas apoiada sobre o colchão, estava sobre um travesseiro macio.

Não demorou muito para a loira raciocinar e entender o que havia ocorrido; Desgraça sabia o que ela havia feito, Desgraça havia a visitado.

Em um ato irritado, a jovem agarrou o travesseiro jogando-o em direção à parede branca do quarto, e se levantou retirando a coberta de seu corpo, deixando-a no chão.

A Ceifadora se levantou caminhando até o pequeno armário ao lado da cabeceira de sua cama, pegando sua bolsa e abrindo-a retirando seu celular de dentro, e observou diversas mensagens de Tak Dong-Gyung perguntando aonde ela estava, pois seu horário de seu trabalho já havia começado.

A jovem murmurou baixo, repreendendo sua própria ação em ter escolhido trabalhar. Morte deixou seu celular sobre a cama e caminhou até o pequeno banheiro dentro de quarto, adentrando o cômodo e ascendendo a luz. A loira parou em frente a pia de mármore encarando seu rosto cansado no espelho, passando a mão sobre seu cabelo bagunçado.

A loira passou a mão sobre a boca, vendo a coloração de seus lábios estar mais clara que o normal. E então, sua garganta começou a coçar. A jovem começou a tossir repentinamente, tosses grossas e que pareciam cortar sua respiração. Pelo seu reflexo no espelho, a loira notou seu nariz começando a sangrar, uma pequena linha vermelha de sangue deslizava de sua narina esquerda, destacando-se em sua pela pálida.

A loira se agachou no chão, tossindo sem parar. Morte levou sua mão a boca, tampando-a, e então notou que também estava tossindo parte de seu sangue.

O que estava acontecendo? 

Seus poderes estavam acabando cada vez mais rápido. Morte sabia a forma que iria sumir do mundo humano, cogitou até mesmo um sumiço repentino. Mas, será que a forma que iria morrer seria se tornando uma humana e morrer de uma doença terminal?

Ela iria sentir dor ao morrer? O quanto seria aquela dor?

Ao passar anos e anos vendo pessoas morrem e temerem a morte, temer até mesmo seu nome, 'Morte'. Agora quem estava com o medo do fim de sua 'vida... Era a própria Morte.

Ao finalmente parar de tossir e o sangramento em seu nariz se estancar. A loira se levantou e apoiou sobre a pia, ligou a torneira e limpou sua mão, boca e nariz. A jovem pegou a toalha de mão e se secou, saiu do banheiro as pressas tentando regular sua respiração, seus ombros subiam e desciam nervosos, seus olhos lacrimejavam e sua pupila estava dilatada e tremula.

A loira caminhou até seu quarto novamente, e andou até sua cama, pegou seu celular e o desbloqueou entrando em seus contatos, e então, ligou para Tak Dong-Gyung. 

― Espero que esteja vindo ― Foi a primeira coisa que ouviu da morena ― O CEO Park está furioso, ele pode cobrar hora extra de nós...

― Dong-Gyung, tem algo de errado acontecendo ― A loira tremeu, sentindo um líquido gelado escorrer de seu nariz novamente, e levou sua mão a tampar seu nariz ― Eu to'... To' com medo...

― ..."Medo"? ― Tak Dong-Gyung pareceu surpresa, afinal, não é todo dia que escuta que a Dona Morte está com 'medo' ― Espera... O que aconteceu? ― Questionou ao notar a gravidade do assunto que poderia ser, afinal, Morte estava perdendo seus poderes, perdendo sua imortalidade.

― Eu... Eu não sei... Eu to... Sangrando'

― Espera, eu to' a caminho.

Aquela foi  a última coisa que a loira ouviu, pois depois, a cor preta preencheu sua visão.