Capitulo 2

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  416 rosnou para Louis, revelando seus dentes caninos afiados. Percebeu que seus braços doíam onde ele os agarrou acima dos cotovelos. Ele bateu suas costas em cima de uma das mesas de conferência e curvou-se sobre ele, seu rosto enfurecido centímetros acima do seu, derramando a irá de seu olhar quase escuro. Puro terror inundava Louis.

Sua boca se abriu, mas nada saiu. Sugou ar, ouvindo ele rosnar mais alto e o apertando
ainda mais.

- Que diabos? Deixe-o ir! - Diretor Boris engasgou.

Louis viu movimento ao redor com sua visão lateral, mas não se atreveu a virar seu  foco para longe do olhar furioso de 416. Ele parecia estar pronto para rasgar sua garganta com seus dentes afiados que pairavam a centímetros dele. Seu coração batia tão forte que se perguntou se ele iria explodir. 416 sobreviveu e iria matá-lo,
exatamente do jeito que prometeu.

Deixe-o ir - uma voz masculina pediu firmemente em um tom de aço.

- Que diabos está acontecendo? - Isso veio de um outro homem que parecia chocado e
choroso.

- Harry, deixe-o ir - outro homem ordenou em uma voz extraordinariamente profunda.

Seu olhar domado pela raiva deslocou-se do olhar aterrorizado de Louis quando virou
cabeça para o lado e rosnou para alguém atrás dele.

- Não. Isto é entre ele e eu. Recue.

Louis passou a língua nos seus lábios secos, aliviado com o fato de poder respirar
novamente. As mãos em seus braços faziam contusões e machucavam o suficiente
para que lágrimas inundassem seus olhos. Harry olhava ameaçadoramente para alguém atrás dele. Apesar de estar numa sala cheia de homens, sabia que iria morrer na frente deles, quando sua atenção voltasse para si.

- Deixe-o ir, Harry - A voz masculina ficou mais profunda, para se destacar no rosnado
ameaçador - Por favor.

- Ele é um deles - rosnou - Ele trabalhou como técnico nas instalações de testes. Recue
agora. Tenho o direito de me vingar.

Um ruído conhecido cortou a sala e os olhos de Louis se arregalaram. Reconheceu o
som de uma espingarda sendo carregada e engoliu o caroço que se formou em sua
garganta, estava com medo deles o matarem para salvá-lo. Droga. Não permitiria que
isso acontecesse. Todo o terror se dissipou em sua preocupação com a vida dele, o
salvou uma vez e o salvaria de novo.

- Está tudo bem - falou tão alto quanto podia. Sua voz falhou, mas conseguiu pronunciar as palavras - Não o machuquem. Ninguém atire, por favor.

- Louis? - Diretor Boris se aproximou - O que ele está falando?

Louis suspirou quando seu tormento virou-se a cabeça para o olhar novamente. Um
arrepio percorreu sua espinha com o olhar frio e o conhecimento de que ele iria
cumprir sua promessa. Não tinha dúvidas de que ele iria matá-lo em cima da mesa na
frente de todos os presentes.

- Harry - outra voz masculina falou - Solte o homem. Vamos resolver isso
razoavelmente.

- Meu - rosnou Harry, obviamente com tanta raiva que não podia falar em um tom
normal. Seus dedos apertaram ainda mais.

Lágrimas caíram de seus olhos e rolaram para o lado do seu rosto, mas não fazia
nenhum som. Temia que fosse aborrecer todos ao seu redor, especialmente quem
tinha carregado à espingarda que ouvira.

- Louis? - Dominic Zort falou perto - Você era um informante, não era?

Ele engoliu um gemido de dor. Harry rosnou suavemente e suas mãos apertavam
brutalmente seus braços.

Furry - Novas espécies Where stories live. Discover now