É normal de todo ser humano ser um pouco egoísta, agir como se os sentimentos dos outros fossem pouco importantes e como se só a nossa vontade importasse.
Mas há também o exagero.
Há o excesso de si próprio.
Esperta é a mulher que sabe tirar um hom...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
📍São Paulo 🇧🇷
Camille Brandão.
Eu já chorei tanto que não me lembro mais de nenhum detalhe do começo desse jogo, tudo o que eu consigo me lembrar é desse gol de agora e da felicidade de Raphael. Não fiquei no camarote mas a sensação de ficar no meio do povo e sentir a vibração que pulsa até dentro do seu peito é indescritível. Nem parece que horas atrás eu estava desesperada achando que não estaríamos mais juntos depois de ontem.
Ele fez o gol que abriu esse placar e chutou a bandeirinha, gritou, bateu no peito e beijou o tão amado escudo do Palmeiras. Minhas lágrimas não paravam de cair e o cronômetro parecia contar a nosso favor, faltavam menos de 40 segundos pro fim da partida e o Palmeiras vencia por 1x0.
Quando o juíz apitou eu não me controlei mais, abracei pessoas desconhecidas ao meu lado e gritei até a garganta doer. Campeões!
Eu não sei explicar o que eu estava sentindo porque estava vivendo algo novo, eu nunca me interessei muito por futebol até o momento em que comecei a me interessar por Raphael e agora simplesmente vivo os prazeres que o esporte me dá. Só consigo falar com Raphael depois de muito esforço e de uma longa comemoração dos jogadores porque somos discretos, descemos pro vestiário e ele me carrega no colo e eu prendo as pernas em volta do seu quadril.
— Ganhamos, amor. — ele diz sorrindo.
— Eu tô muito orgulhosa de você. — digo enchendo o rosto dele de beijos.
— Reparou no sinal que fiz? O gol foi pra você. — ele diz e eu concordo com a cabeça.
Ele fez um C com os dedos e ainda beijou eles, agora eu quero que isso seja uma marca registrada de todos os gols dele porque eu amei a homenagem. Nós só conseguimos sair do Maracanã depois de muito tempo, o local estava cheio e a torcida fazia uma festança do lado de fora que parecia não ter hora pra parar. Fomos pro hotel e Rapha conseguiu dar uma escapadinha pra ficar no meu quarto comigo antes que dessem falta dele.
Chegamos completamente exaustos e fomos logo para um banho relaxante, já passava das oito quando nosso jantar chegou e estávamos tão bobos com o sorriso no rosto que nem percebemos o quanto a hora passou.
Depois do jantar nós ficamos vendo as redes sociais fervendo com a vitória Alviverde e foi aí que eu vi Raphael chorar.
— Ei, o que foi meu amor? — levanto seu queixo com a ponta dos dedos.
— Estava pensando no meu avô, sem ele eu não seria Palmeirense... foi ele quem me apresentou esse sonho. — ele diz todo emocionado.
— Seu avô tem o maior orgulho do mundo em ter um neto tão especial, ele cuida de você em cada passo meu bem... sei que a saudade é grande, te entendo demais, mas ele tá muito feliz por você. — digo fazendo um carinho em seu braço.