29 de novembro de 2020

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📍São Paulo 🇧🇷

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📍São Paulo 🇧🇷

Camille Brandão.

Eu já chorei tanto que não me lembro mais de nenhum detalhe do começo desse jogo, tudo o que eu consigo me lembrar é desse gol de agora e da felicidade de Raphael. Não fiquei no camarote mas a sensação de ficar no meio do povo e sentir a vibração que pulsa até dentro do seu peito é indescritível. Nem parece que horas atrás eu estava desesperada achando que não estaríamos mais juntos depois de ontem.

Ele fez o gol que abriu esse placar e chutou a bandeirinha, gritou, bateu no peito e beijou o tão amado escudo do Palmeiras. Minhas lágrimas não paravam de cair e o cronômetro parecia contar a nosso favor, faltavam menos de 40 segundos pro fim da partida e o Palmeiras vencia por 1x0.

Quando o juíz apitou eu não me controlei mais, abracei pessoas desconhecidas ao meu lado e gritei até a garganta doer. Campeões!

Eu não sei explicar o que eu estava sentindo porque estava vivendo algo novo, eu nunca me interessei muito por futebol até o momento em que comecei a me interessar por Raphael e agora simplesmente vivo os prazeres que o esporte me dá. Só consigo falar com Raphael depois de muito esforço e de uma longa comemoração dos jogadores porque somos discretos, descemos pro vestiário e ele me carrega no colo e eu prendo as pernas em volta do seu quadril.

— Ganhamos, amor. — ele diz sorrindo.

— Eu tô muito orgulhosa de você. — digo enchendo o rosto dele de beijos.

— Reparou no sinal que fiz? O gol foi pra você. — ele diz e eu concordo com a cabeça.

Ele fez um C com os dedos e ainda beijou eles, agora eu quero que isso seja uma marca registrada de todos os gols dele porque eu amei a homenagem. Nós só conseguimos sair do Maracanã depois de muito tempo, o local estava cheio e a torcida fazia uma festança do lado de fora que parecia não ter hora pra parar. Fomos pro hotel e Rapha conseguiu dar uma escapadinha pra ficar no meu quarto comigo antes que dessem falta dele.

Chegamos completamente exaustos e fomos logo para um banho relaxante, já passava das oito quando nosso jantar chegou e estávamos tão bobos com o sorriso no rosto que nem percebemos o quanto a hora passou.

Depois do jantar nós ficamos vendo as redes sociais fervendo com a vitória Alviverde e foi aí que eu vi Raphael chorar.

— Ei, o que foi meu amor? — levanto seu queixo com a ponta dos dedos.

— Estava pensando no meu avô, sem ele eu não seria Palmeirense... foi ele quem me apresentou esse sonho. — ele diz todo emocionado.

— Seu avô tem o maior orgulho do mundo em ter um neto tão especial, ele cuida de você em cada passo meu bem... sei que a saudade é grande, te entendo demais, mas ele tá muito feliz por você. — digo fazendo um carinho em seu braço.

INESQUECÍVEL - Raphael VeigaWhere stories live. Discover now