- ℰu te quero, mas não nas circunstâncias que me deram.
𝒜 vida parecia repetitiva e chata para Layla. Até que após um dia comum, a garota acorda em um local diferente.
𝑄uando percebem que estão em um romance, tentam fazer de tudo para não chama...
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Certamente eu estava sozinha, perdida e sozinha.
Não entendia como tudo isso estava acontecendo.
Me sento em uma das carteiras no fundo na aula de trigonometria. Eu vejo pela janela, como estava começando a chover, e nem reparo quando alguém se senta ao meu lado.
Espero que esse lugar não tenha dono.
Me viro rapidamente para olhar quem estava ali. Era uma garota, ela tinha cabelos negros cacheados. Sua pele negra, entra em contraste com a luz da sala.
Eu não conseguia ver seu rosto totalmente, pois sua mão estava cobrindo boa parte dele.
Derrepente seus olhos se encontram com os meus. Eu sentia um brilho familiar neles.
Os olhos se arregalaram, e ela tirou as mãos do rosto. Foi a minha vez de arregalar os olhos.
Nara?
— Nara? — Eu pergunto baixo, sabendo que agora a sala estava mais cheia.
Será que era ela mesmo?
Isso só podia ser um sonho maluco.
— Layla? — Certamente era ela.
Ao mesmo tempo que parecia Nara, também não parecia.
Seus cabelos não estavam mais curtos e volumosos, agora estavam longos e bem pouco volumosos. Seu rosto parecia mais velho e maduro.
Ela parecia estar mais alta, diferente de ontem, quando havíamos nos visto.
Nara era confundida com alguém bem mais nova, pela sua altura e rosto meio infantil. Nem eu acreditei quando soube que ela era mais velha que eu.
Mas agora estava ela, ao meu lado e parecendo mais velha.
Pelo menos eu não estaria sozinha nessa loucura.
— É você mesma? — Ela me pergunta.
— Eu sou eu, você é você? — Eu aponto para ela.
— Acho que eu sou eu. — Piscamos algumas vezes.
Ficamos nos encarando por alguns segundos, até alguma de nós ter coragem para quebrar o silêncio.
— Como isso.... — Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, o professor entra na sala.
— Nem me pergunte, eu não faço a mínima ideia. — Ela fala baixo.
Eu estava sorrindo. Sinceramente, eu preferia estar acompanhada do que sozinha.
— Você aí do fundo. — Eu só percebo que o professor está falando comigo quando Nara me cutuca.
— Eu?
— Aluna nova certo? — Nesse momento todos já estavam olhando, e eu só queria me bater.
