Capítulo 5

14 3 0
                                    

Dois dias depois estávamos a sair da ala hospitalar

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Dois dias depois estávamos a sair da ala hospitalar. Rúben e Rui iam visitar-nos várias vezes.

— A garota que nos ajudou veio cá visitar-te. — diz Rui a olhar diretamente para mim.

— Sim, eu sei. Isso não é para aqui chamado agora. — refiro em modo defensivo.

— Calma, só estava a comentar. — diz Rui com um sorriso de lado.

— Então não comentes. — digo eu levantando-me. — Algum de vocês foi agredido ou alvo de mais provocações? — perguntei de costas voltadas para eles.

— Não, eles não nos chatearam mais. — responde Rúben.

Na minha opinião o Rui parecia o mais bronco de todos nós. Parecia aquele que ia precisar mais da nossa ajuda.

— O que essa miúda quer de ti Micael? — pergunta Xavier do nada.

Eu olhei fixamente para ele e vi os olhos dele mudarem. Ondas azuis apareceram nos olhos dele carregados de raiva.

— Ela não quer nada de mim, nunca a tinha visto na vida, nunca falei sequer com ela. — digo eu incomodado com o olhar que ele tinha na cara.

— Não te quero perto dela. — diz Xavier irritado.

— Xavier eu faço o que eu quiser, mas seja como for não estou com intenção de me aproximar dela. Temos coisas mais importantes para fazer. Hoje vou começar o treino com o Yuri e depois ensino-vos. — declaro eu impassivo.

— Porque não podemos aprender diretamente da fonte? — pergunta Xavier.

— Porque ele diz que a obrigação dele é para comigo e não para com vocês. — refiro eu pondo fim na discussão.

— Muito bem. Seja como for temos os exames em breve. Temos de estudar. — diz Xavier.

Saímos da enfermaria e vamos para casa.

Ao chegar tenho Yuri à minha espera no pátio, assim que me vê abre um sorriso e diz:

— Bem vindo a casa garoto. Vamos começar o treino de combate corpo a corpo.

— Acabei de sair da enfermaria será que posso tomar um banho, comer algo e descansar? — pergunto eu a revirar os olhos e a entrar novamente dentro de casa.

Uma mão forte puxa-me de novo e arrasta-me para o pátio.

— Eu disse que vamos começar o treinamento e só saímos daqui quando eu achar que te sabes defender no mínimo de um ataque. — diz Yuri com ar irritado.

— Mas ainda não comi, tenho fome! — grito eu desesperado.

— Isto não é uma brincadeira Micael! Tu foste parar à enfermaria. — gritou Yuri e o chão tremeu todo à nossa volta. — Eu prometi ao teu pai que iria tratar e cuidar de ti, é o que tenciono fazer.

Eu olho com admiração para Yuri porque ele sempre foi uma pessoa tranquila e agora estava a mostrar a parte mais guerreira dentro dele.

— Muito bem. Que comece o treinamento então. — digo eu rendido.

— Vamos treinar primeiro o soco e a tua coordenação. Uma coisa de cada vez, não podemos ir logo para a defesa. — explica Yuri.

Eu ouço com atenção e ele diz:

— Vamos ficar na posição de guarda, pé direito para a frente, esquerdo para trás e igual nas mãos. Joelhos fletidos e vamo começar. Vais ter de acertar nas minhas mãos e não uses força ou podes magoar-te de verdade.

Eu coloco-me na posição e Yuri coloca-se na minha frente com as mãos levantadas para receber os socos.

— Quando eu disser um, dás um soco de direita. Quando eu disser dois, dás um soco de esquerda. — explicou Yuri.

Depois de umas horas de treino, os meus movimentos ficaram mais fluídos.

— Estou a adorar o teu empenho e o quão rápido aprendes. Agora vamos mais rápido e de forma alternada. — começou Yuri a dizer.

Eu aceno e preparo-me

— Dois, um, um, dois. — disse ele rápido demais confundindo-me.

Por ser rápido demais troquei-me todo, tropecei e quase cai de cara no chão se o Yuri não me tivesse segurado enquanto ria às gargalhadas.

— Desculpa. Sei que foi rápido demais e ainda não estás pronto. Entusiasmei-me. — diz Yuri.

— Isso foi maldade. Sabias que eu não ia conseguir. — queixei-me.

— Só sabemos algo se tentarmos. — disse Yuri a sorrir.

Eu fico a observa-lo durante um tempo e digo:

— Tens razão. Vamos novamente.

Os olhos de Yuri brilharam de contente.

— Assim é que é. Perseverança acima de tudo. Estou a adorar a atitude. Vamos lá de novo. Um, dois, dois, um. — disse Yuri e desta vez consegui fazer isso com sucesso.

Continuamos a treinar intensivamente e eu já conseguia controlar bem os movimentos.

— Antes de fazermos a pausa vamos treinar os pontapés. Eu cruzo os braços e tu colocaste de lado, equilibraste numa única perna e depois esticas a outra num pontapé. — diz Yuri.

Quando estavas prestes a dar o pontapé ouvimos uma explosão e sentimos todo o chão a abanar.

— Mas que merda? — pergunta Yuri.

— Veio da casa dos líderes. — Diz Rosanna.

****

Xavier parece ter ficado incomodado com a ajuda da Maya.

Yuri prometeu ajudar Micael.

O treinamento começou e correu bem.

Que explosão foi esta? O que será que está a acontecer?

O nosso amor: DestinadosWhere stories live. Discover now