Capítulo 4

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Os olhos dele são castanhos com um tom esverdeado quando têm luz nos olhos

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Os olhos dele são castanhos com um tom esverdeado quando têm luz nos olhos.

Eu afasto-me assustada por ele abrir os olhos de repente, mas volto a aproximar-me e digo:

— Vai ficar tudo bem. Nós vamos cuidar de ti agora.

O jovem volta a fechar os olhos e a cabeça dele fica apoiada na minha mão.

— Este é o Xavier — diz Jonathan perto do outro jovem caído e olha para mim em seguida. — Esse é o Micael, o pai dele foi fazer um serviço para a nossa base, mas ainda não voltou. — diz ele com tom de voz triste. — Vou chamar a Alice para me ajudar e vou pedir ao Marcus para avisar o doutor que estamos a chegar com vítimas de agressão. — informa Jonathan.

— Eu quero ir também pai. — digo eu com confiança.

— Não Maya. Para além disso o que estavas a fazer aqui? - perguntou Jonathan a olhar para mim e ao ver as minhas mãos à volta de Micael a expressão dele mudou e ficou furioso. — Estavas aqui com ele? És nova demais para isso. — atirou ele, afastando-me de Micael fazendo-o bater com a cabeça no chão com força.

— Pai, olha o que fizeste! — grito eu com raiva. — Eu estava a estudar! Tenho tudo na sala! O quadro está cheio de matéria estava a fazer esquemas quando ouvi pancadas! — grito eu de volta a explicar a situação.

Alice chega pouco tempo depois  e cria uma maca para cada um deles incluindo Rui e Rúben.

— Será que eles vão ficar bem? — pergunto eu.

— Fisicamente, sim. Psicologicamente? Vai demorar para curar Maya. Tem de se ter paciência. Agora podes ir. Arruma as tuas coisas e vai para casa. — pediu Jonathan.

— Vou ficar a estudar mais um pouco pai. Eu parei porque ouvi um barulho, fiquei a meio dos apontamentos. — disse eu.

— Já está a ficar tarde filha. Não te quero até tarde na rua. Amanhã há aulas. — disse Alice.

— Não te preocupes mãe. Eu não vou demorar. — prometi com um sorriso.

Fui para a sala de aula e continuei a escrever os apontamentos.

Enquanto estudava comecei a pensar naqueles olhos castanhos esverdeados.

— Tenho de o ir ver. Ver se está tudo bem. — digo em voz alta.

Arrumo as minhas coisas e vou até à ala hospitalar.

Assim que cheguei à ala hospitalar vi que estavam os dois deitados em camas de hospital.

— Doutor? — chamei eu.

Como não obtive resposta, entrei e um braço agarrou-me e puxou-me.

— Senhorita Maya, que faz aqui? — perguntou o doutor.

— Que susto doutor Henriques. — digo eu levando a mão ao peito.

— Então que estás aqui a fazer? Estás bem? Sentes-te doente? — pergunta o doutor a aproximar-se.

— Não. Só quero saber o que se passa com eles dois. Como é que ele está? Ele abriu os olhos por uns instantes, mas voltou a adormecer. — perguntei eu a olhar diretamente para a cama do Micael.

— Infelizmente o jovem Micael sofreu alguns danos e terá de ficar em observação, vá para casa menina Maya e descanse, vai ter uma semana cheia de aulas e matéria nova. — responde o doutor.

— Tudo bem. Eu tenho de ir por causa dos meus pais, eles já devem estar preocupados. — respondo. — Eles mandaram-me ir rapidamente para casa e não me querem até tarde fora de casa. — comento eu.

— Então é melhor ires para casa. — diz o doutor Henriques.

Eu sorrio para ele e olho uma última vez para Micael.

Começo a andar para a porta e ouço a máquina de Micael a dar sinal, mas continuei a andar em frente para não me colocar em sarilhos com os meus pais.

Assim que chego a casa Jonathan chega ao pé de mim e diz:

— Onde andaste Maya?

— Na escola pai, eu disse-lhe. — digo eu com cara comprometida.

— Não sejas mentirosa Maya. Eu passei na escola e não estavas lá. — diz Jonathan.

Percebi imediatamente que mais valia dizer a verdade.

— Pronto, eu estive na escola sim, mas quando acabei os apontamentos fui à ala hospitalar ver dos jovens. — admito eu.

— Maya, o teu pai avisou-te que não te queria a ir lá. Desobedeceste. O que vamos fazer contigo? — diz Alice com tom de voz desiludido.

— Oh mãe, estava só preocupada! Também fui eu que os encontrei! É normal querer saber deles certo? — pergunto eu tentando escapar de um castigo.

— Querido, ela tem razão, na verdade foi ela que os viu e foi ela que os ajudou e nos informou. — refere Alice.

Jonathan olha para Alice e para mim e suspira.

— Tudo bem. Eu não te quero mais na ala hospitalar Maya. Eu prometo que te trago notícias todos os dias da recuperação deles. — refere Jonathan.

— Espere, o doutor a mim disse que eles amanhã podiam sair, que não era nada de muito grave. — digo eu preocupada.

— Já sabes mais que eu então. Eu terei de me informar. Agora vai jantar e cama. — diz Jonathan.

Eu janto sozinha porque já todos tinham jantado e subo para ir dormir.

Ao chegar ao quarto já ouço a respiração pesada de Richard o que significa que já estavam os dois a dormir.

Visto o pijama, deito-me e faço o de sempre, sonho acordada com o Tobias.

Enquanto sonhava acordada com o Tobias e mandava suspiros para o ar, os olhos castanhos esverdeados assombravam os meus pensamentos.

*****

Maya preocupada com Micael, que amor!

Jonathan é muito rígido com Maya.

Maya é rebelde e desobedece ao pai, será que isso a vai colocar em sarilhos?

Doutor Henriques assusta a Maya aparecendo de repente e puxando-a pelo braço, eu tinha caído redonda do susto!

Será que os garotos vão ficar bem? Veremos as mazelas que vão ficar marcadas na vida deles.

Espero por vocês no próximo capítulo.

O nosso amor: DestinadosWhere stories live. Discover now