Entre Dois Mundos

Prólogo - As coisas nunca são o que parecem ser.

Existem três tipos de espíritos.

O primeiro é aquele que não sabe que morreu e ainda permanece no Plano Terreno. O segundo tipo é conhecido por Poltergeists; espíritos brincalhões que gostam de assustar as pessoas. E o terceiro tipo é conhecido por não possuírem uma forma humana, são chamados de Demônios.

Esta é a história de como descobri que sou um mediador e de como conheci uma exorcista. A história de como tudo o que eu conhecia sobre o mundo mudou completamente a minha visão dele. E que, vai mudar a sua também.

Quer dizer, existe uma alta probabilidade de que vai. Mas também pode ser que não. Existem muitas pessoas que não fazem ideia da quantidade de espíritos — bons e ruins, que os rodeia. Assim como existem pessoas que tem plena consciência disso, mas decidem ignorar.

E existem pessoas como eu, que decidem fazer algo a respeito. Claro que não foi uma jornada fácil. Não está sendo uma jornada fácil, mas alguém tinha que fazer isso — orientar os espíritos para que eles possam finalmente seguir em frente e proteger as pessoas dos espíritos mal intencionados. Ou pior, dos demônios de tomarem suas almas.

Falando nisso, se você está lendo isso e também é um mediador como eu, tome muito cuidado. A principal razão na qual estou compartilhando minha história é para alertar as pessoas a abrirem os olhos e ficarem em alerta para o mundo ao redor.

Espíritos nos rodeiam a todo momento apenas esperando por uma oportunidade para serem ouvidos — ou querendo algo. Mas não é deles que você tem que se preocupar.

Os demônios sim são uma grande preocupação e o motivo que você sempre deve ficar em alerta. Principalmente se você for um mediador como eu, ou um exorcista. As explicações virão em seu devido tempo.

Isto é, se você conseguir ler a minha história até o final.

Se conseguir, ótimo. Você irá passar os relatos adiante. Se não, talvez essa vida não seja pra você e não o culpo por isso. Porém, eu também peço que passe os relatos adiante pois pode ser muito útil para alguém.

Mas independente do caminho que for seguir, lembre-se: as coisas nunca são o que parecem ser. Eu sei muito bem disso e aprendi da pior forma possível.

Meu nome é James Monteiro, sou brasileiro e filho de pais brasileiros mas moro no Canadá. E essa é a história de como, no final do verão e no começo do outono, a minha vida virou de cabeça para baixo e também abriu os meus olhos.