36

637 43 1
                                    

Yasmin 🌺

Desempregada.

Era isso que eu era agora, uma desempregada!.

Parece que está dando tudo errado, não consegui a faculdade, meus pais estão brigados comigo, eu mal vejo o Renan e pra piorar eu perdi o meu emprego.

Eu não estou entendendo o que está havendo, na semana passada estava tudo bem, mas agora eu me sinto como se o mundo estivesse começando a desabar.

Porra, eu tenho contas, cartão, alimentação e muitas outras coisas pra pagar, eu não faço idéia do que eu vou fazer.

Fui despedida por ter tido um mal desempenho nessas últimas semanas, sendo que eu sou a funcionária que mais faz vendas naquela porra, eu não consigo entender, na moral!.

Eu estava subindo o morro de moto, indo bem devagar e pensando em como eu estava fudida.

Se eu não conseguisse me resolver rápido, eu ia ter que voltar pra casa dos meus pais, e isso é a última coisa que eu quero fazer agora.

Estacionei em frente a pracinha no centro do morro, e puxei o celular da cintura, indo mandar uma mensagem pro Renan, que infelizmente não me respondeu.

- Eu sou uma fudida mesmo. - falei passando a mão no rosto -

Será que ele está querendo se afastar de mim e não está sabendo falar?, Não é possível, ele vivia grudado no meu pé e agora eu mal vejo ele.

Amanhã é o dia do chá de bebê e eu nem sei se ele vai comigo, já que eu não vejo ele a alguns dias.

Tirei a moto do descanso e meti o celular na cintura.

A única coisa que eu preciso agora é me acalmar um pouco, nada a mais que isso.

Quebra de tempo

O barulho das ondas se quebrando, fazia com que meu corpo se arrepiasse.

Eu já tinha dado risada, chorado e tomado vários caixotes.

Tudo isso com a minha própria companhia.

Renan me respondeu falando que ele não estava podendo sair de casa e disse que nem sabia se ia poder ir no chá de bebê.

Não faço idéia do por que, mas eu acho que é algo relacionado ao trabalho do irmão dele, então eu nem vou me meter.

Eu estava sentada na minha canga, com meu fone de ouvido, um biquíni e um boné enterrado na cabeça.

Fazia umas três horas que eu estava aqui na praia da reserva, já tinha deixado todas as minhas mágoas dentro da água, tinha até feito tererê no cabelo.

Eu amo vir a praia, principalmente quando eu estou meio chateada.

Minha marquinha já estava ativa e meu rosto estava queimado de sol.

Eu já tinha pensado em todas as minhas possibilidades e formas de sair dessa situação que eu estava agora.

Eu tenho quatro mil no banco, fora o pagamento que eu peguei assim que fui despedida que foi dois mil e quinhentos reais por conta dos direitos que eu tinha.

Predestinados - MorroWo Geschichten leben. Entdecke jetzt