cap. 20

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Já faz 12  meses que estou morando na Alemanha, contando com novembro e dezembro do ano passado. Agora estamos na primavera, véspera de halloween. Nos primeiros meses foi difícil me adaptar e principalmente lidar com o fato de estar longe de casa, mas quando eu dei conta de que as coisas continuam as mesmas, eu me acostumei, eu ligo todos os dias paras os meninos e para meus pais, é raro ter algum dia em que não nos falamos. Passar o ano novo longe de casa e das pessoas que amo foi como um sacrifício, ou era isso que eu pensava, não vou mentir, eu me diverti muito. Tudo isso graças ao Oliver, não sei como ele consegue fazer amizade tão fácil, e odeio admitir, mas graças ao Kaiser também, aquele cretino veio aqui, pela primeira vez na vida eu conversei com ele, e pela primeira vez na vida eu conheci a definição de egocentrismo, meu deus, ele é muito convencido sobre tudo, e o pior, é que ele sempre está certo sobre isso, tirando a parte em que ele falava que era o homem mais bonito do mundo e bla blá blá. Ele realmente é um ótimo jogador, e péssimo em caráter, enfim, como ele é bem famoso aqui na Alemanha, muitas outras pessoas foram convidadas, a princípio eu achei que seria um saco passar essa data com tanta pessoa que eu não conhecia, mas foi o oposto, basta alguns shots pra você se soltar. E sobre o Aiku, não é nada difícil lidar com ele, mesmo que as vezes aparente ser. Ele sempre tenta ajudar nas coisas de casa mesmo que não esteja acostumado a fazer as coisas por conta própria, afinal, aqui não temos empregados, então eu sempre ensino ele a fazer o básico, como compras no mercado e etc, mas... Só tem um problema...

- Oliver!

- Não fiz nada! - Ele grita caminhando até a sala.

- Fez sim. - Eu encaro ele segurando a ponta de uma calcinha com a ponta das unhas.

- Caramba... - Ele coça a nuca e desvia o olhar.

- Não quero nem perguntar o que você faz aqui quando estou na faculdade... - Eu vou até ele e entrego a calcinha.

- Foi mal, vou tomar mais cuidado com isso.

- Como que alguém consegue esquecer a calcinha? Pelo amor de deus...

- Não sei, talvez ela tenha deixado como presente. - Ele ri.

- Ahm, qual delas?

- Sim?

- Sim o que? - Dou um tapa na minha própria testa. - Só espero não encontrar nada pior que isso...

- Não vai, eu prometo.

Isso não me incomoda tanto, mas as vezes eu me preocupo um pouco, Oliver é tão mulherengo que a qualquer momento ele corre o risco de ser pai, o que seria um problema, mas até que ele é responsável em questão a isso, eu sei porque as gavetas da estante da sala estava cheia de camisinhas lacradas, não achei ruim, ver que ele é responsável com isso é bem melhor do que encontrar calcinha, brincos, anéis, perfumes e maquiagens jogadas pela casa toda, e pra piorar, ele nunca sabe quem é a dona. Mas fora esse "pequeno" problema, Aiku e eu nos damos bem, somos como irmãos, morar na mesma casa fez nossa relação melhorar muito, não que antes ela fosse ruim. Aliás, eu poderia escolher entre morar sozinha ou morar com ele, mas chegamos a conclusão que Oliver não saberia viver sozinho, e eu não ficaria tão bem sem ter alguém para me distrair.

Os dias foram se passando, e a cada dia, semana e meses que se passavam, eu ficava cada vez melhor, fiz novos amigos na faculdade, coisa que eu não fiz em um ano todo na faculdade antiga, até que eu estava me acostumando com facilidade.

Ja era 19h, lá no Japão está de madrugada, eu já tinha dado boa noite para os meninos, no momento eu estava no meu quarto mexendo no celular.

Itoshi brothers - Sae & Rin 🔞Where stories live. Discover now