"Hospital II"

225 11 1
                                    

Já faz algumas horas que todos foram pra casa, as enfermeiras os expulsaram pois estavam fazendo muito barulho.

Já era 17:20 quando escuto a porta do quarto se abrir, estranho, pois normalmente as enfermeiras não entram nos quartos a esse horário.

Desligo o celular com dificuldade, já que conseguia mexer apenas os dedos.

— Hantaro, é você? — Abro um pouco a cortina que separava nossas camas, vendo Hantaro dormir pacificamente na outra cama.

Até que a cortina na parte da ponta de cama se abre de vez.

— Bu!

— Baji seu louco!! Quer me matar do coração, o que caralho c' tá fazendo aqui a essa hora!? — Baji coloca seu dedo indicador em seus lábios, depois aponta para a cama do Hantaro.

— Tem dois horários de visita, o da tarde acabou de começar.

— Tem!? E por que vocês não vieram ontem?

— Ficamos ocupados fazendo o bolo. — Baji entra fechando a cortina atrás dele.

— Onde estão os outros?

— Eles nem ao menos sabem que eu saí, estão em casa.

— Hello! — Kiyomi entra na cortina com as mãos na cintura.

— É, ela veio também.

— Recebi alta agora, já posso ir pra casa. — Kiyomi se agacha ao lado da minha cama. — Você vai receber alta daqui três dias, caso tudo der certo até lá.

— Sério!? Graças a Deus, não aguentava mais. — Falo respirando aliviada.

— As enfermeiras liberaram você para sair do quarto, mas com cadeira de rodas, seria com muleta, mas você tá com os braços engessados. 

— Elas disseram que eu poderia tirar antes mesmo de receber alta, talvez eu já possa tirar amanhã.

— Tomara! — Kiyomi fala empolgada. — Aí a gente dá uma volta no hospital e eu te apresento todo mundo que eu conheci aqui.

— C' fez amizade no hospital!?

— Enquanto a gente tava vindo essa garota falou com metade do hospital, todo mundo conhecia ela, parece até presidente. — Kiyomi ri envergonhada.

— Ah, fazer o que se eu sou incrivelmente incrível! — Diz com as mãos na cintura, se gabando.

— Só não é mais do que eu.

— Cala boca Keisuke, você só é um reflexo do meu brilho. — Rio da fala da morena.

— Ala, acho que parou de enxergar depois que eu nasci e tá pensando que o brilho é seu. 

— Eu sou a mais velha, você é só o resto que sobrou de mim no útero da nossa mãe, você só nasceu por que eu tive pena!

— Vai achando, eu sou predestinado a nascer desde antes de você sonhar em nascer, você só foi inspirada na minha beleza, é tão sem graça que foi a primeira a nascer. Eu só sou o mais novo porque eu fui caprichado, você é só uma pintura abstrata.
— Ok, agora ele foi criativo. Começo a rir da briga dos dois, tanto que meu abdômen começou a doer.

— Gente, da pra parar? — Ainda rindo falo.
— Vocês vão fazer meus pontos estourarem.

— Aí meu Deus, desculpaaaa. — Kiyomi choraminga no pé da cama ajoelhada.

— Tá tudo bem. — Coloco a mão no topo da cabeça da garota.

— Os pontos doeram? — O moreno questiona

Partners In Crime ( BAJI x Leitora )Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon