𝐓𝐡𝐞 𝐇𝐞𝐚𝐫𝐭𝐬 𝐨𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐋𝐨𝐬𝐭 𝐖𝐢𝐭𝐜𝐡𝐞𝐬 | 𝐋𝐢𝐯𝐫𝐨 𝟏

𝙲𝚑𝚊𝚙𝚝𝚎𝚛 𝚇𝙸𝙸𝙸

"Aʟʟ I ᴡᴀɴᴛ ғᴏʀ Cʜʀɪsᴛᴍᴀs..."

O Natal se aproximava. Certa manhã em meados de dezembro, Hogwarts acordou coberta com mais de um metro de neve. O lago congelou e os gêmeos Weasley receberam castigo por terem enfeitiçado várias bolas de neve fazendo-as seguir Quirrell aonde ele ia e quicarem na parte de trás do seu turbante. As poucas corujas que conseguiam se orientar no céu tempestuoso para entregar correspondência tinham de ser tratadas por Hagrid para recuperar a saúde antes de voltarem a voar.

Todos mal aguentavam esperar as férias de Natal. Ayla não poderia estar mais feliz, adorava completamente o Natal e tudo que queria era chegar em casa para começar as tradições com sua mãe. Não importava que mal conseguia se esquentar e que os corredores varridos por correntes de ar tinham se tornado gélidos, nem que um vento cortante sacudia as janelas das salas de aulas.

Ela só queria que ela pudesse parar de ter aulas de poções nas masmorras, onde a respiração dos alunos virava uma névoa diante deles e eles procuravam ficar o mais próximo possível dos seus caldeirões. Ela se perguntava como Kate dormia lá embaixo.

E então chegava na pessoa que não saía da sua cabeça: Kate.

A ruiva estava distante enquanto as férias de Natal se aproximavam e a corvina realmente queria entender o porquê. Ela se perguntou se havia sido o beijo, mas a Black tinha negado seus pensamentos.

Depois ela se perguntou se havia sido a derrota da Sonserina, que realmente tinha aborrecido Kate, mas não o bastante para realmente se afastar do jeito que tinha acontecido. Pelo menos ela ainda participava das "reuniões" que eles faziam para tentar descobrir quem era Nicolas Flamel.

Tanto Ayla quanto Kate tinham tentado chamar seus amigos de Casa para participar da aventura, mas ambos estavam com medo demais de perder pontos e, bom, da aventura em si. Então continuaram na biblioteca procurando o nome de o nome de Flamel nos livros desde que Hagrid deixara escapar seu nome, porque de que outra maneira iam descobrir o que Snape estava tentando roubar? Mesmo que a corvina não pudesse falar isso em voz alta, considerando o quanto a ruiva considerava essa teoria errada. Mas quem mais roubaria? Ok, a Áragon ainda achava Quirrell meio estranho, mas as provas contra Snape ainda eram maiores.

O problema é que era muito difícil saber por onde começar, sem saber o que Flamel poderia ter feito para aparecer em um livro. Não se encontrava em "Grandes sábios do século XX", nem em "Nomes notáveis da mágica do nosso tempo", não era encontrável tampouco em "Importantes descobertas modernas da magia" nem em "Um estudo dos avanços recentes na magia". E, é claro, havia também o tamanho da biblioteca em si, dezenas de milhares de livros; milhares de prateleiras; centenas de corredores estreitos.

Hermione puxou uma lista de assuntos e títulos que decidira pesquisar, feita com a ajuda da nossa inteligente corvina, enquanto Ron se dirigiu a uma carreira de livros e começou a tirá-los da prateleira aleatoriamente. Kate conferia títulos de livros e pegava apenas o que sua intuição lhe dizia ter potencial. Harry vagou até a Seção Reservada. Vinha pensando há algum tempo se Flamel não estaria ali.

Infelizmente, o estudante precisava de um bilhete assinado por um professor para consultar qualquer livro reservado e ele sabia que nenhum jamais lhe daria o bilhete. Eram livros que continham poderosa magia negra jamais ensinada em Hogwarts e somente lida por alunos mais velhos que estudavam no curso avançado de Defesa Contra as Artes das Trevas. Mas a corvina tinha ouvido Kate dizer a Harry que talvez poderia conseguir um para ele.

- Acharam alguma coisa? - Hermione perguntou e Ayla apenas jogou o livro na mesa, suspirando.

- Nada que possa nos ajudar.