(26) Party in the U.S.A | 2012 (U.D 🚩)

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Uma delas era a minha favorita de todas. Era a mais simples, com traços que até eu poderia fazer, e um pouco infantil, mas adorável de uma maneira especial; Na costela, ele tinha um pequeno desenho composto por quatro bonecos de palitinhos de mãos dadas, escrito, embaixo deles "Graham, Alex, Dylan, Eu".

Matthew era adorável, ao mesmo tempo em que me transmitia uma energia confusa. Eu sabia que ele era meio possessivo e um pouco obsessivo, mas... mas nunca em minha vida, eu tinha tido conversas tão agradáveis com um homem.

Com exceção do meu pai, que era gentil e cuidadoso; eu só tive maus exemplos masculinos em minha vida. Sarah sempre dizia que isso havia moldado as minhas escolhas amorosas de uma forma negativa, e talvez ela estivesse certa. Todos os homens com quem me envolvi minimamente me trataram de uma forma injusta, ou como se eu fosse um objeto, ou como se eu fosse louca. Mas... Matthew parecia ser diferente. Ele era gentil.

Ele conversou comigo até que eu estivesse mais feliz, e então, quando as pessoas da casa começaram a acordar, ele me obrigou a almoçar na mesa, com todos, mesmo que eu estivesse sem vontade. Ele garantiu que eu ficasse confortável perto dos meninos, de Mary e de alguns outros da equipe, que estavam por lá, me incluindo nas piadas e nos assuntos deles.

Quando todos precisaram sair da casa, para participar de uma reunião com Mark Williams, e para fazer uma passagem de palco, já que fariam um show amanhã, ele me apresentou a um motorista da banda e a um segurança, alegando que, se eu quisesse passear pela cidade enquanto estivessem fora, eu não precisava ir sozinha.

Mas eu não saí. Fiquei tomando um pouco mais de sol, explorando aquela mansão gigantesca e aproveitando para absorver bem o que estava acontecendo.

E, bem, agora, eu estava sentada em um dos balcões da cozinha, enquanto conversava com Stella, uma adorável australiana que estava cuidando da alimentação de todos, à mando de Mark.

—O que é isso, Stella? -perguntei, enquanto pegava uma travessa lotada de doces, na geladeira.

Cortados em forma de cubo, aquilo parecia um doce de chocolate cheirando muito, muito bem.

A mulher deu uma rápida olhada e então riu, continuando a mexer em uma enorme panela de Chilli.

—O menino Dylan quem fez, antes de sair. -ela alegou, com o seu sotaque um pouco engraçado- Eu não comeria, se eu fosse você.

Bem, tarde demais.

Eu já estava gemendo de prazer, com aquela bomba de açúcar chegando até minhas veias. Era um doce de chocolate bem açucarado e tinha... tinha um gostinho de mato, no fundo. Talvez erva-doce? Não sei. Mas era gostoso.

—E por que não? -eu ri, limpando-nos lábios sujos.

—Mark falou para mim, da outra vez que os meninos estiveram aqui "Nunca confie no menino da guitarra, quando ele estiver na cozinha!"

—Matthew também tem uma guitarra... -falei, tentando defender Dylan.

Eu realmente tinha gostado do guitarrista. Ele se parecia um pouco comigo, no sentido de não conseguir parar de falar. Éramos dois tagarelas, então, ficar perto dele era engraçado.

—Não Matthew. Matthew é um anjo perto do seu namorado.

Acabei dando uma risada. Era meio engraçado pensar em Matty como um anjo. E do guitarrista como meu namorado.

—Não namoro Dylan. -falei, rindo, enquanto eu pegava outro doce.

—Não? Vocês estavam cheios de agarrado, no almoço.

Ri de novo. Talvez o vocalista ficaria todo vermelhinho, se ouvisse Stella se referindo ao amigo daquela maneira.

— Acho que ele gosta de contato físico com todo mundo. -não que eu o conhecesse a muito tempo, mas aquilo já tinha ficado perceptível.

Soa Como Desastre (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora