Prólogo

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Aviso: Tem alguns erros de escrita pois é minha primeira história
Booktrailer

Nas profundezas do vilarejo, a filha de um alcoólatra viúvo e desafortunado vivia imersa em uma realidade sombria. Apesar de suas circunstâncias de miséria, sua beleza era encantadora, única entre todo o reino. Seus cabelos longos e negros, juntamente com sua pele de porcelana e sua personalidade doce e educada, mas com um toque de ousadia, a tornavam extremamente inesquecível.

Seu lar era um ambiente hostil e opressivo, no qual escapar parecia ser uma missão impossível. A jovem que havia completado dezoito anos chamava-se Aurora Kleypas. Como todas as jovens de sua idade, ela sonhava com um futuro promissor e um amor puro. No entanto, sua falta de recursos e seu status social a mantinham prisioneira dessa escassez. Algo que ninguém sabia sobre Aurora é que ela tinha perdido suas memórias na infância.

Às cinco da manhã, o vilarejo já estava desperto, e Aurora iniciou sua jornada em direção à capital, Eldoria. Em contraste com vilarejo onde vivia, a capital era uma cidade agitada, repleta de comércio e atividades. Além disso, lá se erguia imponente o palácio da família Belford. No entanto, a parte mais gratificante de sua jornada estava prestes a começar: a travessia da vasta floresta que separava o reino da capital e do vilarejo, um local onde ela costumava se aventurar sempre que possível

Dia após dia, ela se dedicava incansavelmente em um modesto mercado de flores, vendo cada pagamento ser entregue diretamente nas mãos de seu pai. Ele alegava que o dinheiro estava sendo usado para cobrir os impostos, mas essa afirmação escondia uma realidade bem diferente. Na verdade, todo aquele dinheiro se dissipava em copos de bebida e nos abraços calorosos de prostitutas.

Diante de uma crise financeira urgente, o pai tomou uma decisão que desencadearia uma série de eventos de proporções inimagináveis para sua filha. Sem posses ou bens que pudessem ser confiscados, o único ativo de valor remanescente era sua própria filha. Esse curso de ação traçaria um destino que ela jamais poderia prever.

Sem hesitar, ele ofereceu sua filha ao rei com a intenção de apresentá-la como uma criada ou concubina na corte, um presente destinado ao seu filho, o príncipe Niklaus Belford. O rei, em busca de uma maneira de satisfazer seu filho insaciável e mulherengo, ao ver o retrato dela, notando sua surreal beleza, prontamente aceitou a proposta.

Nesse momento, Aurora estava prestes a chegar em casa, quando uma sensação de apreensão a dominou ao avistar os comandantes reais com suas armaduras e cavalos próximos à sua residência. Com a mão instintivamente na testa, seu coração acelerou, temendo que algo terrível tivesse acontecido com seu pai, a única pessoa que, apesar de todas as dificuldades e vícios, não podia deixar de amar- ló .

—Ai meu Deus, Pai?– Escapou de seus lábios enquanto ela corria em direção à sua humilde moradia. Seus olhos varreram a cena, buscando desesperadamente a presença de seu pai e a esperança de que ele estivesse seguro.

À medida que Aurora se aproximava de sua casa, seu coração batia descompassado. Seus olhos se fixaram nos comandantes reais, vestidos com armaduras e montados a cavalo, juntamente com uma grande carruagem, enquanto ela tentava descobrir a razão de sua presença ali. Seu pai, uma figura frágil e desafortunada, parecia estar envolvido em uma conversa séria com os comandantes. A tensão no ar era palpável, como uma nuvem escura que pairava sobre o ambiente.

Aurora finalmente chegou ao lado de seu pai, seu olhar em busca de respostas. Seu pai, um homem geralmente ríspido e tosco, parecia abatido e envergonhado. Ele olhou para Aurora com uma mistura de tristeza e resignação, e ela pôde sentir que algo irreversível estava prestes a acontecer.

—O que está acontecendo? Por que estão aqui?

—Viemos para cobrar uma dívida antiga e os impostos atrasados. — Aurora escutou em silêncio, sentindo como se houvesse borboletas... na verdade, como se houvesse larvas comendo seu estômago.

—Mas não temos dinheiro agora, nos deem um pouco mais de tempo. — Suplicou ela aos comandantes.

—Nossa dívida com seu pai está resolvida e quitada. — Por um momento, um suspiro de alívio escapou de seus lábios. — Vamos?

—Por que tenho que ir com vocês? — Disse ela, dirigindo seus olhos para seu pai, que não conseguia encarar diretamente.

—Foi a proposta que o senhor Kleypas ofereceu para quitar sua dívida com o palácio real. — Ela sentiu um turbilhão de emoções: medo, tristeza, raiva. Mas, acima de tudo, pôde sentir seu coração sendo partido em pedaços.

—Meu pai, seu nome será lembrado como o eco amargo da decepção. — Sussurrou, incapaz de encará-lo nos olhos.

No entanto, no meio da turbulência emocional, uma chama de medo queimava dentro de Aurora. Com os olhos úmidos, ela se virou para os comandantes reais e ergueu a cabeça, mostrando uma força que até então estava escondida.

—Eu irei com vocês, mas saibam que não sou uma moeda de troca. Não sou uma escrava ou um brinquedo para a corte. Se vão me levar, peço respeito.

Os comandantes trocam olhares, surpresos pela inesperada reação de Aurora. Enquanto seu pai parece incapaz de encarar a filha, os olhos dela permanecem fixos nos comandantes, transmitindo coragem. No fundo, ela sabia que suas palavras e ações seriam em vão, pois seu destino seria ser escravizada pela corte real, e não havia o que fazer além de ceder e partir.

Os comandantes concordam e partem, levando Aurora consigo. Ela lança um último olhar de despedida para o homem que a criou, e apesar de toda a decepção, ela ainda sente uma pontada de tristeza pela relação perdida.

À medida que a carruagem real se afasta, Aurora olha pela janela e contempla o caminho incerto que a aguarda. Ela sabe que seu destino agora está entrelaçado com o palácio, mas ainda não sabe que seu futuro estará nas mãos do príncipe.

Ela não deixa de sentir a esperança de moldar seu próprio destino, longe das decisões de seu pai e do palácio.

Ela não deixa de sentir a esperança de moldar seu próprio destino, longe das decisões de seu pai e do palácio

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