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Nora Vitello

O sentimento de paz em meu coração era enorme. O meu filho estava em casa, Patrick voltou a falar com seu pai, o brilho no olhar de cada um... Era tão bom sentir essa sensação... De fato foi doloroso saber o que a terapeuta disse mas, apenas sabendo que meu filho estava aqui e receberia ajuda, era bom demais!

Vendo a mulher que trouxe paz para nós dei um sorriso que logo foi retribuído, em suas mãos carregava uma pequena louça. Em momento nenhum a repreendi por não ter nos falado que estava cuidando de Ângelo, eu compreendi em pouco tempo. Eu também tive de guardar segredo à seu respeito no dia em que viria para à mansão aos meus familiares, não tinha problema algum em ela fazê-lo.

— Como ele está? — perguntei, esperançosa.

— Bem, apenas cansado. Mas, pelos medicamentos, não demorará em dormir.

— Eu espero, qualquer agitação não o fará bem.

— Sim...

A agradeci mais uma vez antes que ela saísse. Ela não tinha noção do tamanho da alegria que trouxe para cada um de nós...

À noite, visitei a igreja a qual frequentava, queria muito dizer e agradecer pela obra que meu Deus nos proporcionou, me senti trêmula mas testemunhei. Minhas roupas foram uma ótima ajuda para alguns não me reconhecerem. Mesmo que foram poucos minutos testemunhando, eu senti que muitas vidas foram tocadas naquela noite...

MARGARIDA FONTENELLE

Mesmo saltando com um perna só, consegui alcançar a cadeira, sentando-me sobre ela, soltei um longo suspiro.

— Aguenta Margarida, amanhã já não precisar ficara assim — falei para mim mesma, eu não queria arriscar e por meu pé no chão, ou seja, teria de usar de pulos para poder me locomover melhor.

Peguei meu telefone indo a procura do número da minha amiga, esperei e em dois toques fui atendida.

— Ainda está aí? — brinquei.

— É claro, bobinha.

Rimos juntas, como era bom escutar sua gargalhada mesmo sendo do outro lado da linha telefônica.

— Eu até pensei em te mandar mensagem mais cedo, só que aconteceram tantas coisas que mal me aproximei do celular...

— Posso saber de uma delas? — perguntei.

— Claro, mas a principal é que...

Mamãe apareceu em meu quarto ficando assim ao meu lado ao escutar que era a voz de Jasmine.

— Ângelo voltou para casa.

Pus minhas mãos no rosto totalmente surpresa, mamãe comemorou.

— MEU DEUS! Você conseguiu, minha amiga. Você conseguiu!

— Graças a Deus. Sem ele eu nunca teria conseguido.

Foi triste saber que Ângelo teria quatro semanas fazendo terapia. Não deixei de desejar que ele tivesse uma ótima e rápida recuperação. Assim que terminamos nossa conversa, Jasmine fui a primeira a desligar depois da despedida. Eu não via a hora de estar em Percy!

Valentina Vitello

Descendo a escadaria com minhas mãos livres, foquei minha atenção em meus passos. Minha felicidade era tanta que para descarregar, decidi fazer algo que eu não fazia a um tempo. Apenas pensar pensar que meu irmão estava em casa, na nossa casa, até respirar estava difícil pois a felicidade estava em cada parte do meu corpo.

Assim que entrei na sala de jantar, pude vê meus queridos já tomando seu café.

— Bom dia!

Peguei uma das maçãs.

A Verdadeira Felicidade | Livro IOnde as histórias ganham vida. Descobre agora