Cap 8 | Casal se pegando...

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Eu estava espojada no sofá com as duas mãos ocupadas, uma segurando um balde de pipoca cheio e na outra uma coquinha gelada (melhor combinação), uma pena ter que fazer isso ao lado de uma pessoa tão insuportável.

Eram umas 20:00 horas e eu já tinha entrado no canal de concurso de beleza. As vezes simplesmente não acredito que minha irmãzinha participa daqueles 'treco'. Na minha humilde opinião, esses concursos são só pra gastar paciência, acabar com a auto estima (se você perder) e perder dinheiro, MUITO dinheiro.

Eu estava esperando minha irmã aparecer na tv, honestamente, achei que só ia assistir isso eu e meu pai, mas como Henrique é um desocupado sem nada pra fazer da vida, resolveu assistir também. Meu pai não tinha chegado (como sempre trabalhando) então só estávamos nós dois lado a lado naquele sofá. E o pior de tudo...

- Ei! - eu dou um tapa na mão dele - minha pipoca NÃO!

- Aí! Custa dá um pouquinho da sua pipoca?

- Custa até porque você não pega um pouquinho, VOCÊ TÁ ENCHENDO A MÃO DE PIPOCA.

- Você só sabe gritar? Custa conversar civilizadamente?

- Com você é impossível conversar! - Como mais um pouco de pipoca - inclusive você é um folgado! Vá fazer SUA pipoca!

- Não.

- Então fique sem nada. - respondo com ignorância e pego o celular enquanto como a pipoca.

- Deixa eu beber pelo menos um gole da sua coca?

Olho da cabeça aos pés, desconfiada

- Um gole - pego a coca - Só UM gole! - entrego o refri na mão da criatura.

Ele bebe um gole, levanta do sofá, e... BEBE OUTRO?

- Ei! - eu levanto também - ERA SÓ UM GOLE!

A praga sai correndo pela sala bebendo meu refri, minha coquinha...

- VOCÊ TEM ALGUM PROBLEMA? - Eu pergunto correndo atrás daquela peste que para do outro lado da mesa

- Ninguém mandou você ser egoísta! - ele bebe mais 400 goles.

- ESCROTO, IDIOTA, MIMADO - Eu corro mais uma vez atrás dele, ele para do outro lado do sofá. - ME DEVOLVEEEEEE - finalmente o alcanço e puxo o seu cabelo. Nada agressiva claro.

- AAAAAAAAAIIIII, É SÓ UMA COCA!

- Meto um chutão nas suas costelas. Sendo super fofa claro. - É MINHA coca!

O menino praticamente voou, por uma fração de segundos, me arrependi amargamente de ter feito aquilo.

- Me devolve! - eu falo já eufórica de tanto correr, e depois daquele chutão vou pensar seriamente em ser lutadora de boxe.

- Aqui - Ele tira a lata amassada do além e me devolve.

Depois da cara que fiz ao ver a coitada da coca que eu tanto gostava amassada, Henrique começa a rir.

- Minha coquinha... - Eu faço cara de choro, mudo o rosto completamente ao ver aquela aberração rindo de MIM. A mas isso não vai ficar assim...

- AAAAAAAAAAA SEU MULEQUE - pulo em cima daquela peste e bato no mesmo.

- SOCORROOOOOOO - ele grita estourando meus tímpanos. - Aí! - ele fala como se tivesse chupado limão.

Mesmo sabendo que ele era insuportável me senti mal, MALDITA COMPAIXÃO.

- Tá tudo bem? - eu pergunto saindo de cima dele, agora que percebi que essa cena pode ser meio sus pra quem olha em 3° pessoa.

- Agora que você vem perguntar? - ele se meche meio dolorido. MERECEU!

Meu Adorável PrimoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora