Cap 6 | Não mate minha filha!

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- Henrique?

- Puff

Voltaram as luzes...

Imagine a minha situação. Eu estava de toalha, sentada no colo daquela praga, ficamos nos encarando por volta de 3 segundos quando meu pai interrompeu o silêncio.

- Eu acho que foi alguma falha na rede elé- O QUE É ISSO? - meu pai grita em choque ao ver aquela cena, não o-jugo.

Eu me levanto rapidamente e Henrique faz o mesmo.

- Eu vou voltar a tomar meu banho. - eu digo me virando pro banheiro.

- A mas não vai mesmo! - meu pai fala.

Dou meia-volta.

- Pai eu juro por Deus que eu não fiz isso porque quis - eu digo tentando me explicar - até porque eu não ia ter o mal gosto de querer sentar nesse menino. - olho pra ele com nojo.

Henrique me olha "ofendido".

- Eu sei que você não fez isso porque quis, mas quando você tiver no meio do escuro e ver que sentou em alguém se levante! Agora vá tomar seu banho que o shampoo tá bem visível.

- Obrigada. - eu digo indo em direção ao banheiro, sem nem olhar pra cara do garoto.

"Eu acho que eu não vou conseguir olhar pra cara do Henrique nem tão cedo." - eu penso entrando de volta no chuveiro - "mas rapaz, e aquele tanquinho? Que abdômen... Meu Deus, eu devo tá ficando doida!"

- Senhor, tire esses pensamentos idiotas por favor, jogue eles no ar, atire, taque gasolina, bote fogo, afogue, enforque, chute, estrangule, queime, jogue eles pra fora da galáxia... - eu fui repetindo isso até a entrada do quarto, eu nunca repeti uma frase tantas vezes na minha vida.

Me troquei, e desci as escadas, nenhum sinal de Henrique...

"Obrigada senhor!"

- Mãe eu vou na casa da Mari o.k.?

- Vai andando? - a mesma pergunta.

- Sim.

- Lá não é um pouco longe? - minha mãe pergunta com um olhar preocupado.

- Um pouquinho mas não muito.

- Tu não pode ir amanhã de manhã? Agora já é de noite, é perigoso...

- Eu queria ir hoje...

- Então vai com o Henrique, ele só lhe deixa lá e na volta, se eu terminar de lavar essas roupas, eu lhe busco.

- Mãe eu posso ir sozinha...

- Se o Henrique não lhe levar você não vai.

- Eu não tenho escolha mesmo né? - eu falo rindo.

- Ou é isso ou nada.

- Tá, pode ser...

- Chame lá ele. - minha mãe diz e eu me distancio.

Subo as escadas e bato na porta dele

- Toc toc

- Entra.

- Eu não vou entrar - eu falo na frente da porta fechada - tem como tu me deixar na casa de Marina? É só deixar, na volta minha mãe vai me trazer.

- Sério mesmo?

- Se você não me deixar lá, eu não vou poder ir

- Tá, vou trocar de roupa, me espera lá embaixo.

- O.k.! - eu falo descendo as escadas e sentando no sofá.

- Bora - Henrique diz abrindo a porta.

- Pode pegar o carro Henrique! - minha mãe diz da lavanderia. - Só por favor, não mate minha filha!

Meu Adorável PrimoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora