- Henrique?- Puff
Voltaram as luzes...
Imagine a minha situação. Eu estava de toalha, sentada no colo daquela praga, ficamos nos encarando por volta de 3 segundos quando meu pai interrompeu o silêncio.
- Eu acho que foi alguma falha na rede elé- O QUE É ISSO? - meu pai grita em choque ao ver aquela cena, não o-jugo.
Eu me levanto rapidamente e Henrique faz o mesmo.
- Eu vou voltar a tomar meu banho. - eu digo me virando pro banheiro.
- A mas não vai mesmo! - meu pai fala.
Dou meia-volta.
- Pai eu juro por Deus que eu não fiz isso porque quis - eu digo tentando me explicar - até porque eu não ia ter o mal gosto de querer sentar nesse menino. - olho pra ele com nojo.
Henrique me olha "ofendido".
- Eu sei que você não fez isso porque quis, mas quando você tiver no meio do escuro e ver que sentou em alguém se levante! Agora vá tomar seu banho que o shampoo tá bem visível.
- Obrigada. - eu digo indo em direção ao banheiro, sem nem olhar pra cara do garoto.
"Eu acho que eu não vou conseguir olhar pra cara do Henrique nem tão cedo." - eu penso entrando de volta no chuveiro - "mas rapaz, e aquele tanquinho? Que abdômen... Meu Deus, eu devo tá ficando doida!"
- Senhor, tire esses pensamentos idiotas por favor, jogue eles no ar, atire, taque gasolina, bote fogo, afogue, enforque, chute, estrangule, queime, jogue eles pra fora da galáxia... - eu fui repetindo isso até a entrada do quarto, eu nunca repeti uma frase tantas vezes na minha vida.
Me troquei, e desci as escadas, nenhum sinal de Henrique...
"Obrigada senhor!"
- Mãe eu vou na casa da Mari o.k.?
- Vai andando? - a mesma pergunta.
- Sim.
- Lá não é um pouco longe? - minha mãe pergunta com um olhar preocupado.
- Um pouquinho mas não muito.
- Tu não pode ir amanhã de manhã? Agora já é de noite, é perigoso...
- Eu queria ir hoje...
- Então vai com o Henrique, ele só lhe deixa lá e na volta, se eu terminar de lavar essas roupas, eu lhe busco.
- Mãe eu posso ir sozinha...
- Se o Henrique não lhe levar você não vai.
- Eu não tenho escolha mesmo né? - eu falo rindo.
- Ou é isso ou nada.
- Tá, pode ser...
- Chame lá ele. - minha mãe diz e eu me distancio.
Subo as escadas e bato na porta dele
- Toc toc
- Entra.
- Eu não vou entrar - eu falo na frente da porta fechada - tem como tu me deixar na casa de Marina? É só deixar, na volta minha mãe vai me trazer.
- Sério mesmo?
- Se você não me deixar lá, eu não vou poder ir
- Tá, vou trocar de roupa, me espera lá embaixo.
- O.k.! - eu falo descendo as escadas e sentando no sofá.
- Bora - Henrique diz abrindo a porta.
- Pode pegar o carro Henrique! - minha mãe diz da lavanderia. - Só por favor, não mate minha filha!
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Meu Adorável Primo
RomanceA vida de Estella anda bem. Amigos leais, mesma escola de sempre, família feliz. Mas, de uma hora pra outra, sua vida vira de cabeça pra baixo quando um parente distante aparece em sua vida. Agora ela não tem mais escolha a não ser ajudar este p...