Capítulo 75 - Acabou!

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POV VALENTINA:

Tento prestar a atenção nas instruções que o porteiro me passava pra chegar até o apartamento onde o Léo estava, mas minha mente só focava em que agora, nesse exato momento eu teria meu filho nos braços.

Com meu corpo todo trêmulo caminho até o elevador da torre em que fui direcionada e aperto o botão do elevador, eu achei que o Léo estava naquele carro e receber a notícia que ele estava aqui, foi uma das melhores sensações da vida.

Chego no andar solicitado e encaro aquela porta branca com um tapete verde na entrada, meus olhos já estavam cheios, meu coração sambando no peito e então sem perder tempo toco a campainha.

- Oi...- Uma mulher abre a porta. - Entra por favor! - Ela me da passagem.

- Cadê ele? Por favor, onde está meu filho? - Dizia com a voz trêmula e o choro na garganta encarando uma mulher mais velha e uma jovem.

- Ele está ali. - A jovem a ponta pro sofá que estava vazio.

- Aonde? - Perguntava desesperada não vendo ele.

- No vão entre o sofá e a porta da varanda, ele se assustou quando ouviu a campainha e se escondeu com medo de ser o...bom você sabe quem. - Ela responde.

Eu caminho devagar em direção ao sofá e paro em frente o espaço apertadinho que tinha ali, e ver ele todo encolhido e com medo faz meu coração gritar e deixo sair o choro que não aguentava mais segurar, eu só fecho meus olhos agradecendo, ali estava ele, encolhidinho com o rosto escondido nos joelhos, e eu não consigo explicar o que eu sinto nesse exato momento.

- Carinha? - Minha voz sai falha, meu rosto já estava molhado e eu só queria tê-lo em meus braços. - É a mamã... - Antes que eu terminasse a frase Léo levanta o rosto e me olha. 

- MAMÃE? MAMÃE VALENTINA! - Léo diz levantando o rostinho devagar ao reconhecer minha voz e se levanta rápido correndo em minha direção enquanto eu estava ajoelhada no chão.

Eu só esperava meu filho de braços abertos, absolutamente mais nada me importava naquele momento, meu filho estava comigo, fim.

Léo me abraça forte e chorando, um choro de puro alívio, assim como o meu, e ali ficamos por alguns minutos sem ninguém nos interromper, todos emocionados com essa cena que presenciavam.

- É você mesmo? - Ele me encarava sem acreditar, seus olhinhos estavam vermelhos e seu rostinho molhado.

- Sim meu amor, sou eu e eu vim te levar pra casa meu filho! - Apertava ele.

- Eu sabia mamãe, eu sabia que você ia vir me buscar, eu vi você na rua, eu tentei fugir, mas o Otávio era mais forte que eu mamãe, eu tive tanto medo, ele é tão mal comigo. - O pequeno soluçava.

- Olha pra mim. - Seguro seu rostinho com minhas mãos trêmulas. - Acabou tá? Eu to aqui com você agora. - Ele concorda com a cabeça e volta a me abraçar.

Levanto com o Léo no colo e caminho em direção as duas mulheres, mas ele começa a gritar e chorar.

- NÃOOOO, NÃO, NÃO, NÃOOOO. - Léo gritava desesperado me agarrando forte. 

- O que foi meu amor? - Pergunto aflita ao ver ele assustado desse jeito. 

- FECHA! FECHA RÁPIDO. - Léo escondia cada vez mais seu rosto no meu pescoço e fechava seus olhinhos com força. 

- Fechar o que, meu amor? fala pra mamãe! - Acaricio suas costas tentando acalmá-lo. 

- A porta, tá aberta, fecha por favor se não ele vai ver que eu to aqui e vai me pegar! - Dizia soluçando e mais uma vez meu peito grita.

SIMPLESMENTE ACONTECE - VALUOnde histórias criam vida. Descubra agora