Capítulo Especial

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Volteeeei e dessa vez com um capítulo diferente. Eu tenho alguns como esse guardados e eu decidi postar esse depois que eles anunciaram a volta.

Esse capítulo começou a ser escrito um dia depois do episódio do avião e eu nem ia postar agora, mas eu fiquei tão feliz com o anúncio da volta deles que decidi terminar e postar pra vocês.Com certeza é um dos mais longos que eu já escrevi e um dos mais - se não o mais - importantes.

Eu espero do fundo do meu coração que vocês gostem, comentem e me deixem ver os surtos de vocês, eu AMO. Falo mais com vocês lá embaixo... boa leitura!

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9 de outubro de 2023,Domingo

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9 de outubro de 2023,
Domingo.

Ana Flávia pov's

Nesses últimos 2 anos, em que muitas vezes por conta do meu trabalho precisei subir em um avião, eu acho que nunca tive tanto medo como hoje.

Estávamos no alto, a caminho de Londrina, depois de mais uma semana de shows concluída. Antes de decolarmos fomos alertados sobre o clima e até então estava tudo sob controle. Subimos e entramos no avião sem intercorrência alguma, sentamos eu e meu pai frente a frente e a Bruna na poltrona ao meu lado. Eu estava desenhando no meu Ipad quando senti o avião balançar um pouco, olhei pra frente buscando contato com meu pai querendo algum tipo de conforto, e ainda com um pouco de receio olhei pro lado e vi que a Bruna estava tranquila. A tranquilidade dela e do meu pai, de certa forma, me tranquilizaram.

É apenas uma turbulência Ana Flávia, já passou por algumas, já já passa.

Voltei a esboçar no tablet, ainda um pouco preocupada, mas continuei firme e não me desesperei. Não tinham motivos pra desespero.

Esse mesmo pensamento se esvaiu em questão de segundos.

Dentro de alguns segundos o que parecia ser uma simples turbulência, se tornou pra mim motivo de pânico dentro do avião, que começou a balançar de uma forma intensa, algo que eu nunca tinha passado antes em qualquer outro voo. O desespero me invadiu de verdade e eu desesperada comecei a orar. Orar e pensar na minha família e nas pessoas que eu amo, em como eu queria abraçar a minha mãe, olhar no rostinho da Antonella mais uma vez e dizer o quanto eu a amo. E quando me dei conta estava aos prantos falando com Deus e pedia desesperadamente pra que Ele nos guardasse e levasse o avião pra um lugar seguro. Meu pai e a Bruna tentavam me acalmar a todo momento, mas com a limitação de permanecer em seus lugares por conta da turbulência, se tornou uma tarefa quase impossível.

— Por favor, meu Deus, por favor... — eu sussurrava por diversas vezes, enquanto chorava e soluçava copiosamente. — Pai, eu tô com muito medo. — eu tinha medo de abrir os olhos.

Turnê Vida | MiotelaWhere stories live. Discover now