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Harry não tinha muito dinheiro, na verdade não tinha quase nada, o que se restava era a herança que sua avó havia deixado, com isso conseguiu comprar uma casa, onde não era uma das melhores. A casa se encontrava no meio de uma pequena área florestal, ela era pequena, mas o suficiente para se hospedar e ter seu pequeno lugar de paz, seria onde iria recomeçar.

Algumas partes da casa estava bem destruídas, mas não era de importância para o cacheado, sabia que aos poucos tudo iria se acertar. Com a noite chegando, começou a ir se preparando para dormir, com uma calça de moletom e uma regata branca se deitou na antiga cama de casal, não era algo completamente confortável, contudo se encontrava melhor do que adormecer na praia, onde tinha ficado com dores em suas costas.





Correr. Correr. Era tudo que se passava em sua cabeça: correr. Dylan estava fora de si mais uma vez, mesmo com o ômega preparando um jantar especial, o alfa pouco se importou, bebendo novamente e ficando fora de si, gritava com o ômega, o dizia palavras duras, eram como facadas para o pequeno, até que em algum momento, seu esposo saca uma arma e aponta para Harry, foi naquele momento que ele soube que tinha que fugir.





Com lembranças da última noite naquela casa, levantou com medo, estava tremendo e com a respiração ofegante era até capaz de ouvir seu coração de tão forte que o mesmo batia. Não sentindo seguro o suficiente, andou pela casa conferindo se estava tudo fechado, mas ainda assim tinha medo de fechar os olhos e perceber que tudo aquilo não era real.

Tinha medo de que ser livre não fosse real e que na verdade estava trancado no maldito quartinho onde Dylan sempre o prendia para que impedisse de nunca fugir. Caminhando pela cozinha para pegar um pouco de água se assusta ao sentir seu pé afundando junto com o piso de madeira o quebrando, olhando sem acreditar.

— Só pode ser brincadeira. – sussurrou.

Com dificuldades, levanta sua perna e observa o que acabará de acontecer, Styles não tinha dinheiro para concertar aquilo no momento, então sem opção, pulou o novo buraco que se encontrava no chão e decidiu fazer um café, assim passando a noite em claro.



Quando os primeiros raios de sol jungiram pelo horizonte, o moreno suspirou em agradecimento, se levantou da mesa com cuidado e foi tomar um banho, fazendo sua higiene matinal, trocando de roupa, colocando uma calça preta e uma camiseta branca, não pensando duas vezes para caminhar até a loja de conveniência que conheceu no meu primeiro dia na cidade.

Esperava encontrar um certo alguém ali, mas sentia estúpido com esse tal sentimento, contudo apenas o ignorou, em sua mente deveria se cuidar, tinha um agora ex esposo que com certeza estava a sua procura e o mesmo não iria desistir de o encontrar tão facilmente, conhecia aquele mostro o suficiente para saber disso.



-

Como todas as manhãs me levantei e fui preparar o grande café da manhã, já que teria uma pequena raivosa assim que acordasse, depois que tudo estava pronto me caminhei até o quarto de Matthew, meu primogênito tinha seus sete anos, era um pequeno alfa, mas já tinha suas atitudes, o que me surpreendia muitas vezes, me deixando um tanto quanto orgulho.

Ao chegar no quarto do menor o vi todo esparramado, o que não era uma surpresa, me lembrava o pesadelo que era dormi com o filho, sempre acordando com dores por se chutado a noite toda, agradecendo ao saber que o mesmo estava grande o suficiente para o implorar por um quarto só dele.

— Hora de acordar, campeão. - isso foi o suficiente para ouvir um resmungo e saber que em cinco minutos o menor já estaria em pé.

A minha luta diária era acordar a caçula, Clémence tinha um péssimo humor matinal, mas era a ômega mais fofa de cinco anos que poderia existir, dificilmente era de se ver a menor sem o grande sorriso em seu rosto e aquilo era o pequeno paraíso para Louis.

Chegando ao quarto todo azul com rosa, o maior caminhou até sua filha se sentando ao lado do pequeno corpo, já acostumado com a rotina, já não era tão difícil assim de acorda-la, a pegando no colo como um pequeno bebê - que para Louis ela sempre seria - ele começou a distribuir beijos por toda sua face.

— Está na hora de acordar, filhote.

— Só mais um pouquinho, papai. - respondeu sonolenta fazendo o maior sorrir.

— Pensei que era seu dia de ficar no caixa hoje. - disse sabendo que seu pequeno ômega adorava aquela tarefa e sem demora lá estava ela com os grandes olhos azuis o olhando com um sorriso.

— Matt vai ter que ficar com os pacotes. -  sorriu sapeca.

— Alfas estão aqui para te servi, não é mesmo? – brincou. — Estou te esperando na cozinha, não demore o vovô precisa descansar.

— Sim, papai.

Sem delongas Tomlinson foi até a cozinha encontrando Matt já pegando suas torradas, logo se ajuntou a ele e em seguida a Clémence.

Assim que chegando na loja, a ômega corre até o caixa, não antes de falar com seu avô, Matt sabendo que não teria que fazer muita coisa no dia, apenas ajudar sua irmã no caixa, correu até o barco do pai.

— Tome cuido Matthew, não fique na beira. -  gritou antes de entrar na loja e cumprimentar seu pai o deixando ir para casa.

Louis se encontrava arrumando o depósito, ouve o sino avisando um novo cliente, terminou de arrumar o local e foi para dentro para ver se Matt estava para ajudar Clémence, mas não o encontro, em vez disso viu o ômega do outro dia, um ômega lindo por sinal.

No começou achou estranho o ver ali, já que normalmente os turistas ficavam apenas por passagem, ele caminha até o caixa e o comprimento.

— Ainda por aqui? Normalmente os turistas ficam por 10 minutos no máximo. - pega um pequeno saco de arroz e passa jogando para a ômega. — Olhe o peso. – escuta a menina gargalhar por quase deixar o cair.

— Ficarei por um tempo, aqui é um bom lugar. – o ômega sorri ao ver a cena de pai e filha.

— Até você descobrir que não tem muito o que fazer aqui, olhe o leite. – jogou para a menina a fazendo a rir mais.

— Aqui está sua compra. – a ômega diz sorrindo — Você gostaria de levar um livro?

— Oh, não, obrigado. – o cacheado diz sem graça.

— Pode levar se quiser, os turistas deixam por aqui, é de graça. –  Louis diz mostrando a grande prateleira.

— Isso, leva! São bem legais! – diz a ômega animada.

— Como sabe? Nunca leu um. – o alfa fala brincado fazendo os dois ômegas rirem.

— Obrigado, até mais. – o cacheado pega um livro e sai.

— Ele é lindo, né papai? – Clémence diz observando o outro ir embora.

— Muito.


☀️

louis papai tudo que mais amo.
meu ponto fraco admito!!
até a próxima.

last chance to love »» LARRY.Where stories live. Discover now