capítulo 56-preso?

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Dias depois...

Estava em casa quando a campainha toca, me levanto e vou ver quem é, quando abro a porta dois policiais me surpreendem.

- o senhor está sendo acusado de ser o responsável pelo desaparecimento de Jonathan Castro, nos acompanhe por favor. - o mais alto diz pegando uma algema de sua cintura.

- mas como assim? Eu estou indo preso é isso? - pergunto ainda confuso com o que estava acontecendo.

- você estará detento até o dia do seu julgamento, onde será declarado se você será absolvido ou condenado. - o outro policial diz enquanto seu parceiro me algema.

- você tem direito de ficar calado e de fazer uma ligação. - eles me levam até o banco de trás da viatura e eu entro.

A viagem até a delegacia foi um completo silêncio, mas dentro de mim meus pensamentos acabavam comigo.

O que ia acontecer se eu fosse condenado?

Quanto tempo ficarei sem ver a Bruna?

Tentava não pensar em nada, mas era impossível. Quando cheguei na delegacia fui levado para uma das celas.

- eu quero faz uma ligação - digo antes que me trancasem.

O homem me leva até um telefone e me informa que eu tinha direito a apenas cinco minutos.

Com as mãos trêmulas digito o número do Gusttavo e espero até que ele finalmente atende.

Ligação on.

Gusttavo: alô?

Luan: Gusttavo, sou eu.

Gusttavo: Luan? O que aconteceu?

Luan: eu tô preso, arruma um advogado pra mim e fala pra Bruna vir me ver.

Gusttavo: como assim? Quando você sai?

Luan: só depois do meu julgamento e se eu ser condenado eu não vou sair tão cedo.

Gusttavo: não se preocupe que eu vou arrumar o melhor advogado do país pra você e você vai sair dessa logo logo.

Luan: eu tenho que desligar.

Gusttavo: vai dar tudo certo.

Ligação off...

O guarda me leva até a sela e me tranca lá. Me sento no chão enquanto minha mente faz com que a minha situação fique pior.

O dia passou rápido, mas naquele lugar era horrível ficar, eu não conseguia acreditar que enquanto eu estava preso o verdadeiro culpado estava solto.

- você tem visita - um dos policiais diz enquanto abre minha cela e eu saio. Vou até a sala de visita e lá encontro Bruna desesperada.

- eu não acredito nisso - Bruna diz quase chorando, eu pego em sua mão que estava sobre a mesa e fasso carinho para tentar reconforta-la.

- eu também não, é injusto que o verdadeiro culpado esteja impune. - digo com raiva.

- mas vai ficar tudo bem, eu sei que você é inocente - Bruna aperta minha mão e olha em meus olhos. - eu te prometo que estarei aqui todos os dias.

Semanas depois...

Hoje era o dia que ia decidir onde eu passaria meus próximos dez anos, se seria em atrás das grades ou ao lado da pessoa que eu amo.

Já estávamos no final do julgamento e eu tinha a certeza de que seria condenado.

- Luan Torres, depois de ter ouvido as testemunhas eu cheguei a uma conclusão, declaro o senhor culp... - o juíz é interrompido quando alguém abre a porta do tribunal com violência, quando olho para trás eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo, como era possível?

- senhor juíz pare esse julgamento agora - Jonathan grita enquanto os seguranças tentam tirá-lo para fora.

Todos que estavam presentes não conseguiram esconder a surpresa de seus rostos, mas Henrique estava aliviado, como se ele soubesse o que realmente aconteceu, mas por outro lado, Luíza estava em choque, era como se o Jonathan fosse um perigo pra ela.

- mas o que está acontecendo aqui? - o juíz pergunta perplexo enquanto olha para Jonathan.

- senhor o verdadeiro culpado está aqui na plateia, ou devo dizer, a verdeira culpada - Jonathan aponta para Luíza, que ainda parecia estar em choque. - é ela, a pessoa que tentou me matar - quando Jonathan termina de falar, Luíza se levanta do banco, mas ela fica pálida e desmaia.

- devo reconsiderar minhas palavras, o julgamento será adiado para daqui um mês - o juíz bate o martelo e encerra o julgamento enquanto os seguranças ajudam Luíza.

Não consigo me conter e corro até Jonathan e o abraço, eu sei que ele tinha vacilado muito comigo, mas ele era meu amigo e até alguns minutos atrás todos acreditavam que ele estava morto. Tento, mas não consigo evitar que lágrimas rolassem em meu rosto, era reconfortante saber que meu amigo estava ali na minha frente depois de ter pensado que eu nunca mais o veria.

- onde você tava esse tempo todo? - pergunto limpando minhas lágrimas.

- o Henrique me levou para a casa de seus pais, eles me ajudaram a me recuperar. - Jonathan diz olhando para Henrique que se aproxima da gente.

- eu achei que nunca mais ia te ver - o abraço novamente, mas dessa vez não há lágrimas em meus olhos.

- eu só não voltei antes porque eu estava muito ferido - ele se explica, mas mesmo assim eu ainda tinha muitas perguntas para fazer.

- o que aconteceu com você? - perguntou curioso.

- Luíza foi em casa tirar satisfação comigo, a gente acabou discutindo e quando me virei ela me apunhalou pelas costas. Eu achei que fosse morrer, mas a minha sorte foi que eu tinha combinado de falar com o Henrique e quando ele chegou ele me ajudou. Achamos melhor eu sumir por um tempo, pois ela ia tentar acabar comigo se soubesse que eu estava vivo, então Henrique me levou para a casa dos pais dele no interior, mas quando eu soube que você estava sendo acusado por ter "me matado" eu fiquei desesperado e tentei vir o mais rápido possível, mas acabei chegando um pouco em cima da hora - quando confirmo minhas suspeitas foi inevitável impedir que ódio que eu sentia por Luíza aumentasse.

- ela tem que pagar por tudo - digo indignado em seguida dou um soco nas costas de um banco.

- inclusive por ter corrompido o Mateus - diz Henrique também irritado.

- não se preocupem, eu tenho o plano perfeito pra fazer ela sofrer tudo o que sofremos. - Jonathan diz friamente, o que me assusta um pouco, mas me deixa feliz por saber que logo essa cretina vai pagar cada lágrima que me fez derramar.

CADA SEGUNDO COM VOCÊ - LIVRO IWhere stories live. Discover now