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                          Calliope

eu estou em um lugar lindo, como se fosse um jardim gigante, a claridade é tão forte que quase não consigo ficar de olhos abertos, flores de todos os tipos e cores para todos os lados, um lago com patos e alguns peixes de diversas cores, o céu num azul intenso e sem nuvens, o sol batia em todos os lugares dando mais vida ao mato no chão e plantas. uau que lugar incrível

levanto meu dede indicador e uma das das muitas borboletas que voava para todos os lado pousa no meu dedo levantado, sorrio me sentindo feliz

faço uma cara confusa quando vejo uma única pessoa perto das flores bem longe de mim e sentada num banquinho, daqueles que costuma ter em praças. vejo quando a pessoa levanta seu braço e acena em minha direção, minhas pernas se movem em direção a pessoa

e quando chego mais perto posso ver um sorriso em seu rosto e então finalmente reconheço a pessoa: minha vó, com roupas brancas e seus cabelos num tom acinzentado, seus olhos azuis e sua pele clara como a minha, ela parecia tão  bem

-vó- grito e corro em sua direção e a mesma se levanta do banco abrindo os braços e me recebendo entre eles, num abraço que eu já não sentia a muito tempo

-minha criança linda- ela acaricia meus cabelos com uma mão, enquanto afaga minhas costas com a outras e eu percebo estar soluçando sem nem perceber- eu sei, também estava com saudades minha doce netinha- como sempre tão amorosa

-que bom vê-la vovó- aperto-a em meus braços sem acreditar que ela realmente estava em minha frente

-sente-se filha, precisamos conversar um pouco- diz quando nos soltamos depois de um tempo enquanto seca algumas lágrimas que ainda escorria pelo meu rosto- você não deveria estar aqui meu bem- olho-a confusa e ela sorri

-mas eu quero estar com a senhora, não estava com saudades minha?- pergunto um pouco triste

-mas é claro que estava minha filha, mas não é sua hora, você tem muito o que viver ainda- sua mão se agarra na minha afagando-a carinhosamente

-do que a senhora está falando vovó?- fico cada vez mais confusa olhando em sua direção esperando por respostas

-você pode ficar se quiser, não posso fazê-la ir. a decisão é sua meu anjo- respiro fundo e mordo os lábios um pouco frustrada por ela não responder nenhuma de minhas perguntas

-o Aiden está aqui?- olho em volta não vendo mais ninguém além de nós duas

-não querida- volto meus olhos no dela que me olhava com um pequeno sorriso no rosto, suas feições tão calma e serena que me sinto em casa

-eu... vovó eu quero ficar- digo ainda olhando-a- mas... mas eu preciso...preciso estar com ele- ela sorri abertamente para mim

-eu sei minha filha- ela se levanta me puxando junto dela- vamos vou te levar até ele- deixo-a me guiar entre as flores vendo um buraco branco gigante no meio de todas aquelas plantas, parando quando chegamos até o buraco- vá querida, viva muito e seja feliz- ela me abraça fortemente e eu a retribuo

dou alguns passos em direção ao buraco que me puxava mas paro olhando para trás- você não vem vovó?- tento voltar mas minhas pernas não se move

-não querida- ela ainda sorria meu coração acelera quando não consigo alcança-la, eu quero ficar.- tudo bem meu anjo. estarei sempre ao seu lado. não se preocupe- vejo uma lágrima solitária escorrer de seus olhos

-eu te amo vovó- lágrimas voltam a escorrer por meus olhos- bença- peço antes que eu seja sugada completamente

-Deus te abençoe minha filha- ela acena denovo e todo aquele lugar some

escuridão me toma e eu grito caindo sem parar tentando me agarrar a alguma coisa, qualquer coisa mas eu continuava caindo e caindo e caindo e caindo e caindo.

abro meus olhos puxando o fôlego em meus pulmões, meus olhos corre pelo lugar em que eu estou a procura de minha vó, mas tudo que vejo são paredes extremamente brancas, vendo em seguida algumas pessoas de branco em volta de mim, eu estava em uma maca com uma máscara de oxigênio enquanto aquelas pessoas me empurravam para algum lugar que não faço ideia de que lugar se trata, estou muito confusa, a segundos atrás estava com minha vó e agora estou aqui

-senhorita morris?- uma mulher diz mas sua voz é distante e baixa- senhorita?

e então tudo fica preto de novo, mas dessa vez não tem vó nem jardim nem plantas nem borboletas nem lagos nem peixes apenas o escuro frio é solitário

tenho que dizer que me emocionei muito escrevendo esse capítulo kkkkkkk
não se esqueçam de comentar e favoritar
beijossss 💜

o pai do meu namorado Onde histórias criam vida. Descubra agora