SECRETS Vol.02 (Série: Grecos)

Capítulo 07

Aquela pele pálida, seios firmes...

Sempre tive verdadeiro fascínio por essas criaturas místicas e puras, não imagino o prazer que me daria trepar com uma coisinha dessas.

Minha primeira ereção, minha primeira fantasia sexual.

Acabo sorrindo pela ideia ridícula, sei que não são reais.

Continuo observando-a sem conseguir desviar os olhos dela. Uma vontade repentina, e sem sentido surge, eu preciso vê-la de perto, matar a minha curiosidade sobre a sua aparência.

Mas quem é ela? E oque está fazendo aqui?

__ Heitor...

A voz do Nicolas surge, repentinamente, me deixando em estado de alerta. Desvio o meu olhar imediatamente, rapidamente, da imagem fascinante da pequena ruiva.

Eu não ouvi qualquer ruído anterior, indicando a entrada intrusiva dele.

Que inferno!

Uma sensação que eu não me recordo de ter sentido em anos, há muito esquecida, toma o meu corpo e a minha consciência.

Nervosismo.

A ideia de que ele note o que eu estava fazendo, essa coisa tola, me deixa nervoso, o que é ridículo.

Merda!

Puxo a cortina um pouco mais para o lado, em um movimento controlado, nada agitado, fechando apenas mais alguns centímetros.

Que ele não perceba onde estava a minha atenção.

__ Você está fechando as cortinas? __ O tom de voz dele é jocoso. Ele sabe que eu não sou o tipo de homem que fecha as próprias cortinas.

__ Sim, preciso da iluminação certa e não estava com paciência pra pedir isso a uma empregada. __ Meu tom de voz é o mesmo de sempre, sisudo.

__ Sei. Então, eu preciso que assine mais um decreto de liberação. __ Ele avança na minha direção e antes que ele se aproxime ao ponto de conseguir ver lá fora, sou eu que vai na direção dele.

__ Você pode ser mais competente, sabe disso não é?

__ Posso saber o porquê da ofensa gratuita. __ Ele pouco se ofende de fato com o que eu falo.

__ Quando quiser que eu assine essas liberações, traga-as todas de uma vez, ao invés de ficar indo e vindo perdendo tempo, ou contrate uma assistente pra você, e que faça isso.

__ Não, obrigado, eu não sujeitaria uma pobre coitada a ter que lidar com você. Eu já tenho pecados demais nessa vida.

O Nicolas não tem o mesmo nível de humor que o Adam, aquela alegria do meu irmão mais novo, quase constante e que chega a ser insuportável em alguns momentos, mas ele sabe ser irônico ou sarcástico quando quer.

__ Pronto. __ Devolvo o papel a ele devidamente assinado.

Firmo meus olhos nele, evitando olhar em direção às janelas, mas uma vontade de origem inexplicável, perturbadora, me faz querer.

Quem é aquela pequena ruiva? A pergunta martela a minha mente.

É óbvio.

Como eu não liguei os pontos mais rapidamente?

Ela deve ser a companhia interessante do Francesco, a que o Nicolas mencionou, é a única explicação plausível para uma desconhecida estar nos jardins da casa.

__ Perfeito. __ Ele observa o papel, e sem nem mesmo voltar a me olhar, se move em direção a saída.

Francesco esteve ausente por mais de um mês, eu ouvi a Natalie mencionar isso mais de uma vez, de forma irritantemente repetitiva e rancorosa.