𝐚 𝐟𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐝𝐨 𝐦𝐚𝐟𝐢𝐨𝐬𝐨

𝐬𝐢𝐱

𝖩𝖺𝖽𝖾𝗇 𝖧𝗈𝗌𝗌𝗅𝖾𝗋, 𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗍𝗁𝖾 𝗏𝗂𝖾𝗐．
𝖫𝗈𝗌 𝖠𝗇𝗀𝖾𝗅𝖾𝗌, 𝖼𝖺𝗅𝗂𝖿𝗈𝗋𝗇𝗂𝖺．

O peso de ter que cuidar de uma máfia já era uma ideia absurda para mim. Porem, era o que a minha família queria. Era o que o meu pai sempre preparou para mim, apesar de não ser a minha vontade sempre, eu aprendi a gostar disso. Eu aprendi a gostar realmente da coisa em que eu trabalho.

Apesar de eu ter a grande responsabilidade de cuidar de uma máfia, eu tenho outra ainda maior; criar a minha filha. Criar a garotinha que eu mais amo nesse mundo e isso em minha opniao, é uma responsabilidade ainda maior.

Faz exatamente quatro semanas que Stassie morreu e agora estamos voltando a rotina normal. Quer dizer, Hope irá voltar a rotina dela.

— Você tem quantos anos? — Pergunto para o homem a minha frente.

— Vinte anos, senhor. — Ele respondeu e eu assenti, lendo o currículo dele.

Comecei as entrevistas para o professor particular de Hope ontem à tarde, mas ainda não achei a pessoa certa para ela. A pessoa teria que ficar com ela das 8:00 até as 13:20, ensinar e cuidar nela nesse tempo.

Eu não quero escolher qualquer pessoa para isso, afinal é de Hope que estamos falando. Também não quero correr riscos e mandar ela para a escola normal, já que algum inimigo meu pode achar e fazer algo.

— Ta bom. Qualquer coisa eu entro em contato. — Falo simples e volto a ver algumas coisas no computador. — Pode ir. — Digo.

— A-ah. Tudo bem. — Diz e se levanta.

Ouço a porta se fechar e suspiro, me encostando na cadeira. Hoje eu ainda teria que conferir a chegada de algumas cargas para nós e só de pensar nisso eu me sinto cansado.

Um toque na porta me chamou atenção e eu deixei a pessoa entrar. Ergo o meu olhar e vejo Rose, a funcionária daqui, entrando. Bebo um gole do meu copo com energético e a olho.

— Licença, senhor Jaden. Queria saber o que Hope terá que fazer agora. Ela já fez algumas atividades de pintura e agora está lanchando na cozinha. — A mulher falou e eu me levantei.

— Pode deixar que eu vou lá, Rose. — Falo e ela concorda e sai.

Saio do escritório e a sigo até a cozinha. Abro um sorriso ao ver a minha menina lanchando, enquanto conversa com Noah.

— Pintou os seus desenhos, princesa? — Pergunto, atraindo a atenção dos dois.

— Sim. Eu cansei de pintar as princesas, papai. — Seus lábios ficaram em um biquinho e eu sorri, deixando um beijo em sua testa.

— Você vai trabalhar comigo agora. — Falei, como se fosse a coisa mais legal do mundo e Noah fez uma careta.

— Boa sorte. — Beck falou e saiu rindo. Revirei os meus olhos e ajudei Hope descer do banco e subimos juntos para o meu escritório.

Entreguei a ela o meu celular e deixei ela assistindo desenho em meu colo, enquanto eu revia alguns currículos dos professores que eu entrevistei.

Um deles, foi o único que eu achei melhor para o cargo. Ele se chama Cameron e já foi professor na parte infantil em três das melhores escolas daqui. Ele também tem experiência como babá, uma coisa que eu fiz questão de terem.

Basicamente, o contratado terá que dar aula para a minha filha das 8:00 até as 11:00, depois terá que dar o almoço, banho e fazer ela dormir as 13:00 em ponto. Pode parecer pouco e simples, mas eu quero alguém que saiba fazer certo.

Eu mesmo mandei o e-mail para Cameron, avisando que ele havia sido contratado e que começava semana que vem. Também passei as coisas que ele precisava saber sobre Hope.

Ouvi uma respiração pesada e olhei para o lado, vendo a minha princesinha dormindo. Eu sorri e a arrumei deitada em meu colo, me levantando e indo em direção ao sofá que tinha ali no canto, a deixei deitada ali e voltei ao trabalho.

Noah tinha acabado de me mandar as cargas que haviam chegado e eu teria que checar cada item, para ter a certeza que estava tudo certo.