— Você sabe que seria muito mais fácil ele postar a foto do que fazer um acordo, não é? — falei como se tivesse óbvio e ela revirou os olhos.

— Pode ser, mas tem que se arriscar. — eu sabia que ela usaria minhas próprias palavras contra mim. — Faça o teste. Se ele quisesse só postar, ele não teria pegado um beijo de você. A propósito, obrigada por me contar.

Cobri meu rosto na mesma hora, a vergonha queimando-me ardentemente.

— Como soube disso? — perguntei e a voz saiu abafada.

— Todo mundo comenta essas coisas. — disse, tranquilamente. — Parece que John não segurou a língua.

Meus ombros caíram pela lembrança e principalmente, pela frustração que senti por John. Ele não merecia ver nada daquilo, mesmo que meus sentimentos por ele não fossem amorosos, eu não queria sua infelicidade e ver seu olhar me doeu dentro do peito.

Não tive tempo de falar com ele depois do ocorrido, não o encontrava e nenhum lugar eu imaginava que ele não queria me ver também. Sob o olhar atento de Judy me preparei para dar uma justificativa, no entanto, ela foi mais ágil e me impediu, trazendo um casaco e me entregando.

— Será que é uma boa?

— Se eu fosse você, iria atrás de descobrir.

(...)

Desci do uber e apertei o casaco no corpo. Treinei o que falaria repetidas vezes, querendo achar uma frase que não ficasse constrangedora, nem humilhante demais. Meu único desejo era que ele deletasse a foto e depois, poderia pedir o que quisesse.

Se quisesse que eu não passasse na sua frente, eu o evitaria sem problemas. Meu peito se apertou e não pude diferenciar o motivo daquilo. Era uma dorzinha estranha e ardente que me queimava a minha pele por dentro.

Fui para frente da casa e fechei a mão em punho, pronta para bater na porta amadeirada. Antes que eu pudesse fazer isso, ela abriu de uma vez e o moreno engraçadinho - vulgo Connor - surgiu distraído. Ele estava arrumado para sair e quando me viu, sua expressão de surpresa foi imediata.

— Lua? — riu de lado. — O que faz aqui, linda?

— Bryan me chamou... — falei, super sem graça e ele pareceu entender.

— Ele está no quarto e ... — olhou para trás. — Acho melhor não ficar sozinha com ele hoje.

— Só tem ele em casa?

— É. — piscou e saiu da casa. — Se for ficar mesmo, tranque a porta. Tchau, linda.

Connor desceu da calçada em um pulo e deu a volta no carro estacionado do outro lado. Ele estava animado com a noite e isso me fez rir de lado, Connor era só um homem comum. A fama daqueles jogadores não tirava o lado brincalhão e normal deles, apenas mostrava o que a sociedade queria que mostrasse.

Fiz o que ele pediu e subi as escadas, insegura com o que encontraria. Minha relação com Bryan era resumida em brigas, intimidações e agora, por chantagens, mas eu odiava admitir que eu não conseguia odiá-lo de fato.

Assim que fiquei de frente para a porta de Bryan, quis voltar atrás, mas uma força foi mais forte e me trouxe novamente para ele. Bati delicadamente na madeira e esperei uma resposta. No entanto, foi um som de algo quebrando que me fez entrar no quarto e olhar o que havia acontecido.

— Bryan? — chamei e o corpo mole se moveu no chão.

Me aproximei sorrateiramente enquanto procurava o interruptor na parede. Quando liguei a luz, o homem sentado no chão me fez ficar paralisada. Vestido apenas com uma calça jeans e segurando uma garrafa quebrada, Bryan gemia e se mexia grogue, obviamente bêbado.

Broken Rules - RETIRADA 24/06Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ