Capítulo 27 - Voto de confiança

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Recolho meus materiais enfiando tudo de qualquer jeito dentro da mochila assim que minha aula de história acaba, dando enfim o horário do intervalo. Meu celular vibra no bolso e quando pego, fico surpreso ao constatar que é Thomas, já fazia bastante tempo que não trocávamos mensagens, então era estranho voltarmos a essa intimidade. Fiquei um pouco surpreso quando recebi uma mensagem dele de manhã, toda fofa me desejando um bom dia, foi impossível não responder. Ele estava se esforçando pra que isso desse certo e da minha parte eu só queria poder dar o meu melhor na nossa relação, eu já tinha mergulhado fundo demais para recuar.

Tommy: Estou com saudades.

Eu: A gente se viu no final de semana, no último jogo.

Tommy: Não importa, estou com saudades mesmo assim. E, não foi como se a gente tivesse aproveitado.

Eu: Isso não é um problema meu, Thomas.

Tommy: Me encontra no final do estacionamento, tô te esperando no meu carro.

O que faz ele pensar que estou afim de encontrá-lo? Ele sequer pergunta se posso ou se tenho algo mais importante para fazer e isso é muito irritante. E se ter relacionamentos for assim, eu quero continuar não tendo.

Eu: Eu tô saindo da minha aula e Melissa e Paul provavelmente estão me esperando no corredor.

Tommy: Não estão não, Mellisa disse que iria distrair o Paul.

Eu: Então, você planejou tudo?

Tommy: Estou te esperando.

Respirei fundo olhando para a mensagem e apressei os passos até o estacionamento, cheguei tão rápido que parei por um momento não querendo que Thomas pensasse que estava desesperado para ver ele. Vejo o jipe preto que acaba se destacando em meio aos outros carros, abro a porta e entro, Thomas estava fumando olhando para o teto. Quando percebe minha presença ele me olha e sorri, dando ao mesmo tempo um jeito de apagar o cigarro e joga-lo fora no lixo do carro.

— Eu sabia que você viria.

— Só porque não tenho nada mais interessante pra fazer  – respondo mexendo os ombros.

Ele segura minha camiseta e me puxa pra perto me dando um beijo rápido o que me faz ficar em choque por um segundo e depois sorri sem graça.

— Você é um péssimo mentiroso, Jayden – ele volta pro seu lugar – sei que você estava com saudades também.

— O que a gente tá fazendo aqui?

— Vamos matar aula – ele se inclina sobre mim, colocando o sinto e eu bato na sua mão para que ele saia de perto.

— Eu sei fazer isso sozinho – ele volta para o seu lugar, mas não antes de dar um beijo na minha bochecha o que me faz ficar desconcertado – eu não vou matar aula.

— Você não tem nenhuma prova, eu já verifiquei. E, duvido muito que você prefira estar em uma sala de aula chata do que comigo. – ele liga o carro saindo da vaga.

— Você está me sequestrando, sabia, Adams?

— E você está gostando que eu sei.

Sorrio e Thomas coloca uma música pra tocar, dou graças a Deus que não é One Direction. O ar condicionado do carro deixa o ar mais fresco já que o sol resolveu voltar com o início da semana, deixando um mormaço terrível pela cidade.

Invisível [Em Reta Final]Where stories live. Discover now