Equalize

517 46 23
                                    

Oi! Se você me segue no Instagram já sabe que eu decidi escrever as minhas histórias como elas vem pra mim, com as inspirações e referências que eu gostaria de escrever e, por isso, terão alterações na aparência de algumas personagens que carregam os nomes de OUAT.

Decidi postar esse capítulo porque senti que seria justo compartilhar mais dessa história que, desde o início, tem marcado positivamente a minha vida e a minha escrita. Deixo alinhado que ela está em processo de leitura sensível com a eubiabooks e, por isso, podem haver alterações no capítulo a qualquer momento.

Espero que goste tanto quanto eu. Boa leitura!

 Boa leitura!

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Capítulo 08

Zelena

Eu ainda me lembro da primeira vez que vi a Regina.

Seu cabelo preto, na cintura, combinava bem com a sua pele parda e seu sorriso aberto. Nos demos bem de cara, como duas meninas prontas para debochar de um mundo que, na época, não nos cabia muito bem.

Regina era corajosa, destemida, enfrentava os problemas assim que eles surgiam porque sabia que não tinha outra opção. Eu nunca a vi vacilar. Nem quando seus pais descobriram que ela estava apaixonada por uma outra garota — e não foram os maiores fãs disso.

Nos tornamos um trio, as Meninas Super Poderosas, batendo de frente com qualquer limitação que inventaram para nós. O mundo não era como hoje, com tantas discussões e compreensões sobre alguns assuntos.

Amar outra mulher era um ato de coragem que Regina decidiu ter.

Ela e a Úrsula passavam horas na biblioteca, falando de contos de fadas e curtindo a própria companhia. Eu, a amiga de infância da Úrsula, quase morria de tédio até arrumar qualquer coisa mais animada para fazermos.

Uma vez, em uma das festas da escola, uma criança me xingou por causa da minha pele preta. Foi a primeira vez que eu vi a Regina nervosa. Ela tem uma cicatriz por causa desta noite. E enquanto limpava seu joelho arranhado, só sabíamos dar risada porque a outra menina estava bem mais machucada.

Faríamos qualquer coisa uma pela outra. Éramos inseparáveis. Até mesmo quando eu ia pra casa da Úrsula com a minha mãe — que é amiga da mãe dela — eu precisava chamar a Regina.

A Úrsula sempre existiu ali, como um parente que você aprende a gostar porque convive. A Regina eu escolhi. São universos diferentes, mas não se excluem. Você pode amar um irmão na mesma intensidade que ama a sua melhor amiga. Acho que existe um espaço no coração para aquelas pessoas que são insubstituíveis, mesmo que você atravesse a rua para não cumprimentá-las.

A minha personalidade não é igual a da Regina. Sou mais parecida com a Úrsula em muitas questões. Somos agitadas, impulsivas e, desde crianças, sabemos que existe um mundo a ser desbravado.

ponto sem nóWhere stories live. Discover now