É O FIM

181 32 1
                                    

Assim que Mya adentrou o quarto de Macau, o ambiente se transformou, tornando-se pesado e tenso.
— Mya, precisamos conversar — disse ele com um tom sério.
Ela soltou um suspiro cansado.
— Imagino que não seja para me pedir em casamento, certo?
— Quero terminar. Sinto que nossa relação parou de evoluir.
— É o que houve ontem? Não se preocupe, não vou mais pressionar você.

Ele se aproximou, segurando as mãos da namorada, buscando algum sinal de conexão. Mas nada.

— Não é sobre ontem. Não acha estranho que só você me procura para o sexo? Preciso entender o que realmente quero.
— Passou mais de cinco anos da sua vida comigo, Macau, já deveria ter sua resposta. Eu estou com você em todos os momentos. Sou perfeita para você.

— Mas isso não é suficiente, Mya. Por favor, entenda. Não me faça sentir pior do que já estou.

Mya respirou fundo, enxugando as lágrimas que escorriam pelo seu rosto. A tática da gratidão não estava funcionando. Precisava mudar de estratégia. Ser compreensiva.

— Macau, antes de sermos namorados, somos amigos. Vamos dar um tempo. Um tempo para você pensar. Por favor, Macau. Por nós. Por tudo que vivemos juntos.

Macau não conseguiu dizer não.

— Tudo bem, Mya. Mas você também deve usar esse tempo para pensar.

Quando a porta se fechou atrás de Mya, Macau sentiu um alívio imenso. Agora poderia ser ele mesmo e tentar conquistar Tay.
*****
Utilizou o seu tempo para acompanhar mais de perto a rotina de Tay, o que era fácil já que Tay e Pete postavam tudo nas redes sociais. Os encontros se tornaram mais frequentes e, em uma dessas ocasiões, Pete deixou os dois à vontade.

Era um luau. Macau estava mais solto, mais à vontade. Tay estava deslumbrante. Durante as músicas e conversas, os olhares de ambos se encontraram.

Quando finalmente ficaram sozinhos, Macau se aproximou do homem que lhe tirava o sono.

— Eu me perguntava se era possível você ficar mais lindo. Agora eu sei que sim.
— Sua namorada sabe que o namorado dela é romântico assim?
— Eu e Mya terminamos.
— Não sabia.
— Estou bem... é só... estou criando coragem para dizer o que está aqui — apontou para a cabeça.

— Macau...
— Eu não estou bêbado. Estou feliz por finalmente conseguir ficar a sós com você.
— E o que você queria fazer que não conseguia fazer sóbrio e com gente por perto?

Macau se aproximou ainda mais.
— A primeira coisa é dizer o quanto você me deixa excitado... a segunda... — puxou Tay para um beijo.

Um beijo que Tay não recusou. Um beijo clichê, iluminado pela fogueira.

Quando abriu os olhos, Macau sentiu como se estivesse flutuando. A luz da fogueira tornava Tay ainda mais atraente. Dessa vez, foi Tay quem o puxou para mais perto. Macau, que durante cinco anos não pensou em sexo, nesse momento não pensava em outra coisa. Assim, sentado no colo de Tay, abriu mais a blusa dele e beijou todo o pescoço. Se Tay não tomasse a atitude de parar, talvez os dois fizessem amor ali mesmo.
— Hora de você ir pra casa. Amanhã a gente termina essa conversa... se Vegas não me matar antes disso.

A noite terminou com Tay deixando Macau na porta de casa, prometendo se ver no dia seguinte. E Macau, transbordando de alegria, mal podia esperar.

****

DONO DO MEU DESEJO -TAY E MACAUWhere stories live. Discover now