Capítulo 16

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Querida, o que você está fazendo na minha cama? Sim
Uh, amor, bem-vinda ao meu lugar favorito, sim
As leis do espaço-tempo, a ética do ser humano
Nesse momento em que eu fecho meus olhos, nada disso importa
Mostre sua dança esta noite
Para que eu possa te atacar agora mesmo
Eu juro por Deus, você não precisa ser minha
Eu só chego em você
Te levo para o próximo nível, próximo nível
Apenas me dê o seu melhor nível
Aquele nível espacial
Smoke Sprite,2023


O maior clichê da vida é a máxima de que a vida é feita de ciclos, que é preciso encerrar alguns para começar novos, mas realmente é assim que funciona, o que ninguém te conta é como pode ser desconfortável e um pouco desesperador encerrar ciclos, principalmente quando se passa tanto tempo dentro deles. Sei também que na nossa vida a única constante é a mudança, porém existem pessoas que ficam, sei que os membros serão uma constante na minha vida, independente do que aconteça, porém agora me vejo exatamente onde tudo parece estar em constante movimento e eu sou expectador disso tudo, vejo um ciclo se encerrando e todas as pessoas constantes nele fazendo coisas, projetos, eles parecem exatamente o que fazer e de certa forma passo a ter um novo receio, a constância não é mais uma garantia.
Meu Hyung foi para o exército, um misto de sentimentos e pensamentos me dominam, ainda não sei como me sinto a respeito, um pouco vazio, um pouco nostálgico, um pouco sozinho. Faz quinze dias que Purple saiu da minha casa deixando a promessa que ligaria, porém não ligou, tentei não dar tanta atenção a isso, porém não obtive sucesso, resultado? Fui atrás das pessoas que poderiam me ajudar, as gêmeas.

Lógico que elas sabiam e me explicaram o que estava acontecendo, me senti um babaca egoísta depois que soube que seu pai havia infartado e estava hospitalizado, resolvi lhe dar espaço o que foi um pouco difícil, mesmo com a agenda relativamente cheia ela se fazia presente na minha mente, talvez eu tenha treinado mais, trabalhado mais para ocupar mais a mente.
Quando estava próximo de ir embora a mensagem que chegou no meu celular me fez sorrir como um bobo, ela realmente acha que eu estou chateado? Resolvo me fazer de difícil e ela ameaça montar acampamento na frente da empresa, seria engraçado a cena se não fosse perigoso. Combinamos um horário e lá estava ela no horário combinado, o senhor Lee havia acabado de sair, a deixei subir sem problemas, meu estômago era cenário de uma revolução de borboletas.

-Qual a senha? - questiono

-Desculpa? - Ela entra na cena

-Dang! - resposta errada

-Trouxe cerveja? - tenta de novo

-Dang! - aquilo estava ficando divertido

-Desculpa, por favor?, trouxe comida? Playboyzinho? - começa a falar um monte de coisas a última tive vontade de rir

-Daaaaang! - vamos empurrar mais um pouco

-Bogo sip-eoss-eo... - aquilo dito naquele tom, me desmontou inteiro, abri a porta instantaneamente, encosto minha testa na sua

-Eu também senti a sua, roxinha... - sussurro e a puxo pra perto

A beijo ali mesmo, senti tanto a sua falta, parecia que não conseguiria esperar mais um segundo sequer, ela apoia as mãos no meu peito, afasto um pouco para vê-la melhor, ela parece diferente, eu amo quando ela usa o cabelo solto, usa também um vestido preto um pouco acima do joelho, botas longas e um casaco longo pesado, estamos no começo do inverno, sua bochechas estão vermelha, a puxo para dentro então vejo sua bagagem que consiste em uma mala uma sacola grande que não tenho a mínima ideia do conteúdo, sua bolsa, um pack de cerveja e duas caixas de frango frito.

Decalcomania Where stories live. Discover now