Ordem Paranormal - O Culto da Melodia Perene

Capítulo 0 - Equipe Chaos!

   O outro lado não vem para a nossa realidade de maneira fácil. Mas disso, todos nós sabemos.

Para impedir que a nossa realidade seja afetada, a "Ordo Realitas" foi criada para a defender, afastando o outro lado de nossa casa. Porém, claro, assim como existem aqueles que prezam pela segurança, algumas pessoas apenas querem ver o circo pegar fogo, atraindo o outro lado cada vez mais perto de nós.

Os Cultistas.

Utilizando de rituais macabros, eles afinam uma membrana que protege a nossa realidade do paranormal, colocando bilhões de vidas em risco.

Como nada é tão fácil assim, normalmente estes cultistas se mantêm escondidos em suas bases, tornando cada vez mais difícil encontrar eles e impedir suas atividades.

Seus esconderijos podem estar em qualquer lugar.

Um prédio. Uma floresta. Uma torre. Um castelo.

Uma caverna.

Na calada da noite, na mais profunda escuridão, quem teria coragem de entrar em um local tenebroso assim?

Do lado de fora, uma simples caverna. Pedras, terra, minérios. O que de tão estranho teria lá dentro?

Bem. Desde que você queria manter sua sanidade em dia, é bom que a resposta para este questionamento se mantenha em segredo.

Do lado de dentro, entre as sombras, é possível avistar figuras encapuzadas, recitando palavras em alguma língua desconhecida. Sangue pelas paredes. Símbolos por todo local.

Dentre os encapuzados, um deles aparenta ser o líder. Além de um longo manto com uma espiral nas costas, este possui diversos adereços em suas vestes. Várias correntes, símbolos de serpentes, um colar com uma joia no meio, e uma enorme cicatriz em formato de "X" em sua testa, que desce para o resto de sua face.

- Oh, meu precioso Santo! Receba esta frágil alma como sacrifício, e nos traga um mundo mais justo! - Recita o homem da cicatriz, estendendo as mãos em direção a uma mulher desacordada no centro de um símbolo espiral, muito semelhante ao cravado em seu manto.

Neste momento, um dos encapuzados corre em direção do líder, portando uma adaga.

- FINALMENTE BAIXOU A GUARDA, SEU MALDITO! APÓS TANTO TEMPO, EU FINALMENTE IREI TE MATAR, E ENTÃO, VINGAR A MINHA ESPOSA E MINHA FILHA! - O homem branda em ódio, com uma expressão de raiva. Todos os encapuzados em volta encaram confusos, tentando puxar ingredientes para conjurar rituais. Tudo em vão, afinal, certamente não teriam tempo de o acertar.

Mas isso não seria por ele ser rápido. Muito pelo contrário. Na verdade, eles que eram muito mais lentos. Mais lentos que "ele".

Antes de alcançar o líder do culto, o homem é perfurado brutalmente pelas costas, em um ataque que atravessa completamente o seu corpo, acertando perfeitamente seu ponto cego. Um ataque vindo de uma longa distância em uma velocidade absurda, acertando antes mesmo que notem sua presença. Assim como uma cobra, que sombria e calma rasteja, até dar o mortal bote.

O Homem começa a olhar para trás, observando o seu executor se aproximando cada vez mais dele. Aquele que se esconde nas sombras. Aquele que mata qualquer um que ouse trair o culto. Tolo era este traidor, achando que escaparia de suas presas. Porém, assim como uma presa é incapaz de escapar de um caçador faminto, qualquer pessoa que se volte contra o seu líder é incapaz de escapar com vida.

- Aquele que levanta sua espada contra o rei não é um traidor. É apenas um tolo. Saiba disso, seu verme. - A figura diz, indo de encontro ao traidor. Um manto cobre todo seu corpo, até a parte de sua boca. Cabelos longos e escuros, fazendo curvas como serpentes. Um olhar penetrante e frio, assim como o de uma cobra. Marcas escuras saem de seus olhos afiados, o assemelhando cada vez mais a um animal.