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O que dizer para mim? Sou uma péssima filha?, talvez... Eu entendo fiquei meio chata depois da morte do meu pai e da minha irmãzinha e eu odeio o fato de que aconteceu tanta coisa nas nossas vida que derepente ajem como se nada aconteceu.

-- Ta pronta filha? -- Minha mãe surge enquanto olho para meu quarto sem resposta para tudo ainda

-- Eu nunca sei o que vai acontecer mãe -- Digo respirando fundo e pegando minhas malas, logo em seguida saio pela porta passando pela minha mãe e não deixo de perceber seu olhar preocupado para mim.

Já no carro e ela dirigindo, deito minha cabeça no vidro da janela e fecho meus olhos e as cenas naquela casa, nesse lugar começam a passar pela minha cabeça fazendo assim abri meus olhos rapidamente

-- Ansiosa? -- pergunta minha mãe sorrindo e eu a encaro seria, eu vejo ela sorrindo.

-- Ta feliz mãe? -- pergunto

-- Eu too! -- Diz animada -- É lindo lá querida você vai amar o lugar e o Patrick, ele é incrível, ele é um homem ótimo que me respeita e... Ai minha nossa, não paro de sorri -- diz minha com a bochecha vermelha de tanto sorri fazendo eu ri tambem

-- você parece uma criança animada-- Digo perdendo o sorriso e voltando a encostar minha cabeça no vidro

-- Ei, e você? -- pergunta

-- Nem pergunte -- Digo pegando meu fone de ouvido e botando uma música, aumentei no último volume e fechei meus olhos e consigo ver minha mãe revirando os olhos antes de adormecer.

To com medo, medo da minha mãe querer força a barra com meu novo padrasto o Patrick, não quero um novo pai, não quero que ninguém substitue meu pai, mas obviamente não vou odiar minha mãe por ter seguido em frente, ela já passou por muita coisa e pelo que ela fala... Ter encontrado alguém que a respeite e que finalmente resolveu amar ela, ver ela com brilho nos olhos me faz bem, faz eu sentir que eu to fazendo isso por ela e só isso importa, mas foi como eu falei... Eu não vou ser amigavel e muito menos vou me forçar a gostar de alguém. A única pessoa que eu me importo é minha mãe e o resto não é nada pra mim.

Tenho 17 anos, terminei meus estudos e tive muitos amigos mas eu me afastei de muita gente depois de tudo que aconteceu, me isolei e no final acabei sozinha então eu não to deixando nada pra trás a não ser memórias.

Se é um novo começo? Eu não sei, talvez seja ou talvez não. A única coisa que eu quero agora é chegar e pular a parte que a gente se apresenta e eu corro pro meu novo quarto e durmo.

Bom, o que minha me falou sobre meu padrasto é que ele é um bom homem, muito rico e tem um filho, não sei quantos anos ou a personalidade, nunca vi foto e nem nada e que ele tem uma irmãzinha de 6 anos acho que... Eu odiei essa notícia e eu sei que eu não deveria por ela ser só uma criança mas é que ela tem exatamente a idade que minha irmã tinha quando faleceu e se eu olhar pra ela todos dias e conviver como a irmã dela eu vou me culpar todos dias não que eu não me culpe mas vai doer muito mais e toda vez que eu penso nisso eu odeio o fato da minha mãe ta me levando pra esse lugar.

E enfim... Chegamos

-- Chegamos querida -- os portão da mansão abre para nos e minha mãe entra com o carro

-- Mãe -- chamo por ela

-- hm? -- ela pergunta

-- Por que temos que ir tão rápido, não acha que ta acontecendo tudo rápido demais? -- pergunto

-- Querida... Já se passaram 1 ano -- diz minha mãe

-- Mãe -- eu tento segurar o choro -- 1 ano, mãe -- digo mordendo os lábio

-- Eu sei... Mas uma hora temos que seguir em frente -- Diz minha mãe sorrindo e eu odeio quando minha mãe fala sobre esse assunto sorrindo, tipo sorrindo.

-- Qual seu problema? -- digo me alterando -- você... Parece que nem amava eles -- Digo sem pensar e derepente ela para o carro me assustando

-- O que? -- ela me encara seria

-- Não foi isso que... -- eu pauso

-- olha pra mim melissa, ta me dizendo que eu não amava seu pai? Ou que eu não amava minha própria filha? Quer dizer que eu não posso seguir a vida e tenho que viver sofrendo igual a você? Não fui que causei tudo isso-- ela pausa quando percebe o que fala

-- o problema mãe é que eu sei que você também me culpa mas finge todo dia, toda hora e a todo momento que não me culpa, mas você me culpa com um sorriso no rosto pra não chorar na minha frente e não acabar falando um monte de merda -- Digo com lágrimas no rosto

-- melissa, não é isso

-- É sim mãe, é sim -- Digo saindo do carro

Quando sai do carro eu vou até o porta mala pegar minhas coisas mas um homem me impede

-- Ei!, sai fora, qual seu problema? -- Digo tirando a mão dele

-- Melissa!, ele ta ajudando, ele trabalho pro Patrick -- diz minha mãe saindo do carro

-- Eu não preciso de ajuda -- Digo já sem paciência

-- melissa!chega de escândalo, não me faça vergonha -- Diz minha mãe alterada e eu a encaro seria

-- Meu amor, finalmente -- diz Patrick aparecendo e indo até minha mae, eles se abraçam e dão um selinho e eu dou um sorriso sarcástico e viro o olho

-- Sinto muito pela minha filha, eu não sei o que deu nela -- Diz minha mãe se desculpa por mim. fala sério.

--Eu entendo -- ele ri -- melissa, certo? -- Pergunta e eu balanço a cabeça confirmando -- É um prazer. Esse é o Enrico, ele é meu motorista e me ajuda em muita coisa, deixa ele ajudar com suas malas, ele vai por em seu quarto.

-- Tanto faz -- Digo soltando minhas malas

-- Venham, vamos entrar -- Diz entrando com minha mãe e eu sigo eles olhando ao redor da mansão.

Ele chama de casa e eu de mansão porque isso aqui com certeza não é só uma "casa". É gigante e linda, o jardim, a entrada, os carros, e quando entrei, nossa eu simplesmente me encatei.

O filho do meu padrasto • Dylan O'brien •Where stories live. Discover now